Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso
Por: Edyvanvzte • 16/6/2018 • Trabalho acadêmico • 3.414 Palavras (14 Páginas) • 184 Visualizações
PÓS GRADUAÇÃO[pic 1]
ELAINE CRISTINA CÂNDIDA FERNANDES
EDUCAÇÃO INCLUSÃO
Trabalho de Conclusão de Curso Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva da faculdade UNOPAR como requisito parcial para a Obtenção do Grau de Pós Graduação em Educação Especial e Inclusiva.
Passos / MG
2018
A escola não pode tudo, mas pode mais. Pode acolher as diferenças. É possível fazer uma pedagogia que não tenha medo de estranheza, do diferente, do outro. A aprendizagem é destoante e heterogênea. Aprendemos coisas diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos distintos, (...) mas a aprendizagem ocorre, sempre. Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova forma de se relacionar com o conhecimento, com os alunos, com seus pais, com a comunidade, com os fracassos (com o fim deles), e que produza outros tipos humanos, menos dóceis e disciplinados. ABRAMOWICZ
RESUMO
A educação inclusiva é um desafio bastante grande principalmente no Brasil, onde as diferenças ainda são apontadas com grande pré-conceito e deixam de lado pessoas que deveriam estar unidas. Os alunos com necessidades educativas especiais precisam de tratamento diferenciado, mas que não os anule em suas dificuldades, mas sim, busque integrá-los junto aos demais, praticando atividades que eles sejam capazes de interagir. O aprendizado deve ser igualitário, adotando práticas capazes de estabelecer um parâmetro de igualdade entre todos. A prática pedagógica precisa, necessariamente, alcançar as diferenças dos alunos, fazendo com que as suas necessidades educativas especiais não os excluam das práticas educativas normais, mas os incentivem a romper as barreiras do ensino regular, formando cidadãos conscientes do seu papel no mundo e capazes, futuramente, de enfrentar com a mesma bravura o mercado de trabalho e a sociedade em geral.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Inclusão, Necessidades, Educativa, Aprendizado.
ABSTRACT
Inclusive education is a very big challenge in Brazil, where people are still pointed out with great visibility and put aside those that are united. Students with special educational needs have to be differentiated, but they are not specialists in their difficulties, but rather they integrate alongside, practicing activities that are capable of interacting. Learning must be egalitarian, adopting the possibilities of establishing a parameter of equality among all. The pedagogical practice needs to diminish, achieve as the difference of the students, make their needs be educational, not be excluded from normal educational practices, but also encourage the training of teachers of regular education, forming citizens aware of their role in the world and the capacity, in the future, to confront with the same bravery the labor market and society in general.
KEY WORDS: Education, Inclusion, Needs, Educational, Learning.
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade descobrir qual a importância da inclusão de crianças com necessidades educativas especiais e sua permanência no ensino regular de aprendizagem.
O objetivo geral deste trabalho será de identificar os problemas e limitações que alunos com necessidades educativas especiais tem de enfrentar para serem incluídas em escolas de ensino regular além das suas limitações.
A educação de alunos com necessidades educativas especiais que, tradicionalmente se pautava num modelo de atendimento segregado, tem se voltado nas últimas duas décadas para a Educação Inclusiva. Esta proposta ganhou força, sobretudo a partir da segunda metade da década de 90 com a difusão da conhecida Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que entre outros pontos, propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar...”, pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos...”.
Sob este enfoque, a Educação Especial que por muito tempo configurou-se como um sistema paralelo de ensino, vem redimensionando o seu papel, antes restrito ao atendimento direto dos educandos com necessidades especiais, para atuar, prioritariamente como suporte à escola regular no recebimento deste alunado. De forma sucinta, esse artigo pretende acompanhar a trajetória da área no Brasil, considerando os paradigmas teóricos vigentes, bem como a política educacional da época. Ressaltando, porém, que um paradigma não se esgota com a introdução de uma nova proposta, e que, na prática, todos esses modelos co-existem, em diferentes configurações, nas redes educacionais de nosso país.
A Educação Especial se constituiu originalmente como campo de saber e área de atuação a partir de um modelo médico ou clínico. Embora hoje basta nte criticado, é preciso resgatar que, como lembra Fernandes (1999), os médicos foram os primeiros que despertaram para a necessidade de escolarização dessa clientela que se encontrava “misturada” nos hospitais psiquiátricos, sem distinção de idade, principalmente no caso da deficiência mental. Sob esse enfoque, a deficiência era entendida como uma doença crônica, e todo o atendimento prestado a essa clientela, mesmo quando envolvia a área educacional era considerado pelo viés terapêutico pautadas em exames médicos e psicológicos com ênfase nos testes projetivos e de inteligência, e rígida classificação etiológica.
Nas instituições especializadas o trabalho era organizado com base em um conjunto de terapias individuais (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, psicopedagogia, etc) e pouca ênfase era dada à atividade acadêmica, que não ocupa vá mais do que uma pequena fração do horário dos alunos (GLAT, 1989, p. 90).
A educação escolar não era considerada como necessária, ou mesmo possível, principalmente para aqueles com deficiências cognitivas e / ou sensoriais severas. O trabalho educacional era relegado a um interminável processo de “prontidão para a alfabetização”, sem maiores perspectivas já que não havia expectativas quanto à capacidade desses indivíduos desenvolverem-se academicamente e ingressarem na cultura formal.
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