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RESUMO DO LIVRO ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DE JOSÉ SARAMAGO

Por:   •  20/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.955 Palavras (8 Páginas)  •  195 Visualizações

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UNIGUAÇU – UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DO IGUAÇU LTDA

FAESI – FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SÃO MIGUEL DO IGUAÇU

DIREITO

Direito do Trabalho I

XXXXXXXXXX

RESUMO DO LIVRO ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DE JOSÉ SARAMAGO

SÃO MIGUEL DO IGUACU – 2021

  1. RESUMO DO LIVRO ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA DE JOSÉ SARAMAGO

        O livro Ensaio sobre a Cegueira, do autor José Saramago, é uma narrativa no mínimo angustiante, que traz a história de uma cidade que inesperadamente foi atingida por uma epidemia de cegueira, porém não uma cegueira normal como se conhece, mas sim uma cegueira com característica diferente, onde quem fosse contaminado tinha sua visão acometida por um mar leitoso, e passou a ser chamada de cegueira branca.

        Não foram todos os moradores atingidos de uma única vez, o primeiro a relatar a cegueira estava a dirigir e no momento em que parou em um semáforo não conseguiu mais prosseguir, pois estava cego, a obra chama este de primeiro cego. E assim como uma epidemia, a tal cegueira branca começou a se alastrar, um a um quem tivesse contato com algum cego daquele mal. Depois do momento em que o primeiro cego buscou ajuda de um médico oftalmologista, para entender o que lhe estava acontecendo, vários os casos começaram a ser relatados em toda a cidade. O próprio médico foi um deles, o ladrão, este que havia ajudado o primeiro cego a voltar para casa e aproveitando a situação lhe roubou o carro, e a todos os que estavam na sala de espera do consultório do oftalmologista onde o primeiro cego foi buscar ajuda. A tal cegueira branca não escolheu a quem contaminar, homens, mulheres, crianças e velhos, não havia diferença, todos viam tudo branco.

        Quando o médico conseguiu relatar aos seus superiores o que estava acontecendo e que, até mesmo ele havia sido contaminado com a cegueira, as autoridades começaram a tomar medidas para evitar que o mal se alastrasse e tomasse a todos da cidade. A primeira medida foi isolar os primeiros contaminados que se tinha conhecimento, para isso usaram das instalações de um antigo manicômio abandonado, pois segundo eles, era isolado, seguro e tinha os meios necessários para acomodar os infectados. O prédio foi inicialmente dividido em duas alas, metade abrigaria os que já estavam cegos e na outra parte, as pessoas que tiveram contato com eles, em uma espécie de quarentena.

        Foram enviados para o lugar os primeiros cegos que se tinha relato, o primeiro cego, o ladrão, a moça dos óculos escuros, o menino estrábico, o médico e sua esposa, esta que quando seu marido foi levado de casa pelas autoridades para ser isolado, fingiu ter cegado para não abandonar o marido e manteve assim sua condição para todos que com eles foram isolados. Ela era a única que via e assim relatava a seu marido as reais condições do local e das pessoas onde estavam.

        O manicômio fora cercado pelo exército armado, que ficavam nos muros pelo lado de fora como que guardando por um terrível mal, que no fundo era, e que todos tinham um medo absurdo de contrair.

        Os comandantes faziam a entrega dos alimentos e produtos de higiene e limpeza no local, que eram escassos. E ainda garantiam a ordem, ou pelo menos era esse o objetivo. As ordens a quem estava isolado eram dadas por um alto-falante, essas ordens eram bastante diretas e absurdas, tais como, o isolamento entre ambas as alas, que a limpeza seria por conta deles próprios, mesmo cegos, que deveriam buscar a comida no pátio conforme comando   dos guardas, e ainda a proibição de sair do prédio, e de se aproximar do portão de saída ou seriam executados e até o fato de que, se alguém morresse lá dentro, os próprios cegos que cavariam o buraco e o enterrariam próximo a cerca.

        A situação era tão desesperadora que em um simples momento como ir ao banheiro, em uma ação conjunta entre os cegos para facilitar a situação, o cego ladrão realizou movimentos de cunho sexual para com a rapariga dos óculos escuros e a mesma repudiando os toques do homem acertou-lhe em um chute e seu sapato de salto alto lhe perfurou a perna, um ferimento simples, se é claro ele tivesse acesso a qualquer serviço de saúde, a medicamentos e cuidados necessários, poucos dias se passaram e no meio da noite, o ladrão que não fazia ideia do perigo que corria arrastou-se até o portão para pedir ajuda aos guardas, por ser escuro ninguém notou sua aproximação e apenas quando chegou ao portão de saída e foi notado, o medo que tomava conta de todos, fez com que um guarda o executasse a queima roupa sem que pudesse pronunciar nenhuma palavra. Como as ordens já haviam sido dadas, coube aos outros cegos enterrarem seu cadáver.

        Com o passar dos dias o governo trazia cada vez mais cegos para o local, o que fazia com que a ordem do local ficasse comprometida e o instinto animal começasse a prevalecer. A hora da divisão da comida já era permeada pelo caos e a higiene do local já era precária. A mulher do médico não fora assolada pela cegueira, mas ainda mantinha a mentira a todos, pois a situação poderia ser muito pior se todos aqueles cegos descobrissem que ela ainda enxergava.

        Isolados, abandonados à própria sorte e sem qualquer informação, assim passaram os dias, mas não muitos até que ouviram barulhos de desespero do portão.         O governo havia recolhido outros pobres cegos e estava a trazer ao isolamento. Só que desta vez eram inúmeros, muitos carros repletos de desesperados, homens, mulheres, senhoras, crianças eram empurradas para dentro aos berros pelos soldados, já não havia lugar para tanta gente. Quem era mais forte e mais rápido pisoteava a quem estivesse a frente em busca de uma cama, que seja. Tomaram todos os alojamentos a força. mesmo aqueles destinados ao não cegos em quarentena, afinal segundo o governo logo todos seriam condenados a tal infortúnio mesmo.

        Eram mais de duzentas e sessenta pessoas em um lugar, que até então, caberia muito menos, quem não teve forca para lutar por um espaço agora ocupava o chão sujo dos corredores e era constantemente pisoteado por quem por ali deslocava-se.

        Tempo depois da desesperadora chegada e ocupação um velho, aquele que já era cego de um olho e ocupava a recepção do médico quando o primeiro cego fora buscar ajuda, aproximou-se do primeiro alojamento onde estavam o médico e sua mulher, o primeiro cego, a rapariga dos óculos escuros e o menino estrábico que pedia pela mãe e pediu se ali havia uma cama sobrando, e por sorte a cama do ladrão, que morrera estava vaga e não havia sido descoberta pela enxurrada violenta de novos cegos que chegara pouco antes. Então ali se acomodou também.

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