Ensaio Sobre a Cegueira José Saramago
Por: Porfírio Miguel • 9/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.490 Palavras (6 Páginas) • 596 Visualizações
ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA RODRIGUES DE FREITAS
Projeto Individual de Leitura – 10º ano turma E
Autor: José Saramago.
Titulo: ‘’Ensaio sobre a Cegueira’’
Editora: Caminho
Data e local da publicação: Escrito em 1995
Data de impressão – Maio de 2008 (11ºEdição)
Informações sobre o autor: José de Sousa Saramago, nasceu em Portugal no distrito de santarém a 16 de novembro de 1922, faleceu com 87 ano dia 18 de junho de 2010 vítima de leucemia crónica. Foi um escritor, argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português. Ganhou um prémio Nobel de Literatura em 1998, o primeiro concebido a um escritor português. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efetivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de Agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 3 de Dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra reservada apenas a Chefes de Estado.
Bibliografia do autor: José saramago escreveu maioritariamente romances, mas também escreveu: crónicas, peças teatrais, contos, viagens, livros de poesia e diários e memórias.
A carreira de Saramago foi acompanhada de diversas polémicas. As suas críticas á religião católica ou aos seus representantes ou as suas opiniões pessoais sobre a luta internacional contra o terrorismo são muito discutidas e algumas resultam mesmo em acusações de diversos quadrantes. Publicou o seu primeiro livro, o romance, Terra do Pecado, em 1947, tendo estado depois largo tempo sem publicar (até 1966). Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da redação do jornal Diário de Lisboa, onde foi comentador político. Os seus últimos livros publicados foram ‘’Claraboia’’ e ‘’O silêncio da agua’’. Um dos seus livros ‘’Ensaio sobre a Cegueira’’ foi adaptado em filme.
Gostou do livro? Porquê? Apesar de ao início não ter pensado que fosse gostar desta obra por não ser do tipo de livros que costumo ler habitualmente, gostei muito. É uma obra muito interessante, principalmente por se tratar de um quase que ‘’acontecimento apocalíptico’’, mesmo que não tenha durado centenas de anos, nem acabado com a humanidade. Dois dos factos que me fizeram gostar ainda mais desta obra foram: o de José Saramago ter a capacidade de narrar de uma forma muita precisa, recheando a obra de detalhes que me possibilitaram vivenciar a obra de uma forma muito realista e de as personagens não serem identificados pelos seus respetivos nomes, mas sim pelas suas profissões ou por alguma uma característica marcante. E porque há nesta obra toda uma crítica ao mundo contemporâneo e à sociedade humana em que vivemos.
Sentiu dificuldades na sua leitura? Se sim diga quais.
Senti algumas dificuldades no início da leitura porque José Saramago utiliza frases e períodos muito compridos. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros. Saramago exclui pontos de interrogação e exclamação de sua obra, sinalizando os diálogos apenas com iniciais maiúsculas. Este tipo de marcação das falas propícia uma forte sensação de fluxo de consciência, ao ponto do leitor chegar a confundir se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. É uma obra narrada na 3ª pessoa.
Gostou especialmente de alguma personagem? Qual? Porquê?
Sim, gostei muito da mulher do oftalmologista, a única que não foi contaminada com a cegueira branca. E que, portanto, teve de desempenhar a função de guia e protetora dos contaminados pela mesma.
Resumo:
De forma repentina, um homem de 38 anos, casado, ficou cego enquanto estava sozinho no carro, no trânsito á espera que o sinal ficasse verde. Ele entra em aflição e um indivíduo oferece-se para levá-lo a casa e acaba por roubar-lhe o carro. O ladrão vive um drama por ter roubado um homem cego, entretanto, também fica cego.
A esposa do primeiro cego leva-o ao oftalmologista, no consultório estava um senhor o velho com uma pala preta sobe um dos olhos, a rapariga de óculos escuros que era prostituta, um rapaz estrábico e sua mãe. O oftalmologista não encontra nenhuma lesão nos olhos do homem, mas lhe solicita alguns exames para sustentar um possível diagnóstico sobre este caso raro que nunca tinha visto antes. Depois, enquanto estava a pesquisar sobre a doença em que se via tudo branco e não tudo preto (como na cegueira normal), o médico oftalmologista também é contaminado pela mesma e aos poucos infecta todos os seus pacientes, transformando a doença em uma epidemia.
Todos os indivíduos contaminados pela cegueira branca são isolados e internados num manicômio abandonado pelo governo/estado. Existiam diferentes alas. A mulher do médico finge estar cega e também vai, mas ela era a única não contaminada no meio deles. Escondeu o facto de todos os outros dentro do manicómio. No manicómio todos os ‘’cegos’’ passam por diversas situações consideradas desumanas.
Depois de todas as ‘’lutas’’ entre alas e etc,um grupo de cegos consegue escapar, o medico a sua mulher, o primeiro infetado e a sua mulher e alguns pacientes do médico. A cidade cá fora estava irreconhecível e todos lutavam por sobreviver, á procura de alimentos, água e um sítio onde dormir. O tal grupos de cegos, guiados pela mulher do médico, vai todo viver para casa deles. E conforme a cegueira chegou repentinamente, aos poucos foi-se embora também. Menos com a mulher do oftalmologista, que se não tinha ficado cega quando todos ficaram, ficou quando todos voltaram a ver.
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