RESUMO O PRÍNCIPE
Por: leozitoarryn • 15/9/2019 • Abstract • 1.704 Palavras (7 Páginas) • 252 Visualizações
RESUMO:
“O PRÍNCIPE”
Nicolau Maquiavel: Vida e Obra
Niccoló di Bernanrdo dei Macciavelli, ou simplesmente Nicolau Maquiavel nasceu no dia 3 de Maio de 1469 em Florença, na Itália. Terceiro filho de quatro do casal: Bernardo Maquiavel, jurista e tesoureiro da província de Maca de Ancona, e de Bartolommea di Stefano Nelli, uma dama muito próxima da família nobre de Florença.
Pouco se conhece sobre Maquiavel antes dele ingressar na vida pública, entretanto é sabido que ele começou os seus estudos com aritmética e latim aos sete anos de idade, e logo depois partiu para estudos dos fundamentos da língua grega antiga. Sua educação é considerada por muitos historiadores como “fraca”, se comparada a de outros renascentistas e pensadores de seu tempo.
Aos 24 anos de idade, em 1494, foi secretário da Republica de Florença e copista do professor Marcelo Virgílio Adriani, que lecionava literatura na Universidade Pública de Florença. Com 29 anos foi nomeado para a Segunda Chancelaria, onde posteriormente foi nomeado também como secretário dos Dez Mandamentos da liberdade.
Como segundo Chanceler, ocupou-se de assuntos relacionados a guerras e as políticas internas da cidade, além de tarefas burocráticas, de assessoria politica e de diplomacia.
Uma de suas missões diplomáticas foi decisiva para o inicio de Maquiavel como um escritor politico: seu encontro com Duque Valentino, filho do papa Alexandre VI que vinha a conquistar vários territórios e que tinha Florença como um provável empecilho para sua empreitada. Por toda sua história de batalhas, conquistas e de sua visão estratégica, Maquiavel passou a admirá-lo e a vê-lo como o modelo perfeito de Príncipe.
Maquiavel perdeu seu cargo em 1512, com o fim da República, e no ano seguinte foi preso, torturado e exilado, por acusações de conspiração para assassinar o cardeal Giovanni de Médici, da nova direção de Florença, e de conspirar para a volta da República.
No exílio, Maquiavel escreveu suas principais obras: “Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio”, “A Arte da Guerra”, “As Comédias” e, para muitos estudiosos, sua obra-prima: “ O Príncipe”. Foi anistiado depois pelo papa Leão X.
Depois de retornar para Florença, ainda escreveu a História da cidade, à mando do Cardeal Giúlio de Médici, foi ainda inspetor das fortificações. Um de seus últimos trabalhos foi uma missão contra Carlos I, que viria a conquistar Florença e instaurar uma República que não cabia a participação de Nicolau.
Nicolau Maquiavel morreu em 21 de Junho de 1527 (empobrecido e afastado da vida politica), tendo como sintoma principal, fortes dores intestinais. No dia seguinte, foi sepultado no tumulo da família na Basílica de Santa Cruz, em Florença.
BIBLIOGRAFIA:
- O ESSENCIAL DA ESTRATÉGIA – BOX ESPECIAL – O LIVRO DOS CINCO ANÉIS, A ARTE DA GUERRA, O PRÍNCIPE (e-book).
- Maquiavel: A Política e “O Príncipe”: www.educacao.uol.com.br
- Biografia de Maquiavel: www.nicolaumaquiavel.com.br
- Maquiavel – vida, obras, biografia: m.suapesquisa.com.br
RESUMO:
“O PRÍNCIPE”
I – Introdução:
O período renascentista ao qual Maquiavel estava inserido juntamente com o contexto politico da Europa (com a centralização do poder, iniciando os Estados absolutistas) e em um âmbito mais próximo ao autor: a situação politica de Florença, que em 1512 os Médici (anteriormente expulsos por apresentarem conduta antirrepublicana) retornam por intermédio do Papa Leão X, depondo o sistema republicano defendido por Maquiavel e instauraram o regime monárquico.
“O Principe” é, antes de tudo, uma obra de exílio e um presente de aniversário que tinha por objetivo ser o meio por qual, Maquiavel (tido como já conformado com a situação do poder na Província) conseguiria se aproximar do novo líder de Florença, Lorenzo de Médici, e assim conseguir sua liberdade política e assegurar uma posição dentro da nova configuração de poder. O termo Príncipe sintetiza de forma geral todos os governantes, tanto de monarquias quanto de repúblicas.
II – Desenvolvimento:
No começo do livro, Maquiavel faz questão de categorizar os Estados (um dos primeiros registros da palavra empregada nos moldes que conhecemos atualmente). Primeiramente classificando-os em Repúblicas e Principados, tendo essa última categoria como a que ele vai tratar na obra. A forma de governar, segundo ele, deveria estar de acordo com o momento por qual o domínio estava passando, ou seja: se o momento fosse de tranquilidade, paz e estabilidade, a monarquia seria o melhor governo e se de conflitos extremos, a república corresponderia à melhor maneira. O Estado, no livro, também é classificado como: hereditário; como ele se refere ao Estado que o Médici domina, ou novos; conquistado ou anexados por hereditariedade.
Ainda no começo do livro, temas como: a dificuldade para manter um Estado recém-conquistado (novo), exemplos de conquistas e manutenção bem sucedida (como a da Grécia pelos romanos) e outras mal sucedidas (Luís XII da França com a Lombardia). Explanou também sobre as manobras usadas pelos bem sucedidos para submeter esses novos territórios ao seu controle e em como os sucessores desses governantes não encontraram dificuldades de manter seu poder (no caso do Reino de Dário, ocupado por Alexandre Magno).
Em seguida, mostra como manter o poder e as principais dificuldades encontradas em Estados: que tinham leis próprias anteriores à ocupação, que foram conquistados por armas e por nobreza (aqui pincelando sobre a teoria do direito divino de governar quando fala de Moisés; escolhido para executar as ordens de deus e unificar e libertar os hebreus escravizados no Egito), que foram conquistados com armas e virtudes alheias (aqui exemplificando o fracasso de César Borgia em administrar o que havia conquistado com a fortuna do pai), fala ainda daqueles que chegaram ao principado por intermédio de crimes (falando de Agátocles Siciiano que subiu na hierarquia de Siracusa por conta dos seus atos criminosos até a chegar a ser rei, ao eliminar os senadores por meio de um estratagema vil), daqueles que ascenderam ao principado pelo favor do povo ou pela graça dos nobres, chamando esse de principado civil, discorre ainda sobre como medir a força de todos os principados (citando aqui a importância crucial de armamento e infantaria, de fortificações e da boa relação entre o Príncipe seus súditos dentro dos muros da cidade) e por aborda o principado eclesiástico (conquistados pela religião e em como seus súditos são facilmente governados pelos executores da lei de Deus).
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