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Raízes do Brasil - resumo

Por:   •  20/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.422 Palavras (14 Páginas)  •  256 Visualizações

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 São Paulo,  22 de maio de 2014

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo                          

                                                                                                                 [pic 1]

Curso: Direito                                                

Nome: Marcela Vieira Marconi        

RA00133077        

Turma: MG3

Disciplina: Direitos Humanos

                                           Fichamento

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.  São Paulo: Companhia das Letras, 3ª ed., 1997.

1.  Síntese da ideologia, por capítulo

1.1 - Fronteiras da Europa

1.1.1- A influência da colonização em ambientes diversos- A sociedade dos países Ibéricos se desenvolveu à margem das existentes nos demais países europeus, apresentando características diversas a estas. A colonização e a implantação dessa cultura Ibérica em ambiente muito diversificado, trouxe muitas consequências, levando aos países distantes novas formas de convívio. Desse modo,somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra, e [1]"o fruto do nosso trabalho ou da nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem".

1.1.2- Hierarquia - Nos países Ibéricos não havia uma hierarquia feudal enraizada, mas bastante flexível, sendo inclusive relaxada organizacionalmente, não logrando uma aristocracia fechada, o que abriu espaço para o desenvolvimento pioneiro da burguesia, e para uma não importação cabal deste princípio para as colônias, dentre elas, o Brasil.

A organização Ibérica, portanto, não abandonou os reconhecidos privilégios da nobreza, mas os relativizou-os, afastando-se da hierarquia feudal.

1.1.3- Ética - Espanhóis e portugueses eram a favor do livre arbítrio e afirmavam que cada homem deveria depender de si próprio, mas ressalta-se que essa visão não favorece a associação entre os homens, sendo o Estado visualizado como ente unificador, predominando, desse modo, uma organização política artificialmente mantida por uma força exterior, que, nos tempos modernos, encontrou uma das suas formas características nas ditaduras militares.

1.1.4 - Trabalho- Admirado era o digno ócio, preferido este em relação ao trabalho diário, sendo a atividade produtora menos importante que a contemplação e o amor, e querida a ideia de uma vida sem preocupações ou esforços, o que acarreta na precariedade do ideal de solidariedade.

1.2 - Trabalho & Aventura

1.2.1- Aventureiro e Trabalhador - Existem, na sociedade, dois tipos de homem, o aventureiro e o trabalhador. O trabalhador é aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar, agregando sentido nítido ao esforço lento, pouco compensador e persistente. Já para o aventureiro o objeto final assume tão grande relevância que chega a dispensar todos os processos intermediários, sendo seu ideal colher o fruto sem antes plantar a árvore.

1.2.2- Portugueses e Espanhóis aventureiros - O gosto da aventura moveu os principais colonizadores do nosso país, que queriam extrair do solo excessivos benefícios sem grandes sacrifícios. Esse elemento favorecia a mobilidade social e assim estimulou os homens a enfrentar as resistências da natureza e criou-lhes as condições adequadas a tal empreendimento.

1.2.3- Adaptação - Os colonizadores portugueses absorveram rapidamente os costumes locais, da Terra. Tentavam recriar o meio de sua origem, e quando não conseguiam se adaptavam.

1.2.4 - Sistema Agrário- Baseado no latifúndio e na monocultura, o sistema de lavoura decorreu do fato de não se achar a Europa industrializada ao tempo dos descobrimentos, sendo o clima e outras características da região tropical apenas contribuintes indiretos.

Mas ressalta-se que não foi uma civilização tipicamente agrícola o que instauraram os portugueses no Brasil com a lavoura açucareira, visto que a tanto não conduzia o ideal aventureiro que os trouxe à América, além a escassez da população do reino, que não permitiu emigração em larga escala de trabalhadores rurais.

1.2.5 - Trabalho escravo-  Foram frustradas as primeiras tentativas de emprego do braço indígena, e foi encontrado recurso mais fácil na introdução de escravos africanos. A  partir daí a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais.

1.2.6- A relação com os negros- Verificava-se ausência completa, entre eles, de qualquer orgulho de raça. Essa modalidade de seu caráter explica-se muito pelo fato de serem os portugueses, em parte, um povo de mestiços, por possuírem uma porcentagem de sangue negro. As relações na colônia iam da dependência do escravo ao de protegido, e cada vez mais a influência negra penetrava no recesso doméstico (apesar de haverem casos de exceção).

Desse modo, o exclusivismo “racista” nunca chegou a ser o fator determinante das medidas que visavam reservar a brancos o exercício de determinados empregos. Muito mais decisiva era a desonra associada aos trabalhos vis que os negros exerciam.

1.2.7- Diferença da colonização holandesa- Ao contrário dos colonizadores Ibéricos, os holandeses tinham espírito de empreendimento metódico e coordenado, em capacidade de trabalho e em coesão social. Isso explica porque ao passo que em todo o resto do Brasil as cidades continuavam simples e pobres dependências dos domínios rurais, a metrópole colonizada pelos holandeses “vivia por si”.

De modo diverso do holandês, o português entrou em contato íntimo com a população de cor, e seu  bom êxito resultou de não terem sabido manter a própria distinção com o mundo que vinham povoar. Na religião, por exemplo, ao oposto do catolicismo, a religião reformada, trazida pelos holandeses, não oferecia nenhuma espécie de excitação aos sentidos ou à imaginação dos colonos.

1.2.8- Consequências- Como consequência da colonização portuguesa, além de prevalecer certa intolerância com relação aos ofícios de mais baixa reputação social, houve a hipertrofria da lavoura latifundiária na estrutura da economia colonial, com ausência nas demais atividades produtoras, oposto do que ocorreu nas outras colônias, inclusive nas da América espanhola.

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