Realação entre o filme "privacidade hackeada" e "psicopolítica"
Por: Rafael Santos • 25/3/2020 • Resenha • 277 Palavras (2 Páginas) • 493 Visualizações
Aluno: Rafael Nicolas Lopes Santos
Relação entre “Psicopolítica” e “Privacidade Hackeada”
O documentário de 2019 distribuído pela Netflix trata da forma como as nossas informações pessoais podem ser usadas contra nós mesmo em prol de instituições privadas. No longa, é analisado, entre outros, o caso da empresa britânica “Cambridge Analytica”, que utilizou dados pessoais de mais de 240 milhões de americanos para manipular as eleições nacionais de 2016 nos EUA.
Contudo, muito antes desses eventos, no ano de 2000, o autor Byun-Chul Han alertou em seu livro “Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder” quanto à existência dessa possibilidade. Ainda que na época tudo isso fosse ainda muito teórico, devido à tecnologia do período, Han já havia nomeado esse gigantesco banco de informações pessoais de “Big Data”. Em seu livro, ele descreve esses dados como uma ferramenta do neoliberalismo para exercer o chamado poder inteligente.
Esse controle é exposto no documentário ao se notar que campanhas políticas utilizavam do “Big Data” para manipular eleições, por meio de categorizar eleitores em categorias quanto a possibilidade de mudarem seus votos, e destinarem maiores recursos a estes, usavam os dados ainda para modificar a abordagem para cada eleitor, de forma a obter o melhor resultado o possível.
Os resultados nas eleições de 2016 foram tão eficazes, que a “Cambridge Analytica” se tornou uma das empresas mais promissoras do mundo, e acredita-se que esta interviu ativamente nos referendos quanto ao Brexit. Ao final do documentário, é mostrado como estratégias semelhantes vem interferindo em grandes eventos nacionais e globais ao redor do mundo, como nas eleições presidenciais do Brasil em 2018, em que o compartilhamento de notícias pelo WhatsApp teve grande impacto no resultado final.
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