Realização Do Processo De Licitação Por Meio Eletrônico: Análise Das Vantagens E Desvantagens
Por: Gabriel Tavares • 12/11/2023 • Tese • 1.021 Palavras (5 Páginas) • 63 Visualizações
O manejo de pragas são táticas de controles adotadas pelos produtores de maneira
racional no cafeeiro. Nos últimos anos observa-se o aumento do surgimento de vários insetospraga no cafeeiro causado principalmente pelo uso descontrolado de agroquímicos no meio
ambiente, levando a redução de inimigos naturais, consequentemente o desiquilíbrio biológico
(RODRIGUES, 2015). Logo, a adoção de táticas de controle no cafeeiro deve ser feito somente
no momento em que a população do inseto-praga alcançar o nível de dano econômico (NDE),
sendo imprescindível a adoção do manejo de pragas para que o produtor possa obter maior
lucratividade durante a condução da cultura (SOUZA et al., 1998).
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) se baseia num plano de medidas ligadas a táticas
e estratégias de controle com intuito de reduzir a densidade populacional de insetos-praga. É de
suma importância o conhecimento das pragas-chave do cafeeiro em um programa de MIP,
realizando aplicação de agrotóxicos quando a população da praga represente perdas de
produção com prejuízos econômicos significativos (NDE), a fim de reduzir a contaminação
ambiental com o uso de produtos menos tóxicos e seletivos aos organismos benéficos (Silva et
al., 2010).
Além do controle químico, outras táticas devem ser adotadas para reduzir a população
de insetos no campo, como o controle biológico através da inundação com o emprego de agentes
de controle biológico, aos quais podemos destacar os entomopatógenos principalmente os
fungos entomopatogênicos, podendo ainda serem usados em combinados com outros métodos
de controle, como o químico em mistura de tanque. (REIS; SOUZA, 2002).
2.3.1. Controle químico
O combate ao bicho-mineiro é normalmente realizado por meio do controle químico
(COSTA et al., 2014). Para se realizar o controle químico de modo mais eficiente, se faz
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necessário conhecer o clima da região de cultivo, uma vez que as infestações de L. coffeella
está ligada as condições ambientais. Nos dias atuais, o controle químico é feito pela aplicação
de inseticida sistêmicos granulados no solo e/ou inseticidas em pulverização (CONCEIÇÃO,
2005). Entretanto, segundo Souza et al. (1998) lavouras de Coffee arabica apresentam maior
infestação de bicho-mineiro se comparadas às de Coffee canephora, sendo que nestas o controle
químico é quase que dispensável.
A eficiência do controle químico passa por vários fatores, tais como arquitetura,
tamanho e densidade das plantas; tamanho das gotas; deriva; volume e composição de calda de
pulverização; condições climáticas; velocidade do equipamento pulverizador; pontas; ângulos
de aplicação, volume de saída de ar do pulverizador, velocidade do ar e distância do
pulverizador até o alvo (SOARES FILHO, 2008).
Os grupos químicos recomendados para controle do bicho-mineiro são: abamectina
(avermectina), análogo da nereistoxina (cartape), antranilamida, benzoilureia, carbamatos, éter
piridiloxipropílico, neonicotinoides, organofosforados, piretroides e espinosinas (espinosade)
(PARRA; REIS, 2013). Segundo Castellani et al (2016), em algumas regiões o controle químico
se tornou praticamente a única tática de controle, sendo feita duas aplicações de inseticidas
sistêmicos e 15 pulverizações anuais). No entanto, a utilização inadequada de inseticidas
químicos pode levar a seleção de insetos resistentes, principalmente quando não ocorre a
rotação de mecanismo de ação. (CASTELLANI et al., 2016).
Os inseticidas podem ser transferidos para os insetos de algumas maneiras, sendo que
no cafeeiro os que merecem destaque são os sistêmicos e contato e ingestão. Os inseticidas de
contato e ingestão são pulverizados na planta com o intuito de controlar o bicho-mineiro por
ação de contato e/ou ingestão. Existem no mercado muitos ingredientes ativos (I.A)
pertencentes a vários grupos químicos, com mecanismos de ação distintos, onde alguns são
mais solúveis em água; já outros, com efeito fisiológico e outros ainda, com maior efeito
residual nas plantas (SOUZA; REIS, 1996).
Dentre os grupos químicos utilizados para o controle do bicho-mineiro, os piretróides
vem sendo um dos mais utilizados. Esse produto químico apresenta pouca ação de
profundidade, mas com longo
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