Resenha "Advogados na Dituradura"
Por: Giovanna Censi • 10/4/2017 • Trabalho acadêmico • 774 Palavras (4 Páginas) • 2.225 Visualizações
Curso: Direito
Academica: Giovanna Gryszczenko Censi
Disciplina: Comuncação e expressão
Professor (a): Simone Kohlrausch
Data: 21/03/2017
Resenha:
Os Advogados contra a Ditadura: Por uma questão de justiça
Referência da obra resenhada: Os Advogados contra a ditadura: Por uma questão de justiça. Direção de Silvio Tendler. Produção de Maycon Almeida. Disponivel em:
Referencia da obra em que o documentário se baseou: SPIELER, Paula. Advocacia em tempos difíceis: ditadura militar 1964-1985. Coordenação por Paula Spieler, Rafael Mafei Rabelo Queiroz. Curitiba: Edição do Autor, 2013.
Referência do livro descrito no documentário: ARNS, Dom Paulo Evaristo. Brasil: Nunca Mais. Brasil: Vozes, 1986.
Silvio Tendler, nascido em 12 de março de 1950 no Rio de Janeiro, começou sua trajetória na faculdade de Direito na PUC- RJ. Porém ao ler uma noticia no jornal, na qual dizia “Preso os advogados de presos políticos”, decidiu desistir do curso e seguir como cineasta (conforme diz o documentário ao inicio). Em sua carreira como cineasta produziu filmes com personalidades políticas. E um deles foi: “Os Advogados contra a Ditadura: por uma questão por justiça.”. Na qual tem a objetividade de homenagear os advogados que continuavam lutando por liberdade e justiça, mesmo em época de opressão militar.
O documentário retrata depoimentos de advogados presos, castigados, humilhados pelos militares durante a Ditadura. Tendler aborda que se posicionar como oposição é ato de coragem num momento delicado como o de 1964, porém também argumenta sobre os presos e como, a maioria deles, foram mortos. Mostra uma ativa participação na imposição do governo e na luta pela liberdade e justiça dos próprios e de seus cidadãos.
Modesto da Silveira conta que houve uma manifestação na Cinelândia (Praça Marechal Floriano Peixoto e palco de protestos da sociedade civil) no dia 1º de abril de 1964, na qual o próprio compareceu. Testemunhando o conflito entre militares e opositores. Que trouxeram como conseqüências: a resistência de estudantes/mortes e as prisões de advogados de esquerda (sendo Modesto, um deles). Quando foi preso, um militar disse: “Aqui não tem doutor, doutor somos nós.” por estabelecer com a Ditadura que todos devemos nos referir aos militares como superiores. Porque era um governo autoritário que restringia os direitos individuais e opiniões alheias. Por isso, quem os negava a subordinação eram castigados, perseguidos e maltratados até a morte.
Ao depor que foram presos no DOI-CODI (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna), Idibal Pivetta e Wellington Cantal por advogar, eles ficaram 45 dias sem nenhum tipo de comunicação social e sofrem diversos castigos. Na qual fizeram ao Cantal, sair de cadeira de rodas e ao Pivetta sofrer fraturas em duas costelas. Com essas torturas, se sentiram “obrigados” a denunciar o comandante do DOI-CODI. Como uma forma de defesa e luta contra o arbítrio no momento histórico.
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