Resenha Crítica Cap do Livro Casa Grande e Senzala
Por: Emily Brito • 20/2/2022 • Resenha • 580 Palavras (3 Páginas) • 609 Visualizações
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Casa Grande e Senzala, uma abordagem crítica
O livro Casa Grande e Senzala, escrito, em 1930, por Gilberto Freyre, brasileiro, nascido em Recife em 1900, Bacharel em Letras, foi sociólogo, historiador e ensaísta brasileiro. Estudou Artes Liberais nos Estados Unidos, especializou-se em Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Baylor. Fez pós graduação na Universidade de Colúmbia e graduou-se em Mestre em Artes. Freyre faleceu em 1897, também em Recife. A obra Casa Grande & Senzala foi considerada uma das mais representativas sobre a formação da sociedade brasileira.
O primeiro Capítulo de Casa grande & Senzala intitulado Características gerais da colonização portuguesa no Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida retrata a formação do povo brasileiro, Freyre relata a formação híbrida, pois há uma mistura de raças vindoura desde 1500, com a chegada dos portugueses ao Brasil pensando estar nas Índias.
O início do capítulo retrata a chegada dos portugueses nos trópicos, montando-se colônias com uma estrutura escravocrata, onde houve a mudança de um período mercantil (extração de recursos naturais brasileiros para ser comercializados) para a estrutura agrícola (plantio de cana-de-açúcar e outros produtos agrícolas para alimentação).
É retratado também a miscigenação, os portugueses ao verem as mulheres nativas com seu traje comum, nuas, logo se encantaram pelas índias e deitavam-se com elas. Freyre critica o fato de as índias aceitarem esse ato por bugigangas, filhos eram gerados, assim, portugueses se procriavam e se espalhavam, posteriormente chegavam os escravos trazidos da África em uma época onde já havia mistura de portugueses e índios, um início da formação da população brasileira.
A família patriarcal, sem dúvidas, segundo Freyre, foi o maior fator de promoção da população brasileira, neste capítulo, o autor aborda que para morar no brasil, o fator condicional era ser ou se converter “cristão”, portanto, católicos, a religião oficial da época. Não importava o histórico do cidadão, apenas se converter, assim, ganhavam terras para produzir e multiplicar-se. O clima tropical, também retratado neste primeiro capítulo, era propício aos portugueses e africanos, porém, a realidade é que a terra não era adequada para produção agrícola dos mesmos produtos da Europa. Eram terras secas ou que em certa época do ano era inundada por águas, principalmente no norte do país.
A alimentação para as colônias era escassa, segundo Freyre, o mais bem alimentados eram os negros africanos, pois sabiam aproveitar os alimentos e também os moradores das casas grandes, pois exportavam alimentos da Europa. Não era dado valor a criação de animais nos engenhos. A comida da casa grande, em sua maioria, era trazida de Portugal.
A pobreza, a má nutrição, a falta de condições básicas de higiene proporcionaram doenças, também vinda da Europa. Por falar em doenças, a mais comum e citada pelo autor, é a sífilis, que em sua opinião, era uma marca comum nos filhos da casa grande, introduzidos aos prazeres sexuais desde seus doze ou treze anos de idade. Doença adquirida logo no início de sua puberdade. O autor também questiona que a grande mistura e miscigenação pode ter proporcionado a proliferação da doença.
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