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Resenha Crítica: O que é sociologia?

Por:   •  14/4/2018  •  Resenha  •  1.215 Palavras (5 Páginas)  •  424 Visualizações

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Resenha Crítica: O que é sociologia?

Na introdução o autor define sociologia como “Conjunto de conceitos, de técnicas e de métodos de investigação produzidos para explicar a vida social”. O livro aborda a sociologia como um resultado para algumas das formas de compreender as novas situações sociais, advindas do capitalismo.

A sociologia surge com o fim do feudalismo e inicio do capitalismo, desencadeada pela dupla revolução (industrial e francesa) resultado da união de diversos pensamentos que procuravam compreender as novas situações. O autor não detalha as revoluções, mas mostra suas ligações com o surgimento da sociologia.

As novas condições de trabalho que incluíam cargas absurdas e trabalho infantil, a urbanização em massa e os problemas de saúde e estruturais gerados, trouxeram mudanças sociais radicais para a época, dentre elas o aparecimento do proletariado. Owen, William Thompson e Jeremy Bentham foram importantes pensadores ingleses que ajudaram na constituição da base da sociologia.

Assim como a revolução industrial, as modificações na forma de pensamento e as transformações econômicas também foram essenciais para o surgimento da nova ciência. O uso da razão, e não mais da teologia, causou mudanças significativas em diversas áreas como a cientifica, filosófica e até mesmo a literária, trouxe também a disposição em tratar a sociedade por grupos e não indivíduos isolados.

O iluminismo, combinando a razão e a observação, estudou grande parte dos aspectos da sociedade, e tratava o individuo como dotado de razão, rejeitava de forma clara instituições feudais por atestar serem irracionais e irem contra a natureza do indivíduo. Nesse contexto, a França tem a estrutura feudal e o Estado Monárquico liquidados e o poder tomado pelos burgueses.

Com a revolução francesa, pensadores como Saint-Simon, Comte e Le Play, se focaram nas consequências que ela causará, e a tratavam com rancor devido aos seus falsos ideais como a igualdade e a liberdade. Passaram a achar necessária uma reorganização, uma ordem social estável que interrompesse a desorganização e a “anarquia política” que o iluminismo não seria capaz de conter.

A ciência das sociedades surgiu a partir da necessidade, e, para Durkheim e com ênfase do autor, tinha interesses práticos, começou como forma de repensar o problema da ordem social e passou a ter grande importância teórica para o estudo da sociedade. Esta sociologia, vinda de um espirito positivista, não é a que o proletariado busca, e a partir disso se junta ao pensamento socialista, visando a luta de classes.

O segundo capitulo do livro trata da formação da sociologia, seu objeto de estudo e seus métodos de investigação. Alguns pensadores, como Edmund Burke, Joseph de Maistre e Louis de Bonald acreditavam que a luta de classes fosse passageira e encontram no pensamento conservador uma fonte de inspiração. Os conservadores se inspiravam na sociedade feudal pela sua estabilidade e hierarquia social.

Os ideais conservadores, que iam totalmente contra os ideais iluministas, influenciaram alguns autores positivistas como Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim. O autor procura, nessa parte do texto, destacar o lado positivista de Saint-Simon, que acreditava na orientação da indústria e da produção através do pensamento social.

Saint-Simon notou a falta de uma ciência da sociedade e acreditava que ela era vital pois inibiria revolucionários, via como solução uma nova sociedade feudal onde o clero eram os cientistas e os comerciantes e os fabricantes e banqueiros eram  os senhores feudais, estando todos a frente dos trabalhadores. Auguste Comte foi muito influenciado por Saint-Simon, sendo até seu secretário, porém, Comte era totalmente conservador.

Comte acreditava que era necessário reorganizar a sociedade, repudiava os ideais iluministas, e via a necessidade de uma ciência social que usasse do mesmo meio de investigação que as ciências naturais, teoria também seguida por Durkheim. A sociologia positivista de Comte pregava a necessidade da ordem e do progresso, garantindo mudanças sociais que seriam comandadas por cientistas e industriais.

Através de Durkheim a sociologia passou a ter reconhecimento acadêmico e em sua perspectiva era um “remédio” para a doença da sociedade, advinda da fragilidade da moral. Via a sociedade capitalista de forma positiva e ia contra os ideais socialistas, acentuando que a divisão de trabalho trazia solidariedade entre os homens.

Marx e Engels, analisando o socialismo utópico como falho por não trazer aplicabilidade, trazem uma elaboração mais expressiva desse pensamento com o objetivo de construir uma ordem social onde fossem eliminadas as relações de exploração entre as classes, relações essas que levam ao surgimento do proletariado, que reivindicava a igualdade entre todos.

A junção do materialismo dialético com os fenômenos sociais deu origem ao materialismo histórico, teoria que implicava na estrutura econômica como sendo a base onde se apoiavam a religião, arte e a politica. O socialismo marxista buscava mudar a ordem existente, de maneira radical, e via os socialistas e comunistas como representantes da classe operária.

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