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Resumo O Príncipe

Por:   •  30/3/2016  •  Ensaio  •  904 Palavras (4 Páginas)  •  443 Visualizações

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A memorável obra de Nicolau Maquiavel, O Príncipe, tem como função literária nos tornar íntimos das verdades que regem os principados, tendo como ideia principal nos aproximar de uma realidade política histórica e de marco contemporâneo. O texto foi escrito em um período de grandes mudanças na Europa, várias transformações em muitas áreas da vida humana em direção à prática do antropocentrismo, características perceptivas do Movimento Renascentista. Maquiavel introduz o seu feito com a dedicatória em nome de Lourenzo de Médici, onde anuncia que o seu manual de conhecimento político é o mais valioso de seus pertences, portanto, seria digno de presentear o Magnífico.

Partindo para o assunto central da narrativa, o livro começa com relatos de definições sobre os métodos para a conquista do poder, especificando as características de cada principado. É possível que sejam de caráter hereditário, onde a posse se dá através do elo de sangue e as dificuldades para manter-se são bem menores. Podem ser totalmente novos, onde a permanência torna-se mais dificultosa. Ou ainda, mistos, incorporados a um Estado adquirido por herança, mas que também possuem os mesmos empecilhos, pois existem hábitos os quais o povo já é adepto. Nesse último, Maquiavel aprofunda sua definição ao defender a ideia de que quando se existe um novo governo o povo tende a se manifestar contra, a fim de protestar em favor de melhorias, o que torna a situação ainda mais complicada para o monarca. Para um melhor resultado dentro desse contexto, é necessário ainda que ele seja amigo das potências consideradas fracas, e não tenha relações com os poderosos para que estes sejam enfraquecidos e não possam prejudicar o seu governo. Ainda sobre essa postura, Maquiavel nos explica que são conservadas duas formas de se dirigir o território, onde é possível que o Príncipe obtenha ajuda de seus ministros e permaneça sendo visto pelo povo como a única ação suprema, ou que tenha relações de domínio com barões, onde estes também exercem função superior em que são reconhecidos como senhores. Nesses dois casos, apresenta-se como sendo a melhor estratégia aquela em que o Príncipe exerça seu mandato sem a presença de barões, pois é possível que eles se rebelem contra suas ações gerando um conflito propício para a queda de seu governo. Ao deixar isso claro, Maquiavel explica que, para os Estados acostumados com a liberdade, existem três formas para praticar o exercício do poder, sendo a primeira a ruína, a segunda a posse e a terceira a liberdade de viver das leis já aplicadas, sendo esta o pior erro de um governante, pois ao permitir que o povo tenha recordações antigas, torna-se ainda mais desafiador criar uma imagem respeitada.  Partindo dessa ideia, o autor esclarece o porquê da preferência em optar por seguir as medidas impostas por seus antecessores, se espelhando em todo ato que teve efeito positivo. Não seria interessante então que o novo Príncipe estabelecesse novos métodos contrários aos que já eram de conhecimento público, pois o mais sábio dos governantes é aquele que segue o exemplo dos grandes e que não precisa da ajuda de outros quando se existe a opção do domínio através da força. Para aqueles que não seguem esse formato e necessitam de outros nomes para atingir seus objetivos, dificilmente conseguirão ter êxito. É preciso eliminar quaisquer hipóteses de referencia a outros monarcas para que não se tenha registros que despertem insatisfações e não permita reações vingativas.

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