Resumo critico no direito

RESUMO CRÍTICO SOBRE O FILME “Ele está de Volta”

         Considerado uma sátira cômica baseada no livro (Ele está de Volta de Timur Vermes) consegue detalhar e narrar muito bem “Hitler” no tempo contemporâneo e suas dificuldades com os novos aparelhos eletrônicos, seu relacionamento com outras pessoas, suas novas descobertas sobre a política atual, suas ideologias, etc. Hitler dorme na Alemanha Nazista e acorda em 2014 numa Berlim totalmente nova, democrática e governada por uma mulher.

Seria bastante ingênuo tomar o conteúdo do filme como “deplorável” ou qualquer outro adjetivo que se possa empregar, só porque ele “faz piada com coisa séria”, deixando de considerar todo o restante da obra , trata o conservadorismo exatamente como ele precisa ser: com um tom hilário exato e inevitável, fazem com a figura de Hitler o que o Século XXI ridicularizam-no, colocam-no como símbolo do ultrapassado e do patético, em algumas vezes sendo até arrogante.

Enquanto acreditam que ele pode ser um comediante ou algo parecido, ele traça planos para utilizar uma nova mídia que descobre ser mais poderosa do que o cinema: a televisão, para que construa a sua ideologia do seu partido.

O filme mostra cenas reais de diálogos entre o ator e as populações alemãs tiram selfies e acabam ouvindo declarações como: que o pais precisa de uma experiência nacionalista  e expressa o choque pela existência da Polônia-“Ainda existe! E dentro da Alemanha! -  manifesta sua antipatia à democracia moderna, apoiada pelos anônimos que cruzam seu caminho sem o menor pudor, declaram que o país precisa novamente de uma experiência nacionalista para trazer de volta “os bons costumes perdidos”, muitos começam a falar mal dos políticos e da democracia e clamam por alguém que “faça a coisa certa”.

Para Hitler, o único partido que lhe inspira simpatia é o Partido Verde porque “defender a natureza é defender a Pátria…”. Quanto à Direita, “não lêem e são todos uns fracotes”.

Em uma época que é tomada por absurdos ditos por vários representantes oportunistas, que se aproveitam da fragilidade da sociedade, não é difícil imaginar que Adolf Hitler poderia ter tido o mesmo “sucesso” que teve durante a Segunda Guerra Mundial.

Para nós brasileiros, o filme também serve de alerta, pois a crise de representatividade política não pode permitir que a sociedade busque em “heróis” a solução para todos os problemas do país. Mal sabem quais são suas ideologias políticas, seus interesses reais, será que aplicará uma política seguindo a ética e a moral perante a Constituição Federal?

O caso de Jair Bolsonaro, Donald Trump, é bem específico e claro, utiliza-se de valores cristãos para defender seu discurso de ódio contra minorias, vangloria tempos sombrios do país, como a ditadura militar, defendendo a tortura e o assassinato de centenas de pessoas que morreram durante esse período.

Bolsonaro, assim após seu fracasso na carreira militar, como praticamente todos os líderes populistas e oportunistas da extrema-direita, conseguiu atingir seu objetivo na política institucional.

A não observação do nível de gravidade de seu discurso vai levando em consideração seu objetivo político de um dia governar o país, é a mesma coisa que tolerar a institucionalização do fascismo no Brasil. Apesar de ainda ser visto como um dos favoritos para as eleições de 2018, mesmo sabendo que estamos vivendo tempos tão graves na política e na economia que já não se sabe qual caminho a sociedade irá escolher tomar nos próximos anos.