Resumo do Livro "Apologia de Sócrates"
Por: Rosângela O. Santos • 4/9/2019 • Resenha • 789 Palavras (4 Páginas) • 458 Visualizações
Platão e a Apologia de Sócrates
O julgamento de Sócrates (469-399 a.C.) foi um dos fatos históricos mais importantes da Grécia Antiga e até hoje inspira escritores, artistas e filósofos.
Entre os diversos diálogos de Platão a Apologia de Sócrates marcam lugar bem particular
Talvez um lugar único primeiro porque o seu conteúdo teórico é mínimo depois porque a Apologia se apresenta não como um dialogo mais muito mais como uma biografia do Sócrates
Longe de se reduzir apenas um percurso histórico Platão na Apologia coloca em cena Sócrates e o seu percurso intelectual e a sua filosofia como um todo
Então, podemos ler a Apologia em dois sentidos
O primeiro sentido é que Platão retoma o discurso de Sócrates em sua defesa no ano 399 (a.C) diante dos juízes que estavam o julgando e o condenando a morte
E o segundo sentido é que Platão faz um elogio a Sócrates e por meio disso uma exigência filosófica dá probidade e dá verdade
Acusa-se Sócrates de sua impiedade e a corrupção da juventude ateniense num sentido mais amplo o processo de Sócrates põe em destaque o choque entre o filósofo Sócrates versus a cidade Atenas
Sócrates representava muito mais um perigo aos valores atenienses, a democracia ateniense do que se fato à juventude, à corrupção da juventude e a impiedade com os deuses
E Sócrates defende a sua inocência explicando o que ele é de fato como filósofo
Destacaria agora apenas três teses desse diálogo a Apologia de Sócrates:
A primeira tese é que Sócrates é o mais sábio dos homens acusado de ser um sofista ímpio e corruptor Sócrates nos diz que ele acabou ganhando muitos inimigos quando o oráculo de Delfos o declarou o mais sábio entre os homens e surpreendido com esta sentença de ser o mais sábio ele mesmo avaliou ela e tentou verificar se de fato ele era
Sabedoria sofia designa tanto um saber como uma prática
Filosofar para Sócrates não é aprender uma simples técnica como defendia os sofistas, mas, colocar-se a si mesmo em questão o objeto do saber ou da sabedoria não é aquilo que se fala, mas aquele que fala.
Dessa forma, os sofistas representam para Sócrates uma falsa sabedoria e Sócrates ao se questionar se de fato ele era o mais sábio dos homens ele entra em choque com os próprios sofistas e se dando conta que os sofistas possuíam uma sabedoria falsa ele percebeu assim que ao saber que ele não sabia nada “Sei que nada sei” ele era de fato o mais sábio dos homens
Portanto, a sabedoria socrática baseia-se na diferença essencial entre supor que se sabe e saber que não se sabe
Ao contrario daqueles que ele interroga o Sócrates sabe que não sabe, portanto ele tem consciência de sua ignorância e é justamente esse o sentido do oráculo isso explica um pouco a hostilidade que as pessoas tinham na época à Sócrates
Já a segunda tese que destaco é a seguinte: Filosofar é aprender a tornar-se virtuoso a interrogação do filosofo não tem nada a ver com o fato de acumular conhecimentos técnicos, pois, não sabendo avaliar o que se sabe o nosso conhecimento não tem nem sentido
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