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Resumo do Livro Oração aos Moços

Por:   •  19/4/2020  •  Resenha  •  945 Palavras (4 Páginas)  •  654 Visualizações

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UCSAL – Universidade Católica do Salvador          Curso – Direito

Aluno – Dante Domiciano Silva        Data – 11/10/2018

Disciplina – Direito Processual Penal I      Professor – Leonardo Bacellar  

Turno – Matutino      Campus – Pituaçu

RESUMO DO LIVRO “ORAÇÃO AOS MOÇOS”

A obra Oração aos moços do ilustre jurista Rui Barbosa, é um discurso escrito para paraninfar os formandos da turma de 1920 da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Trata-se de um manual de ética profissional, lastreado nas experiências acumuladas pelo autor em seus cinquenta anos de vida dedicado ao Direito, fazendo um balanço entre as positivas e negativas de modo a mostrar aos novos bacharéis os desafios do mundo jurídico, mas sob uma perspectiva geral, considerando fenômenos históricos, filosóficos, psicológicos e políticos, o que torna esse discurso ainda tão atual quase cem anos depois.  

Rui Barbosa demonstra no decorrer de todo texto a esperança que deposita nesses jovens moços, dos quais ele era o padrinho e se sentia numa obrigação quase paterna de aconselhar, de modo que as suas palavras os levassem para o caminho da retidão para que possam continuar o  trabalho o  qual  ele estaria  prestes a cessar, visto que já se encontrava bastante debilitado, motivo pelo qual se fez ausente, no entanto, se fez onipresente por meio do seu sincero discurso apelando aos jovens bacharéis que mantenham seus corações limpos, incontaminados.

Destaca a importância do perdão nas relações humanas, trazendo Deus como testemunha de que tudo ele havia perdoado, na medida do possível, apesar das imperfeições do homem, pois ao perdoar os inimigos nasce a justiça ordinária e o reconhecimento humano, tal ato aos olhos da filosofia, da crença e da verdade suprema, contribuiu para a felicidade.

Deseja que após os cinco anos de curso, onde se debruçaram em teorias, princípios, teses, leis, códigos e jurisprudências, possam agora com seus próprios sentimentos, consciência, afetos, esperanças e propósitos contribuírem de maneira comprometida com o campo do Direito, a fim de formarem muito mais do que um livro da ciência, formarem um livro da experiência.

Discorre ainda sobre os ônus para que pudesse obter uma carreira jurídica de sucesso, como as noites de sono perdidas em busca do saber intelectual, alertando para o fato de que nada que seja digno de ser lembrado se consegue nessa vida sem esforçar. Porém ressalta que é imprescindível zelar as noites de sono objetivando um dia produtivo de trabalho.

Destarte, não adiantaria em nada que os bacharéis permaneçam em estudo constante, lendo apenas vulgarmente, sendo válido somente se desta prática for possível verificar de forma válida o exercício de raciocinar.  Assim diz “Vulgar é o ler, raro o refletir.”.

Compreende como os recursos mais poderosos na criação moral do homem a oração e o trabalho. Afirmando que a oração é o íntimo sublimar-se d’alma pelo contato com Deus, enquanto o trabalho é o inteirar, o desenvolver, o apurar das energias do corpo e do espírito, mediante a ação contínua de cada um sobre si mesmo e sobre o mundo onde labutamos. Assim, quem trabalha se cerca continuamente do autor de todas as coisas, tomando na sua obra uma parte, de que depende também a dele. O criador começa e a criatura acaba a criação de si própria, portanto, ao trabalho nada é impossível, já que este completa o homem que seguirá forte na fé.

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