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Resumo do Livro o Príncipe

Por:   •  14/2/2021  •  Resenha  •  2.116 Palavras (9 Páginas)  •  284 Visualizações

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Fichamento de O Príncipe  

Capitulo I- Quantos são os gêneros dos principados e de que modo são conquistados.

 

• O autor evidencia que as duas únicas formas de o estado deter domínio sobre o homem são por meio de repúblicas ou principados. 

• As únicas formas de um principado ser adquirido é por hereditariedade ou pelas graças do próprio príncipe, usando da virtú e da fortuna. 

 

  Capitulo II- Dos principados hereditários.

    • A diferença entre um príncipe natural e um príncipe que conquistou seu principado por meio de suas próprias graças está na facilidade do primeiro em manter o seu poder por meio da tradição. 

 

      Capítulo III- Dos principados mistos.

• Os principados mistos, que passaram de um príncipe natural para um novo, apresentam maior dificuldade para ser estabelecido. Isso se deve à interferência dos costumes de principados passados em ações diferentes do novo príncipe. 

• A medida ideal que deve ser tomadas pelo principe para manter seu governo é integra-lo ao principado antigo. 

• Além disso, a obra abrange como estratégias eficazes na prevenção de vingança/dominação dos inimigos a permanência do príncipe nas novas regiões que por esse foram dominadas além da criação de colônias. 

• O Príncipe deve também, proteger a parcela mais fraca da região, de forma que esses se associem a ele. Cautelosamente, para que os pequenos não se fortaleçam demasiadamente. Nas palavras do autor: “Arruina-se quem é causa de outro tornar-se poderoso”. 

• É dever também do governante precaver-se tanto dos males do presente quanto aos futuros, visto que quanto antes esses forem identificados mais facilmente serão solucionados, fortalecendo, assim, o príncipe. 

• Além disso, Maquiavel afirma que não existe postergar a resolução de qualquer conflito com temor de guerras, já que, as guerras não deixam de ocorrer, sendo somente adiadas, prejudicando o príncipe e o seu governo. 

 

Capítulo VII - Dos principados novos que se conquistam com as armas e a fortuna de outrem.

• O autor explica que aqueles que recebem o poder por meio da fortuna, isso é, o acaso, devem exercer muito esforço para ser mantido. Esses são comparados por Maquiavel a algo  da natureza, que quando crescem muito rapidamente, possuem um fraco alicerce. 

• A obra cita como exemplo os Duques Francesco Sforza e César Bórgia, que são antagonistas no que se refere a maneira de governar. Tendo sido o primeiro muito bem sucedido em seu governo devido sua virtú, e o segundo tão facilmente recebeu seu principado hereditariamente também assim o perdeu . 

• Ao fim do capítulo, Maquiavel destaca que os únicos motivos de homens prejudicarem aos outros são dois: o medo ou o ódio. 

 

Capítulo IX- Dos principados civis. 

• O principado civil se baseia em um cidadão privado que se torna príncipe de sua pátria pelo favor dos seus concidadãos.

• A causa do apoio da população a um de seus cidadãos na ascensão ao principado se deve ao receio de serem comandados ou oprimidos pelos grandes, conferindo reputação suficiente a um dos seus.

• O autor deixa claro que é impossível que um príncipe se mantenha sendo inimigo do povo, ja que esses são muitos. Entretanto, contra os grandes da sociedade, isso é possível, já que, esses são poucos. Contudo, o príncipe deve se atentar à astúcia dos grandes, visto que, esses podem o atacar a qualquer momento. 

• Existem dois tipos de grandes: os que se ligam em tudo à fortuna e os que não se ligam. Esses últimos, últimos desencadeiam em dois casos : 

 1. os que o fazem por covardia, medo, ou falta de ânimo 

2. os que o fazem por astúcia 

• Os segundos, devem ser temidos pelo príncipe, pois pensam mais neles e em formas de arruinar ao príncipe na adversidade. 

• Ou seja, o ideal para um príncipe civil, seria se aliar aos grandes e posteriormente conquistar os pequenos, haja vista que  “Os homens se ligam mais a seu benfeitor se recebem o bem quando esperam o mal”. 

• Maquiavel ainda refuta algumas teorias de que o príncipe que se une ao povo somente se enfraquece, afirmando que só se torna fraco aquele que espera no povo um auxílio contra os grandes da sociedade. 

• Um risco para os principados civis é o trânsito de uma ordem civil para uma absolutista, onde somente a vontade do príncipe ou de seus magistrados. 

• O intermédio de magistrados torna a situação do príncipe ainda mais arriscada, devido ao fato de que a população se acostuma com a liderança dos magistrados, e em momentos de crise, a voz do príncipe acaba sendo ignorada pelo povo. 

• Para um príncipe conquistar a fidelidade de seu povo, deve, então, fazer com que os cidadãos sempre precisem do estado e do auxílio dele. 

 

Capítulo XV- Das coisas pelas quais os homens, e especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados. 

• O décimo quinto capítulo da obra aborda a forma que deve o príncipe se comportar perante seus súditos e amigos. 

• Maquiavel em um dos parágrafos explicita que o príncipe deve, para manter-se no poder, aprender a não ser em todo o tempo bom, e se aproveitar disso quando necessário. 

• Isso se origina do fato de que existe uma divergência muito grande entre a maneira que se vive na prática á maneira que se deveria ser vivida, que se resume á teoria. 

• O Autor deixa claro que, devido à natureza humana do príncipe, é impossível cultivar todas as boas qualidades. Diante disso, o príncipe deve ter cautela e prudência para não se deixar difamar por conta da ausência de algumas. 

 

Capítulo XVI- Da liberalidade e da parcimônia.

• Nesse capítulo Maquiavel aborda a necessidade do príncipe ser reconhecido como liberal por uns e miserável por outros. 

• Na concepção do autor o príncipe que gasta o que é seu e de seus súditos deve ser parcimonioso, e o que gasta o que é dos outros, ou seja, dos estrangeiros, não deve deixar de lado nenhuma parte de liberalidade.

• Na conclusão, Maquiavel expõe que a fama de liberal acaba desenvolvendo ao príncipe desprestígio, logo, é melhor tomar para si a fama da miserabilidade, que gera uma infâmia com ausência de ódio por parte da população, já que, o desprestígio e o ódio são as coisas que mais se devem ser evitadas. 

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