Resumo do livro “O Último Dia de Um Condenado”
Por: joaopedrommm • 30/10/2022 • Resenha • 2.701 Palavras (11 Páginas) • 310 Visualizações
Resumo do livro “O último dia de um condenado”
Publicado em 1829, o livro “O Último Dia de um condenado”,
de Victor Hugo, traz um relato de um personagem que está próximo
ao seu julgamento final. O autor se opõe à pena de morte,
demonstrando a injustiça, a ineficácia, a brutalidade e o horror da
execução e suas consequências. A história contada se refere as
últimas semanas de um condenado, do início ao fim de seu
julgamento. Todas as sensações de angústia, aflição,
arrependimento e pensamentos são retratados de forma minimalista
pelo autor.
Victor Hugo era um humanista que mostrava sua postura firme,
em cada colocação apresentada. Um poeta, dramaturgo, ensaísta e
autor de inúmeras obras que permanecem até hoje como referência
na literatura mundial. Este romance francês conta a história de um
misterioso criminoso cuja história não é revelada aos leitores,
nomeadamente o seu nome ou os crimes que cometeu.
Notadamente, apenas o réu lamenta o crime cometido.
Logo no início do livro, temos o prefácio representado por uma
peça teatral, composta por 9 personagens, que ao final de um
espetáculo discutem sobre o livro. A maioria dos personagens veem
o livro como uma obra extremamente pesada e angustiante, onde é
possível sentir cada sofrimento do personagem principal. Um deles
cita que não acha a obra algo bom e que não se sente comovido com
o relato presente no livro e que não considera algo justo, fazer com
que as pessoas se sintam mal com a condenação alheia.
Já ao começar a história, logo na primeira cena assim dizendo,
é apresentado o narrador como personagem principal e
consequentemente o criminoso. Ele abre sua história com a intenção
de fazer uma intervenção no futuro para que o juiz possa analisar os
casos com mais empatia e complacência. Com uma inquietude
infinita, o narrador mostra-se arrependido pelo seu crime e
inconformado com o que o espera, mostrando sempre o quando se
sente sozinho e como tem sede de viver.
A sensação de medo e pena que recaiu sobre o prisioneiro fica
evidente durante a narrativa, pois ele detalha todas as suas emoções
de forma extremamente dramática. Na trama, o protagonista passa a
descrever o processo de seu público e a realidade de viver em uma
cela de masmorra, bem como a forma deplorável e desumana da
situação carcerária. O réu relatou que em sua audiência, um grupo
de telespectadores queria sua vergonha e, como resultado, as
circunstâncias o deixaram desconfortável e perturbado.
O narrador, evidencia várias vezes como eram suas noites de
insônia e conflitos internos. Conta a precariedade da cela em
que se alocou durante esse período e o quão tedioso ficava com o
passar do tempo, sem ver o sol nascer ou ter uma luz para se
aquecer, além de evidenciar os maus tratos aos carcereiros da
época. O que se assemelha bastante com os dias de hoje, onde
observamos diversos presídios pequenos, sem muitas condições
humanitárias. Também traz como discussão ao carcereiro o que seria
melhor, morrer ou viver em um cubículo para todo sempre. O
narrador diz que prefere a morte e por destino ou não foi isso que o
presidente do tribunal leu em sua sentença final.
Logo após a decisão o prisioneiro relata, que está em profunda
ilusão, onde seus pensamentos o afogam em imagens de uma vida
passando em formato de corda em seu pescoço. Ele é levado a um
ambiente tenebroso e imundo, uma caixa, sem ar, sem luz e sem
esperança de vida. Barras de ferro o envolviam, ali ficaria até o dia
final, seis semanas intermináveis e ao mesmo tempo imperceptíveis
e desesperadoras. Os condenados não podiam ter acesso ao mínimo
da higiene, comiam suas refeições com as mãos, além de terem que
permanecer grande parte do tempo com uma camisa de força.
Essa camisa de força era necessária, para amarrar os braços
dos sentenciados, desse modo seria impossível eles se machucarem
ou se matarem, eles precisavam estar em perfeito estado para que
seus pescoços fossem decapitados ou enforcados na praça pública.
Mas com um sistema mais compreensível, eles tinham o direito de
caminhar semanalmente. Após muita luta, foi concedido ao narrador
tinta, papel e uma pena. Para que ele pudesse relatar a um carcereiro
seus dias, assim formando um diário.
A personagem não sabia por onde começar, o que escrever
naquelas
...