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Revolução dos Bichos (Fichamento)

Por:   •  20/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.243 Palavras (5 Páginas)  •  1.043 Visualizações

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Nome: Alysson Andretto

FACULDADE DO LITORAL PARANAENSE ISEPE - GUARATUBA        

Curso de Direito 1° Período

Sociologia

PROF. Cleverson Borges

 

ORWELL, George. A Revolução dos bichos. São Paulo, companhia das letras,2007.

 

  1. ''Então, camaradas, qual é a natureza desta nossa vida? Enfrentamos a realidade: nossa vida é miserável, trabalhosa e curta. Nascemos, recebemos o mínimo alimento necessário para continuar respirando, e os que podem trabalhar são exigidos até a última parcela de suas forças; no instante em que a nossa utilidade acaba, trucidam-nos com hedionda crueldade.[...] ''Será isso, apenas, a ordem natural das coisas? Será esta nossa terra tão pobre que não oferece condições de vida decente aos seus habitantes? Não, camaradas, mil vezes não!''[...] O homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o que dê para pegar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-se a mourejar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante. Nosso trabalho amanhã o solo, nosso estrume o fertiliza, e, no entanto, nenhum de nós possui mais que a própria pele’’. (p.12-13)

  1. ‘’Fitas, disse ele, ‘’devem ser consideradas roupas, que são a marca do ser humano. Todos os animais têm de andar nus’’.Ao ouvir isso, Sansão foi buscar o chapeuzinho de palha que usava no verão para proteger suas orelhas das mocas, e o atirou também no fogo. (p.22)

  1. ‘’Explicaram que, segundo os estudos que haviam feito nos últimos três meses, era possível resumir os princípios do Animalismo em Sete Mandamentos. Esses Sete Mandamentos seriam agora escritos na parede, constituindo a lei inalterável pela qual a Granja dos bichos deveria reger sua vida para sempre’’. (p.24)
  1. ‘’Jones e todos os seus homens, com meia dúzia de Foxwood e Pinchfield, haviam entrado pela porteira das cinco barras e vinham subindo a trilha que conduzia à fazenda. Todos armados de bastões, exceto Jones, que marchava a frente com uma espingarda na mão. [...] Há muito isso era esperado, e os preparativos vinham sendo feitos’’. (p.37)
  1. ‘’[...]havia debates violentos. Nas reuniões, Bola – de – Neve frequentemente obtinha a maioria, por seus discursos brilhantes, porém Napoleão era o melhor na cabala de apoio durante os intervalos. [...] Napoleão não fazia projetos próprio, apenas dizia com toda a calma que os de Bola – de – Neve não dariam em nada e parecia aguardar sua vez’’. (p.43)
  1. ‘’[...] de repente, se mudaram para a casa-grande, onde fixaram a residência.[...] Era absolutamente necessário, ele disse, que os porcos, sendo os cérebros da granja, tivesse um lugar calmo onde trabalhar’’. (p.57)
  1. ‘’Camaradas, neste local e neste momento, pronuncio a sentença de morte para Bola – de – Neve. Uma herói Animal, Segunda Classe e meio balde de maçãs ao animal que lhe fizer justiça. Um balde inteiro a quem o capturar vivo!’’. (p.60)
  1. ‘’Naqueles dias, Napoleão raramente apareceu em público, passando o tempo todo no casarão, guardado por um cão mal- encarado em cada porta. Quando surgiu outra vez, foi de maneira cerimoniosa, com uma escolta de seis cachorros que o cercavam de perto e rosnavam se alguém se achegasse demais. [...] O método usado foi voar para os caibros do telhado e dali pôr ovos, que vinham despedaçar-se no chão. Napoleão agiu rápida e implacavelmente. Cortou a ração das galinhas e decretou que o bicho que fosse apanhado dando a elas um grão sequer de alimento seria condenado à morte’’. (p.64-65)
  1. ‘’Sem mais demora, confessaram ter realizado contatos secretos com Bola-de-Neve        desde o dia de sua expulsão e colaborado com ele na destruição do moinho de vento; confessaram ainda que também haviam se comprometido a entregar a Granja dos bichos a Frederick. (p.70)
  1. ‘’E assim, não mais se ouviu ‘’Bichos da Inglaterra’’. Em seu lugar, Mínimo, o poeta, compusera outra canção que começa dizendo:

Granja dos Bichos, Revolução dos Bichos,

Nenhum de nós jamais te fará mal! ’’. (p.73-74)

  1. ‘’Garganta, em seus discursos, com lágrimas rolando pelo focinho, falava da sabedoria de Napoleão, da bondade de seu coração, do profundo amor que devotava aos animais de toda parte, mesmo – e especialmente – aos infelizes animais que ainda viviam na ignorância e na escravidão em outras granjas. Tornara-se comum dar a Napoleão crédito por todos os êxitos e todos os golpes de sorte’’. (p.77)

  1. ‘’Exigiu o pagamento em notas autênticas de cinco libras, que deveriam ser entregues antes da retirada da madeira.[...] A madeira retirada com grande rapidez. Quando todo o carregamento estava bem longe, houve outra reunião especial no celeiro, para os bichos examinarem as notas de Frederick. Sorrindo com ar beatífico e usando suas condecorações, Napoleão, cuidadosamente empilhado numa travessa de cozinha da casa-grande. Os animais passavam devagar, em fila, a cada um olhava pelo tempo que quisesse.[...] Napoleão imediatamente chamou os animais  e com um vozeirão de arrepiar proclamou a sentença de morte contra Frederick. Aos ser capturado, disse, Frederick seria fervido vivo. (p.82)
  1. ‘’Aquilo devolveu a coragem aos animais. O medo e o desânimo que sentiam foram engolfados pelo tremendo ódio que os dominou ante aquela vilania inominável. Um brado de vingança subiu aos ares; sem esperar ordens , reuniram-se e, como um só corpo, lançaram-se contra o inimigo. Desta vez não fugiram às balas cruéis que caíam sobre eles em saraivadas. Foi uma batalha horrível, selvagem’’. (p. 84)
  1. ‘’Eram quase nove horas quando apareceu Garganta, vacilante e deprimido, com os olhos embaçados, o rabicho mole, com um aspecto gravemente doentio. Chamou todo mundo e disse que tinha péssima notícia para dar. O camarada Napoleão estava à morte![...] Já à noite, Napoleão parecia um pouco melhor, e na manhã seguinte Garganta pôde anunciar sua franca recuperação’’. (p. 87)
  1. ‘’A vida ia dura. O inverno foi tão frio quanto o anterior, e a quantidade de alimento, ainda menor. Novamente reduziram-se todas as rações exceto as dos porcos e dos cachorros. Uma igualdade por demais rígida em matéria de rações, explicou Garganta, seria contrária ao espírito do Animalismo’’. (p.90)
  1. ‘’Será que vocês não perceberam? Vão levar Sansão para o carniceiro! Houve um grito de horror dos bichos. Nesse momento, o homem da boleia estalou o chicote, e os cavalos saíram a trote vivo, abandonando o pátio. Os bichos correram atrás, gritando com toda a força. (p.97)
  1. ‘’A granja prosperava e estava mais bem organizada; fora até aumentada pela compra de dois ratos de terra do sr. Pilkington. O moinho de vento, afinal, fora concluído com êxito, a granja possuía uma debulhadeira e um elevador de feno próprio, e várias construções novas haviam se erguido.
  1. ‘’E quando ouviam o tiro da espingarda e viam a bandeira tremulando no topo do mastro, seu coração inchava de orgulho, e a conversa passava a girar em torno dos históricos dias de antanho, da expulsão de Jones, da inscrição dos Sete Mandamentos, das grandes batalhas em que os invasores humanos haviam sido derrotados. Nenhum dos antigos sonhos foram abandonados’’. (p. 104)
  1. ‘’TODOS OS BICHOS SÃO IGUAIS, MAS ALGUNS BICHOS SÃO MAIS IGUAIS QUE OUTROS’’. (p. 106)
  1. ‘’Doze vozes, gritavam cheias de ódio, e eram todas iguais. Não há dúvida, agora , quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco’’. (p. 111-112)

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