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TRAUMATOLOGIA DE ORDEM QUÍMICA, BIOQUÍMICA E BIODINÂMICA

Por:   •  23/10/2019  •  Seminário  •  1.712 Palavras (7 Páginas)  •  259 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO

LARISSA MICHELLE CARDOSO DANTAS

GABRIEL DE AZEVEDO VALENÇA NERY

IVANILDO DE AQUINO ALBUQUERQUE NETO

LUCAS FERREIRA DOS SANTOS CHIAPPETTA

TRAUMATOLOGIA DE ORDEM QUÍMICA, BIOQUÍMICA E BIODINÂMICA

Recife - PE

2018

TRAUMATOLOGIA DE ORDEM QUÍMICA

        Quando falamos traumas causados por energias de ordem química, nos referimos àquelas substâncias que ao entrar em contato com tecidos vivos, capazes de causar danos à vida ou à saúde. A importância da toxicologia é evidente, quando se trata da apuração da natureza jurídica do envenenamento, pois poderá se tratar de um homicídio, suicídio ou um mero acidente.

        As energias de ordem química podem agir de forma externa, que são os cáusticos, e de forma interna, por meio de venenos.

  • CÁUSTICOS

        Os cáusticos são substancias que a depender de sua natureza química, provoca lesões na pele, mais ou menos graves. Essas substâncias podem resultar em efeitos coagulantes ou liquefacientes.

        Se tratando das de efeito coagulante, são aquelas que desidratam o tecido, causando-lhes escaras enrijecidas e de tonalidade diversa. São exemplos o acetato de cobre, o cloridrato de zinco e o nitrato de prata.

        Já as de efeito liquefaciente, produzem escaras úmidas, translucidas e moles, tendo como exemplo a amônia e a soda.

        Esses tipos de lesões se tornaram conhecidas como vitriolagem, pois, antigamente, usava-se óleo de vitriolo, ou seja, ácido sulfúrico, com intenção criminosa. Em geral, a natureza jurídica desse tipo de lesão é acidental ou criminosa, raramente tendo caráter voluntário.

        

  • VENENO

A conceituação do que é veneno é muito complexa, visto que até mesmo alimentos e medicamentos podem ser prejudiciais à vida ou à saúde, como no caso dos alérgicos. Mas, podemos entender como toda substância que ao ser introduzida ou absorvida no organismo, seja capaz de lesar a integridade corporal, à saúde do individuo ou lhe produzir morte.

Podemos classificar por meio da forma como atuam sobre os tecidos, quanto ao estado físico, à origem, às funções químicas e quanto ao uso.

Tratando das vias de penetração do veneno no organismo, pode ser por via gastrointestinal, ou seja, boca e ânus, vias respiratórias, via endérmica ou hipodérmica pela pele e mucosas e diretamente pela corrente circulatória. Contudo, sua eliminação comumente se faz pelos aparelhos urinário e digestivo, bem como os pulmões, o suor, a saliva e a bile.

Existem alguns fatores que interferiram diretamente na ação dos venenos. São eles: a quantidade de veneno administrada, pois cada substância tem sua dose tóxica; o estado do veneno, seja seu estado físico ou a pureza em que se encontre; a forma que se administra o veneneo; a via de penetração do tóxico e as condições individuais da vítima, que vão desde idade, estado de saúde à condições do local.

Comumente os sintomas são quadros de vômitos, diarreias, prostração, alteração profunda da face e ao depender do tipo do veneno, ocasionar mortes rápidas ou lentas.

No caso de morte, a necropcia do indivíduo envenenado deverá ser considerada quando feita imediatamente ou tardiamente.

TRAUMATOLOGIA DE ÓRDEM BIOQUÍMICA

Esse tipo de trauma é ocasionado por energias de ordem bioquímica, ou seja, são aquelas que se manifestam por ações químicas, combinadas com biológicas, podendo atuar por meio negativo, se tratando de carência, ou de meio positivo, quando atua de forma tóxica ou infecciosa sobre a saúde. Podemos citar as perturbações alimentares, infecções, autointoxicações e a castração química.

  • PERTUBAÇÕES ALIMENTARES

Quando adentramos nesse ponto, nos interessamos na causa que levou o indivíduo a chegar a essa situação, seja causa voluntária, acidental, com culpa ou dolo.

A inanição é o estado de um organismo que carece de um elemento indispensável à sua vida. A forma acidental ocorre nas situações em que a vítima se encontra presa ou em locais que privem o seu acesso a alimentação, como no recente caso da equipe de futebol presa em uma caverna na Tailândia. Já a forma voluntária normalmente acontece por tentativas de suicídio ou greve de fome. Os sintomas mais comuns são apatia, mal hálito, hipotermia, pressão baixa e hipoglicemia. Existem dois tipos de inanição: a forma aguda, no qual há privação total do alimento, acarretando em desidratação, icterícia, coma e êxito letal na segunda semana; e a forma crônica, quando há a privação apenas parcial do alimento, causando depauperamento orgânico lento, levando à caquexia.

As doenças carenciais são aquelas decorrentes de uma alimentação insuficiente ou da carência de alguns elementos indispensáveis ao funcionamento regular do corpo humano. Normalmente sua causa é acidental ou culposa por negligência ou omisso, por ignorância própria ou de terceiros. A sua sintomatologia varia de acordo com qual tipo de vitamina está em carência, por exemplo: avitaminose A leva a cegueira, avitaminose C leva ao escorbuto e avitaminose D leva ao raquitismo.

Intoxicações alimentares estão ligadas à ingestão de alimentos que contém substancias ou microrganismos nocivos a saúde. Comumente ocorre por ação culposa, por quem a fornece; de forma acidental, quando o agente, por descuido ou desconhecimento, ingere o alimento contaminado; e raramente ocorrem de forma dolosa. Seus sintomas mais comuns são: diarreia, cefaleia, cólica intestinal, náuseas, vômitos entre outros. As toxico-infecções mais comuns são a salmonela, que é capaz de produzir uma sintomatologia grave, levando a diarreia, cólicas intestinais, dor de cabeça, náusea, vômitos e até a perda da consciência; os bacilos botulínicos, que são encontrados em latas de alimentos em conserva, com uma sintomatologia também grave, capaz de, além dos sintomas clássicos, ocorrer o estrabismo divergente, diplopia, arreflexia pupilar e até a morte; e os estafilococos, cuja intoxicação alimentar ocorre de forma menos intensa, apenas com vômitos, diarreia e cólicas intestinais.

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