Transcedence (o Filme) - Analise Critica
Por: Juliana Chaveiro • 1/6/2016 • Resenha • 641 Palavras (3 Páginas) • 379 Visualizações
Transcendence - A Revolução
Transcendence - A Revolução. Direção de Wally Pfister. Reino Unido, China, EUA. Alcon Entertainment, 2014. 119 min. Som. Dublado. Color.
Na trama, o famoso cientista Will Caster especializado em inteligência artificial, desenvolve um estudo de evolução tecnológica em que a consciência e inteligência de uma pessoa poderiam ser convertidas em arquivos de computador. Estes arquivos teriam as lembranças, pensamentos, desejos e emoções da mente original, sendo capazes do discernimento entre o certo e o errado. No entanto, este ser não possuiria corpo fisíco, fazendo-nos questionar se poderia possuir alma e se realmente seria capaz de sentir as emoções e frustrações da mente humana.
Diante de tal ousadia que possibilitaria a criação de um ser supremo na terra que se assemelharia à Deus, Will Caster foi alvejado e envenenado por um grupo de terroristas que visavam a independência humana da tecnologia. À beira da morte, com a ajuda de sua esposa e melhor amigo, é estabelecida uma conexão entre o corpo de Will e o seu projeto de inteligência artificial conhecido como PINN, que poderia em uma tentativa desesperada, salvar a sua vida. O corpo físico de Will Caster perece, mas a sua consciência foi transferida para o computador. Que imediatamente, começa um processo de evolução e de grandes descobertas científicas, capazes de ameaçar poderes estabelecidos.
Com toda o conhecimento do planeta armazenado em um banco de dados na sua mente, Caster inicia uma série de desenvolvimentos tidos como inacreditáveis, visando assim ampliar seu controle. Ele oferece cura a causas incuráveis e que tornariam tudo muito mais fácil e barato no campo da medicina, ciência e sustentabilidade ambiental. No entanto, ao oerecer a cura aos indivíduos expostos em seu laboratório, Caster se conectava mentalmente com os mesmos, sendo capaz de controla-los e “possuí-los”, desta maneira, produzindo escravos da sua própria vontade.
Nessa parte do filme, começamos a nos questionar se era mesmo a mente de Caster que controlava toda a tecnologia ou se era a inteligência artificial de uma máquina que convenientemente, usava das feições de Caster para se expandir sobre o mundo. E se buscava apenas a cura e solução das mazelas da sociedade visando um mundo melhor ou se possuía a ambição de manipular e exercer um poder soberano sobre o mundo. Mudando então da perspectiva de “mocinho” para “vilão”.
Diante disso, o grupo terrorista que anteriormente provocou a “morte” de Caster, aliado com o seu melhor amigo e mais dois importantes representantes da ciência e do governo, surgem como um grupo redentor com a missão de elaborar soluções improvisadas que milagrosamente funcionam acabando com o plano “maquiavélico” de Caster.
Finalmente, a trama mostra em seu desfecho que a mente que controlava o computador era a de Caster, e que este almejava o desenvolvimento favorável da ciência e do meio ambiente, proporcionado a mudança benéfica do mundo, realizando o sonho primordial de sua amada esposa. Mudando novamente de perpectiva, voltando a ser o “mocinho” da história. No entanto, todo o projeto havia sido destruído, desencadeando um blackout tecnológico a nível mundial.
Entendo que o filme tenta abordar o equilíbrio entre as vantagens e desvantagens dos dois lados, mostrando como as pessoas ficam dominadas pela tecnologia, retratando os benefícios e facilidades que ela nos proporciona, mas por outro lado, também retrata o medo, muitas vezes dispensável, do avanço tecnológico e de como seria caótica a vida humana se a tecnologia fosse exterminada.
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