Tráfico de Pessoas

Artigo de opinião        Talissa Maldaner
Direito Noturno – UPF                                                                 Leitura e Produção de Textos

Tráfico de pessoas: a lei versus a invisibilidade

Entre os debates mais intensos que permeiam a sociedade atual, uma questão que não pode ser colocada em segundo plano certamente é o tráfico de pessoas. Nos últimos anos, esse problema vem tomando proporções cada vez maiores a ponto de ser chamado por muitos de a forma moderna de escravidão. Entretanto, este ainda é um crime invisível, e isso dificulta sua detecção e consequente punição pela lei.[pic 1]

Do meu ponto de vista, é degradante pensarmos na pessoa como mercadoria, mas é isso que o tráfico faz, seus propósitos nada mais são do que a exploração sexual, os trabalhos forçados e a doação involuntária de órgãos. Mas o que está acontecendo hoje é a falta de eficiência e rigor das leis, na verdade, não há lei específica alguma para tratar desse crime desumano, o que se utiliza são analogias dos crimes de tráfico de drogas e armas.

Para combater o tráfico, nações e organizações internacionais devem se unir para criar programas e adotar leis mais severas contra esse crime invisível. Pois o tráfico é um mecanismo de comércio que acontece mais perto de nós do que podemos imaginar, ele nada mais é do que uma rede organizada do crime e para enfrentá-lo temos que ter uma rede organizada de enfrentamento, utilizar-se apenas de analogias como vem ocorrendo não basta.

Dessa forma, partindo do pressuposto de que se trata de uma prática de violação dos direitos humanos, da dignidade da pessoa e da sua liberdade, percebe-se quão necessário é a organização do Estado no sentido de fortalecer sua intervenção social, e também em fazer um mapeamento de políticas públicas de enfrentamento e para tratamentos tanto físicos quanto psicológicos das vítimas.

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