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VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO, UM GRITO SILENCIADO PELA OMISSÃO

Por:   •  12/4/2016  •  Artigo  •  11.485 Palavras (46 Páginas)  •  493 Visualizações

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VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO, UM GRITO SILENCIADO PELA OMISSÃO -

                                                                           Amelieze de castro Ferreira Resky [1]

                                                                          Orientador Antônia Augusto Dias[2]

RESUMO: Este trabalho é uma abordagem sobre a violência contra idoso, como se processa e onde ocorre com mais frequência, aponta a omissão da sociedade em relação ao problema, o desenho da violência contra o idoso, mostra que este é um velho problema que piora a cada dia com a longevidade humana, conquistada pela ciência e uso de novas tecnologias, aponta ainda que a violência contra o idoso encontra-se disseminada em toda parte em diferentes países do mundo, em formas diferenciadas e ou iguais de tipos de violência. O estudo aponta que é nos bastidores familiar  que a violência contra o idoso  acontece com maior frequência e  omissão.  Contudo, a violência contra o idoso faz-se presente nas ruas, nos centros culturais, nas instituições asilares, em locais onde o idoso passa grande parte do tempo como centros culturais, nos transportes, na acessibilidade a serviços e atendimentos médicos, na exclusão social, no descaso governamental, na ausência de  política públicas que assegure os direitos prescritos em lei sejam cumpridos. Fez-se uma abordagem sobre a legislação de proteção do Idoso e na atual Constituição Federal Brasil e sua aplicabilidade. A violência contra o idoso bastante ignorada principalmente quando ocorre no seio familiar, é também ignorada pelas Instituições de Ensino Superior que raramente desenvolve projetos para esse segmento social. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica exploratória documental, analisou-se vídeos, reportagens televisivas e virtuais, revistas virtuais de medicina, enfermagem, jurídicas, dados da Secretaria de Direitos Humanos, IBGE, pesquisas feitas por Instituições como SESC, ABRAMO e organizações sociais e em especial artigos científicos, monografias, teses obre o tema.

Palavra chave: Violência, idoso, omissão, sociedade, dignidade.

ABSTRACT: This work is an approach about the violence against the elderly, how to process and which occurs most often points to failure of society to the problem, the design of violence against the elderly , shows that this is an old problem that grows worse every day with human longevity, conquered by science and the use of new technologies , also shows that violence against the elderly is widespread everywhere in different countries of the world, or equal and differentiated forms of violence. The study indicates that the familiar scenes that violence against the elderly happens more frequently and omission. However, violence against the elderly is present in the streets, cultural centers, in nursing homes, in places where the elderly spend much of their time as cultural centers, transport, accessibility to services and medical services, social exclusion in government neglect in the absence of public policy that assures the rights prescribed by law are complied with. There was a discussion of laws protecting the elderly and the current Federal Constitution Brazil and its applicability. Violence against the elderly mainly quite ignored when it occurs within the family, is also ignored by Higher Education Institutions that rarely develops projects for this segment of society. This is an exploratory documentary literature, we analyzed videos, television reports and virtual, virtual journals in medicine, nursing, legal, data from the Bureau of Human Rights, IBGE, research by institutions like SESC ABRAMO and social organizations and in particular scientific monographs articles, theses bout topic

Keyword: violence, elderly, failure, society, dignity

INTRODUÇÃO:

             O envelhecimento da população brasileira acompanha uma tendência mundial, a longevidade humana foi impulsionada pelos avanços da biotecnologia e fatores como a queda da taxa de natalidade aliados a qualidade de vida e descobertas cientificas. O envelhecimento populacional é uma realidade mundial que trouxe consigo uma gama de desafios para a saúde pública, visto que se exige a efetiva implementação da estratégia de educação em saúde como possibilidade de manutenção da capacidade funcional do idoso. Em razão do aumento da expectativa de vida da população mundial, muitos países convivem com idosos de gerações diversas, os quais possuem necessidades variadas, exigindo políticas assistenciais distintas. Paradoxalmente ao lado positivo da longevidade humana, emerge o problema da violência contra o idoso que desafia direitos humanos e fundamentais e afronta a dignidade humana, fugindo a qualquer principio ético moral, racional e ou religioso, escapando ao controle psicossocial, haja vista a sociedade em especial as sociedades e economias capitalistas,  que cultuam a força jovem  deixando a pessoa idosa a margem do social. Fato é que a atual sociedade globalizada de superação dos direitos de quarta e quinta geração, não se preparou para o envelhecimento de sua população. Concebe-se que a longevidade humana é de todos as conquistas  da  humanidade  a principal e maior ganho da historia de vida.  Entretanto, não é tão simples assim,  co envelhecimento da população emerge necessidades e demandas que precisam ser atendidas    para assegurar a qualidade de vida a esse segmento social. Opondo se  a esta conquista tão impar e singular a longevidade humana  erigiu trazendo consigo  problemas de ordem social, moral,  política, financeira  e fomenta aspectos como o aumento da violência social, institucional, governamental e intrafamiliar. E em todos os  aspectos  a violência contra o idoso é tida como uma das mais severas e desiguais formas de agressão humana, visto que há uma ampla relação de desigualdade do ponto de vista físico e psicológico entre a vitima e o agressor.

             Estima-se que, por volta de 2025, a população global de idosos dobrará, passando de 542 milhões para cerca de 1,2 bilhão[3]. No Brasil o número de pessoas idosas, em 1960, cresceu de 3 milhões para 7 milhões em 1975, e de 14 milhões em 2002, estimando-se que, em 2020, atinja-se um total de 32 milhões de idosos no País[4].

            A violência e os maus tratos contra os idosos se referem a abusos físicos, psicológicos, sexuais, abandono, exclusão social, negligências, abusos financeiros e autonegligência[5]. A partir da literatura internacional detecta-se que a violência contra o idoso é também problema universal. Estudos de diferentes culturas e de cunho comparativo entre países têm demonstrado que pessoas idosas de todos os status socioeconômicos, etnias e religiões são vulneráveis aos maus tratos que ocorrem de várias formas; física, sexual, emocional e financeira. Frequentemente, uma pessoa idosa sofre, ao mesmo tempo, vários tipos de maus tratos[6]. No caso brasileiro, a violência contra a geração a partir dos 60 anos se expressa em tradicionais formas de discriminação, como o atributo que comumente lhes é impingindo como descartáveis e peso social[7]. Essa discriminação tem vários focos de expressão e de reprodução. A natureza das violências que a pessoa idosa sofre coincide com a violência social que a sociedade brasileira vivencia e produz nas suas relações sociais e transfere-se culturalmente.

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