A Ética Empresarial
Por: Alexandra Cantarelli • 3/7/2021 • Trabalho acadêmico • 6.493 Palavras (26 Páginas) • 186 Visualizações
[pic 1] [pic 2]
[pic 3]
RELATÓRIO DE BOAS PRÁTICAS
A aplicação da sustentabilidade empresarial à VBN Telecomunicações
maio/2021
[pic 4]
[pic 5][pic 6]
Elaborado por: Alexandra Bernardini Cantarelli
Disciplina: Ética e Sustentabilidade
Turma: 0421-1_1
Tópicos desenvolvidos
1. Ações ou estratégias comumente utilizadas pelas empresas para assegurar a sua integridade;
2. Obstáculos apresentados pela cultura organizacional para a inclusão de medidas básicas de proteção aos direitos individuais e coletivos;
3. Efeitos ou impactos de ações empresariais antiéticas (caracterizadas pelo desrespeito) para os stakeholders e a sociedade;
4. Soluções que as empresas podem implementar para garantir, de forma ética, os direitos individuais e coletivos.
Apresentação e objetivo
O futuro do mundo, pelo menos até o próximo crítico século, está nas mãos das corporações. Não é mais simplesmente uma “questão de negócios” como estas empresas conduzem o seu negócio e como elas concebem a sua própria identidade. (SOLOMON, 2000b, p. 340, apud VENTURA, 2004, p. 128).
A multiplicação das comunicações e das conexões proporcionada pelo advento das novas tecnologias no final do século XX, e início do século XXI, passou a moldar não só as nossas relações interpessoais no mundo globalizado, mas, também, a maneira como as sociedades e as organizações são compreendidas entre si e perante os demais. A eliminação das fronteiras, a expansão do mercado para além de seus limites territoriais originais e o bombardeamento de informações instantâneas a cada segundo também permitiram tornarmos comunidades interdependentes, ou, como assim menciona o sociólogo Zygmunt Bauman (2016), um só país.
Entretanto, apesar da suposta prosperidade decorrente das inovações que passamos a ter acesso, o processo da globalização, a dúvida acerca da distinção entre informação e conhecimento e a legitimidade das perspectivas ligadas à ciência geraram incertezas quanto à justiça e a evolução social, sobretudo após os fracassos observados durante o “Breve Século XX”, nas palavras de Eric Hobsbawn. Assim, o questionamento acerca de fundamentos como a liberdade, a segurança, o progresso e, principalmente, valores sociais levantou a necessidade de as sociedades adentrarem ao pensamento crítico, filtrando informações e estabelecendo princípios éticos capazes de nortear o comportamento dos indivíduos em prol de interesses que beneficiem toda a coletividade, em meio ao incessante niilismo e insegurança que hoje permeiam o mundo globalizado. Como bem explicita Richard Sennett (2018), o capitalismo moderno tende a passar com grande facilidade do mercado ao monopólio, e, assim, com a repressão da concorrência, o capitalismo passa de ser o sistema da concorrência a ser o da dominação, começando problemas como a grande desproteção.
Ocorre que, o cumprimento deste desafio não diz respeito apenas às pessoas, mas também às organizações, aos governos e, principalmente, às empresas modernas, que exercem infliuências significativas em virtude do crescimento desordenado do capitalismo. Com isso, neste findar do século XX, as preocupações envolvendo o sentido da vida, o papel do ser humano, o equilíbrio e o bom senso perante o meio ambiente, bem como o respeito ao próximo, e demais assuntos, que se desenvolveram e constituem a temática vigente neste início de século, não se restringem mais ao contexto humano individual. Pelo contrário, são assuntos que ressoam na sociedade como um todo, e é no interior das empresas, diante da necessidade de resgatar o sentido do trabalho pelo homem, que o discurso e o exercício da ética recobraram força levando a reflexões sobre as práticas e as realidades vividas nas empresas (REZENDE, F. P.; CASTRO, J. M. P., 2011, p. 2).
Portanto, a gestão das organizações particulares, como a empresa VBN, deve estar pautada em princípios capazes de atender aos anseios de nossas comunidades que hoje são interdependentes, com a habilidade de proporcionar o seu desenvolvimento interno e, ao mesmo tempo, assumir uma responsabilidade frente ao espaço em que se encontra inserida. Ou seja, deve a VBN buscar o respaldo no triple bottom line, ou tripé da sustentabilidade, conceito este que norteia o sentido do desenvolvimento sustentável, e no qual a essência da VBN deverá firmar suas raízes no exercício da ética empresarial.
Vale dizer, brevemente, que o conceito de triple botttom line, como o próprio nome sugere, reúne três elementos distintos, mas que, em conjunto, interagindo de forma holística, compõem o nicho essencial para que os resultados da proposta sejam verdadeiramente promissores à empresa e à sociedade, quais sejam (i) pessoas; (ii) planeta; e (iii) lucro. Portanto, uma boa gestão é aquela que estabelece os parâmetros sociais, econômicos e ambientais como uma articulação em conjunto, potencializando resultados favoráveis e, enfim, consonantes com o desenvolvimento sustentável.
Por sua vez, a ética profissional trata-se de uma fundamentação racional da conduta, que, embora não se confunda com a moral, tenta refletí-la, analisar o que pode ser corrigido em determinado contexto. Em outras palavras, a ética buscar estimular o pensamento crítico, trazendo argumentos e princípios aptos a reformular condutas e ações que, na prática, se apresentam maléficas para a boa evolução da empresa, incluindo seus dirigentes, seus funcionários e, também, seus fornecedores, consumidores e, enfim, toda a sociedade.
Com isso, o presente Relatório de Boas Práticas foi cuidadosamente elaborado por uma equipe estimulada a trazer mudanças positivas aos espectros social, econômico e ambiental da sociedade, que hoje exigem atenção em conjunto, à luz do desenvolvimento sustentável e dos anseios atuais, apresentando à VBN as ações e estratégias que a companhia poderá incorporar para não só promover maiores lucros e ganhos financeiros, como também maior proteção aos direitos individuais e coletivos de seus funcionários e colaboradores e a preservação do meio ambiente, criando um ciclo de desenvolvimento sustentável alinhado à ética e governança empresarial adequados ao nosso cenário atual.
...