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A Crise Volkswagen

Por:   •  10/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  420 Visualizações

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Crise Volkswagen

A companhia alemã Volkswagen está passando por uma crise histórica desde que foi divulgado mundialmente, que a empresa havia instalado um software em carros a diesel com a intenção de burlar os testes de emissões realizados por entidades reguladoras.

Foi descoberta a fraude pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo e pela Universidade de West Virginia, fazendo com que a montadora admitisse a fraude em mais de 11 milhões de veículos, depois que a Agencia de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), foi envolvida. O software detectava o momento em que o veículo seria submetido a uma prova e reduzia a emissão de gases poluentes somente no momento do teste. Uma vez em circulação, os carros chegavam a emitir óxidos de nitrogênio numa quantidade até 40 vezes maior que a permitida nos EUA.

Após o escândalo, os problemas parecem estar aumentando cada vez mais, com graves efeitos sobre os valores de ação da empresa, avaliação de crédito, recall em carros de diversos países, além de audiências parlamentares em toda Europa.

Estima-se que a companhia possa enfrentar multas de US$ 18 bilhões, resultado de uma multa máxima de 37.500 dólares por veículo. As ações do grupo também caíram 18,6% no pior dia da Bolsa de sua história, além de prejuízos enormes em vendas. A agência de avaliação de risco, Fitch, Standard & Poor's (S&P) e Moody's, reduziu a qualificação da dívida de longo prazo da VW a BBB, um índice de aprovação alto, mas menor que o A que a companhia tinha.

Apesar do crescimento do mercado automotivo europeu neste ano, a montadora não consegue acompanhar a tendência e vem perdendo espaço no mercado para concorrentes como Fiat, GM e Ford. Enquanto os concorrentes abocanham fatias cada vez maiores do mercado europeu (Fiat aumento de 13,7%, Ford 11,4%) as vendas da Volkswagen caíram quase 4%.

No Brasil, o cenário não é diferente, a companhia passa por momentos delicados e complicados, um dos piores em suas seis décadas no País. Em 2015, a companhia vendeu 290 mil veículos, 180 mil a menos do que em 2014. E este ano os índices não são muito diferentes. David Powels, o executivo sul-africano que assumiu a cadeira de presidente da Volks no Brasil desde janeiro de 2014, tem um trabalho árduo pela frente. O que está acontecendo aqui no Brasil e no resto do mundo, é que a Volkswagen teve sua imagem drasticamente impactada após o escândalo da fraude.

As principais questões que giram acerca dessa situação são: o motivo da crise foi um erro de governança? De gestão? Qual seria a melhor maneira de sair deste cenário?

De acordo com estudos, uma empresa com governança corporativa tem bem mais credibilidade perante investidores. Alguns dispositivos possíveis para começar essa organização são a criação de diretorias temáticas (finanças, comercial, fiscal, etc), a utilização de um Conselho Administrativo, entregas de relatórios periódicos (que muitas vezes são divulgados), ferramentas de gestão, auditorias independentes, entre outros.

Na Alemanha, os conselhos executivos são compostos por funcionários do alto escalão. Eles incluem o presidente da empresa, o “CEO”. O quadro de supervisores, que é equivalente a um quadro externo, inclui acionistas e representantes dos trabalhadores. A Volkswagen possui um conselho de administração extenso, com 20 membros, dentro deste modelo. No entanto, conta com pouca diversidade, sendo 17 dos membros alemães ou austríacos e 5 da família fundadora.

Para uma empresa que opera a nível global, esta restrição de diversidade de linha de pensamento, é limitante. Percebe-se que houve um erro de gestão e de governança. A fraude foi obra de uma equipe de engenheiros, mas alguém, da alta gestão, sem dúvida deu o aval final.

Uma prova de que as coisas no conselho e no executivo não andavam muito bem é que logo após a companhia admitir a fraude, o presidente-executivo Martin Winterkorn, renunciou, alegando não ter consciência das práticas ambientais ilegais que a montadora fez.

Em termos de governança coorporativa, esse

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