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A Crise de 2008

Por:   •  4/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  104 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

Beatriz Vieira, Giulia Ferreira, Luis Claudio e Yamin Renaudeau

Trabalho de Economia para Ciências Sociais

Crise de 2008

Trabalho apresentado ao professor

 Antonio Marcio Buainain de Economia

da Universidade Estadual de Campinas,

com o objetivo de analisar a crise de 2008.

Campinas

2022

Sumário

1 – Introdução.............................................................................................................................03

2 – Contextualização.....................................................................................................................

3 – O Brasil na crise.......................................................................................................................

4 – As consequências da crise no cenário global...........................................................................

5 – As consequências da crise no Brasil........................................................................................

6 – Bibliografia...............................................................................................................................

Introdução:

Esse trabalho tem como objetivo analisar o contexto histórico-econômico do período que antecedeu o ano de 2008, a fim de entender como a Crise de 2008 iniciou-se. A partir disso, será investigado o porquê de o Brasil não ter sido tão afetado pela crise, quais medidas foram tomadas e como elas impediram a quebra da economia brasileira. Posteriormente, serão apresentados os efeitos da crise na esfera econômica, tanto no Brasil quanto em outros países.

Contextualização

O Brasil na crise

    Durante o segundo mandato do ex-presidente Lula, em 2008, o mundo passou por uma grave crise econômica. Em geral, os países emergentes, dentre eles o Brasil, sentiram menos os efeitos da crise. Entretanto, ainda assim houve dificuldades.

    Primeiramente, é importante destacar a redução do crédito no mercado. Quando a crise dos bancos nos Estados Unidos atingiu também o Lehman Brothers (principal banco investidor do cenário global), investidores de todo o mundo passaram a tirar suas aplicações financeiras de ações de empresas, bancos e títulos de governo, incluindo os do Brasil. Isso ocorreu devido à incerteza sobre a veracidade de balanços de alguns bancos e empresas e, além disso, os aplicadores precisaram recuperar seus prejuízos da crise. Como o sistema financeiro é interligado em todo o mundo, a baixa liquidez (dificuldade de retirar o dinheiro antes do prazo) refletiu na falta de dinheiro disponível no Brasil para a concessão de crédito tanto para as empresas quanto para os consumidores. As empresas foram as mais afetadas, pois tinham dificuldades de obter financiamento para investimentos e exportações. Já os consumidores, tinham dificuldades para aquisições de bens, principalmente os de maior valor, como veículos e imóveis.

    Em segunda análise, pode-se citar a alta do dólar. Logo após o início da crise, o valor do dólar sobre o real subiu consideravelmente. De acordo com o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, o dólar estava cerca de R$ 1,60 em agosto de 2008, chegando a R$ 2,40 em dezembro do mesmo ano. A alta do dólar somada à falta de crédito no Brasil, prejudicou principalmente as empresas que tinham dívidas em dólar e não estavam preparadas para altas oscilações da moeda. Além disso, o dólar alto também prejudicou consumidores que pretendiam viajar para o exterior ou adquirir produtos importados.

    Diante da escassez de crédito no mercado, o governo adotou medidas para estimular o consumo no país. Entre essas medidas estavam a redução da alíquota do depósito compulsório dos bancos (parcela de recursos que os bancos precisam recolher no Banco Central e não podem emprestar aos clientes), redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, construção civil e eletrodomésticos, a criação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), alterações no formato de cobrança do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e estímulo ao crédito em bancos públicos. O estímulo do governo foi importante para manter a economia ativa. Com isso, as empresas voltaram a ter crédito para investimentos, a população teve acesso a bens industrializados por um melhor preço, o que estimulou as vendas e, consequentemente, manteve o crescimento do país e colaborou para a criação e manutenção de postos de trabalho. A redução dos juros foi mais uma forma de estímulo ao crédito no país e ao investimento por parte das empresas, outro fator que contribuiu para o aumento do consumo.

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