A ECONOMIA BRASILEIRA REVISAO PARA PROVA
Por: erickcsm • 14/5/2019 • Trabalho acadêmico • 1.569 Palavras (7 Páginas) • 156 Visualizações
- Como se deu a inserção do Brasil no contexto econômico Mundial? Podemos considerar que o Brasil-colônia já se configurava numa economia capitalista? Explique.
A inserção do Brasil no contexto econômico mundial, se deu devido a colonização por Portugal que o transformou em uma colônia exportadora de riquezas naturais.
Segundo Caio Prado Junior, “O brasil já nasce uma grande empresa de Portugal” em que Dinheiro compra Mercadoria, que gera mais dinheiro (D – M – D’).
Para Florestan Fernandes, o Brasil se torna uma economia capitalista apenas após a abolição da escravatura em 1888, pois para ele uma economia capitalista só é caracterizada quando tem mão de obra livre.
E para Furtado, somente a partir de 1930 com a Revolução Industrial.
- Quais as diferenças entre colônias de exploração e colônias de povoamento? Quais as marcas que a colonização deixou para a história brasileira?
Nas colônias de exploração, um país estrangeiro tem como objetivo a extração dos recursos naturais apenas para enriquecer e levar o lucro para seu país de origem. Já as colônias de povoamento são terras onde os colonos (famílias e pessoas dispostas a morar nesse local, contribuem para o desenvolvimento da região em todos os sentidos, a exploração que ocorre é quase sempre mínima e visa suprir as necessidades das pessoas que vivem ali.
- Quais os principais ciclos econômicos na era colonial brasileira. Caracterize-os.
- Ciclo do Pau-Brasil: entre 1500 a 1530. Não tinham uma lógica de exploração racional, sem ideias de florestamento, uso de mão de obra indígena através do escambo.
- Ciclo do açúcar: caracterizado pela troca de mão obra nativa pela negra, ocorreu inicialmente no Nordeste. E logo se espalhou para o Rio de Janeiro e São Vicente. Sistema plantation, monocultura, mão de obra escrava.
- Ciclo do Ouro Período: século XVIII. O eixo econômico mudou do Nordeste para o Sudeste, logo após o início da exploração das minas de ouro, principalmente, em Minas Gerais. Os donos das minas utilizaram a mão de obra escrava africana para os trabalhos pesados. Muitos donos de minas enriqueceram nesse período e a Coroa Portuguesa arrecadou grandes cifras em impostos sobre o ouro encontrado, através das Casas de Fundição, lei do quinto. Que depois fixou uma cota mínima de 100 arrobas, e da cobrança desses impostos surgiu a “derrama”, que é o pagamento forçados dos impostos e tributos atrasados em outras formas (móveis, joias e propriedades). E com essas tributações abusivas, surgiu a Inconfidência Mineira.
- O RENASCIMENTO AGRÍCOLA:
- Ciclo do Algodão Período: do século XVIII até o começo do XIX. Produção de algodão em estados como Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará. A produção estava voltada para o mercado externo, principalmente Europa e Estados Unidos. Esta matéria-prima estava relacionada ao desenvolvimento industrial, principalmente da indústria fabril, nestes locais.
O açúcar acompanharia o algodão no renascimento agrícola da colônia. Após
um centenário de decadência, as antigas regiões produtoras renasceram.
- Ciclo do Café:
Período: de 1870 até o início do século XX
- A cultura do café se desenvolveu, principalmente, na região do Oeste Paulista. As grandes fazendas de café utilizaram mão de obra escrava africana (até 1888) e mão de obra imigrante (principalmente italiana). Os “barões do café”, como ficaram conhecidos os grandes fazendeiros, enriqueceram muito com a exportação do produto para a Europa e Estados Unidos, principalmente. O acúmulo de capital neste período foi de grande importância para os investimentos em indústrias realizados nas primeiras décadas do século XX.
- Marques Rego observam alguns entraves para o processo de formação capitalista brasileiro. Quais seriam eles? Exemplifique e explique.
A economia colonial do Brasil, na fase açucareira, era orientada apenas para o mercado externo. As exportações de açúcar geraram um enorme afluxo de receitas em direção à colônia, mas a riqueza obtida acabou sendo despendida com importações, ou seja, retornou às economias centrais, enriquecendo um seleto grupo de colonizadores e comerciantes
Entretanto, o fator mais dinâmico que efetivamente poderia tirar o país de seu atraso estrutural — a produção manufatureira — não vingou.
O ouro brasileiro, provavelmente, foi o maior responsável por todos esses entraves, pois entorpeceu a Metrópole, desestimulando avanços da dinâmica fabril. Usado para vencer a decadência do fim do período açucareiro, foi consumido nas trocas com produtos ingleses, baseadas no Tratado de Methuen, favorecendo os produtores de vinho portugueses.
O Brasil, não pôde converter as imensas riquezas que tinha produzido durante três séculos de sua história em desenvolvimento econômico e social.
- A economia cafeeira foi durante um período o carro-chefe da economia brasileira. Porque essa atividade se mostrou tão adequada a esse país. Explique o processo de auge e declínio dessa atividade econômica.
O ciclo foi iniciado em 1727, quando chegaram ao país as primeiras mudas do cafeeiro. Embora o grão tenha sido plantado, a princípio, apenas para o uso doméstico, no norte do país, com o passar dos anos, o cultivo chegou até a região sudeste.
AUGE DO CICLO DO CAFÉ
Em 1808, começou o Período Joanino, ou seja, os 12 anos em que a família real portuguesa morou no Brasil. Com isso, cresceu a demanda por café e, dessa forma, o grão começou a ser plantado para o comércio intra-colonial.
Mas não foi apenas no Brasil que a demanda cresceu; nos Estados Unidos, durante a Guerra de Independência, o país foi um dos maiores consumidores de café com o objetivo de substituir o chá, que se tornou insuficiente por causa da guerra contra a Grã-Bretanha.
Além disso, a independência do Brasil, em 1822, coincidiu com o crescimento das plantações, que se espalharam por São Paulo e também seguiram para os grandes latifúndios do Espírito Santo e o Paraná. Mas foi no estado paulista onde se concentrava a maior região de produção do grão. Dessa forma, 1870 foi um dos primeiros grandes momentos do ciclo do café, em especial, no oeste paulista, nas cidades de Ribeirão Preto e Campinas, locais que possuíam a denominada “terra roxa” – solo rico para os cafezais.
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