A ECONOMIA INTERNACIONAL
Por: jainejn • 10/12/2020 • Relatório de pesquisa • 3.813 Palavras (16 Páginas) • 243 Visualizações
Vantagem comparativa: A vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade
relativa, isto é, a relação entre as quantidades de um determinado bem que dois
países precisam deixar de produzir para focar sua produção em outro bem. Segundo a
teoria ricardiana, as vantagens comparativas, também denominadas vantagens
relativas, são oriundas das diferenças de produtividade do fator trabalho para distintos
bens.
1. Nova Teoria do Comércio
1.1 Linder
O objetivo do modelo é explicar que a fonte da vantagem comparativa é exportar o
excedente de produção para países em que seus consumidores tenham preferências
similares ao consumidor do país exportador.
Primeiramente, o país exportador preocupa-se em produzir para o mercado interno,
abastecendo a demanda interna.
Após essa etapa, o excedente de produção será exportado para países em que seus
consumidores tenham preferências similares ao mercado interno, pois dessa forma, os
custos de adaptação do produto, ou seja, necessidade de alterações fisícas (Exemplo:
melhorar a suspensão do carro exportado devido a má qualidade das estradas do país
importador), serão nulos, e consequentemente o país exportará a menores preços,
resultando em uma vantagem comparativa.
A principal determinante das preferências dos consumidores é a renda per capta
portanto é utilizado como guia país exportador para identificar o potencial país
importador. Portanto é comum países ricos negociarem com países ricos e pobres com
pobres. Entretanto deve-se levar em conta outros fatores como os culturais, para ser
assertivo na escolha.
Assim, Linder chega à conclusão que a estrutura da demanda interna dos países
determinam suas transações no comércio internacional, e dessa forma, tendo a renda
per capta como guia, o comércio de produtos industrializados é maior entre países
com níveis de renda semelhantes.
1.2 Krugman (Economias de escala)
O objetivo do modelo é explicar que a fonte da vantagem comparativa está nas
economias de escala das firmas, ou seja, o custo médio se reduz a medida que aumentase a produção.
De acordo com Krugman, com os ganhos de escala, as firmas locais irão ampliar o
tamanho do mercado, pois produzem grandes quantidades a custos reduzidos, e
consequentemente se tornam grandes empresas com relevante grau de poder de
mercado.
Observa-se que as vantagens obtidas com a economia de escala se torna uma grande
barreira de entrada para novas empresas, dessa forma os mercados tendem a
concorrências imperfeitas como monopólios e oligopólios.
Firmas com economia de escala possuem determinadas característica que a promovem
como técnicas de produção em massa, como a divisão do trabalho em pequenas tarefas,
dessa forma otimiza a produtividade de cada trabalhador delegando tarefas simples.
Além disso, possuem vantagens financeiras como a possibilidade de comprar seus
fatores de produção no atacado, obtendo preços reduzidos com fornecedores que
discriminam preços. Acessar o mercado de crédito com bancos internacionais, dessa
forma podem obter financiamentos e empréstimos a juros menores, além da
possibilidade de acessar o mercado de capitais.
Conclui-se que, com a abertura do comércio, as firmas se especializariam produtos que
possuem economia de escala, assim cada país comercializaria uma variedade restrita de
bens. Dessa forma países idênticos em suas dotações e fatores, podem, mesmo assim
ganhar com o comércio.
O principal crítica, é que no monopólio e oligopólio, a redução do custo pode não ser
repassada para o preço e para isso ocorrer existe um agente na operação que é o
governo que garante o repasse para os preços, desta forma aumentando o bem estar.
1.3 Krugman (Concorrência Monopolística)
O objetivo do modelo é explicar a fonte da vantagem comparativa, que nesse caso não
tem relação com a redução dos custos, e sim com a diferenciação do produto no
mercado, que implica em custos maiores e consequentemente preços maiores.
Krugman defende que, a firma que diferenciar, objetiva ou subjetivamente, seu produto
de forma que este apresente alguma superioridade no ponto de vista do consumidor
em um comércio internacional intrasetorial, consequentemente aumentará a demanda
por seu produto.
A diferenciação objetiva consiste em modificar características físicas do produto para
agregar valor ao consumidor através do investimento em engenharia para que o
desempenho do produto seja superior aos concorrentes, por exemplo.
A diferenciação subjetiva consiste em modificar a percepção do consumidor em relação
ao produto, através
...