A Economia Internacional
Por: Laissa Jagnow • 13/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.258 Palavras (6 Páginas) • 178 Visualizações
Lista de Exercícios do 1º Bimestre
- O que é um coeficiente técnico de produção?
É um coeficiente que mede o tanto de horas de trabalho que são empregadas na produção de uma unidade de um bem.
- Explique o que são as vantagens absolutas de Adam Smith.
Adam Smith defendia a vantagem do comércio internacional. Para tanto, ele dizia que o país possuiria vantagem apenas se ele pudesse produzir uma unidade de um bem com menos horas de trabalho que outro país, obtendo assim uma vantagem absoluta. Com isso, ele passaria a produzir o bem que representasse menor custo de produção e se especializaria nele, aumentando a produção e exportando-a. Nisso, com o livre comércio, cada país estaria especializado na produção do bem em que ele fosse mais eficiente em produzir, aumentando a produção e o consumo global, consequentemente o bem-estar do local.
Contudo, para Smith, haveria países que não fariam parte do comércio internacional, já que não seriam capazes de produzir nenhum único bem com a menor quantidade de trabalho em relação ao restante do mundo, não obtendo, assim, nenhum tipo de vantagem absoluta que lhe beneficiasse nas trocas internacionais.
- O modelo Ricardiano mostra como as diferenças ente países levam a comércio e aos ganhos de comércio. Como no Modelo Ricardiano estudado, suponhas que haja apenas dois países (B e W), que ambos podem produzir dois bens (X e M), e que cada país tenha apenas o trabalho como fator de produção. O que poderia ser dito, com base nas vantagens comparativas, sobre o padrão e os ganhos de comércio?
A teoria das vantagens comparativas explica por que o comércio entre dois países pode ser benéfico, mesmo quando um deles é mais produtivo na fabricação de todos os bens.
No modelo, a produtividade do trabalho é que vai determinar o comércio internacional. Cada país se especializará na produção do bem em que possuir vantagem comparativa, a qual é dada pelo menor custo de oportunidade na produção de um bem, frente a outro bem.
Em autarquia, os países dividiriam suas horas de trabalho entre os dois produtos (X e M), obtendo, dessa forma, certa quantidade de cada um dos bens. Suponhamos que o país B tenha maior produtividade do trabalho para produzir X e o país W tenha maior produtividade do trabalho para produzir M. Ao produzirem os dois produtos, os países estão perdendo produtividade do trabalho, empregando o fator em uma produção não tão eficiente. Suas fronteiras de possibilidade de consumo estariam restritas à combinação de produção dividida entre os dois bens (fronteira de possibilidade de produção).
Contudo, se os países praticassem livre comércio, poderiam alocar seus fatores de produção àquele bem em que possuem vantagem comparativa, aumentando sua produtividade. Dessa forma, ao realizarem trocas entre eles, aumentariam suas fronteiras de possibilidade de consumo, pois com ambos alocando seus fatores de forma mais eficiente, a produtividade em ambos aumentaria e, também, a produção de cada um dos bens. A possibilidade de ampliar o consumo dos bens aumentaria o bem-estar e os ganhos para ambos.
- “Os países mais pobres do mundo não têm nada a ser exportado. Não há recurso que seja abundante – certamente, nem capital, nem terra, nem mesmo a mão de obra é abundante”. Comente a afirmação supracitada com base nas teorias de comércio estudadas.
A afirmação apenas considera a abundância absoluta de fatores. Para determinar o padrão de comércio, e a exportação, portanto, é preciso considerar a abundância relativa dos fatores de produção nos dois países. Normalmente, os países pobres têm abundância de trabalho em relação ao capital quando comparado com os países mais ricos.
- Explique por que o paradoxo de Leontief (e outros estudos empíricos mais recentes) contradizem a teoria das proporções dos fatores.
A teoria das proporções de fatores afirma que os países exportam os bens cuja produção é intensiva em fatores com os quais são dotados abundantemente. Assim, seria de se esperar que os países desenvolvidos exportassem bens intensivos em capital e importassem bens intensivos em mão de obra. Contudo, ao analisar o comércio internacional do EUA após a II Guerra Mundial, o economista Wassily Leontief percebeu que suas exportações eram menos intensivas em capital do que suas importações. Uma explicação possível para isso seria o fato de que o país possui vantagens especiais em desenvolver produtos que demandem grande quantidade de mão de obra especializada e sejam fabricados com tecnologias inovadoras. Esses produtos podem requerer menos capital do que produtos que demandem grande quantidade de tecnologia, que podem exigir muito capital por requererem muito tempo para atingir a produção em massa.
- O comércio internacional tem geralmente efeitos fortes sobre a distribuição de renda dentro dos países, de modo que ele sempre gera perdedores e ganhadores. Comente os efeitos do comércio sobre a distribuição de renda com base na Teoria dos Fatores Específicos e na Teoria da Dotação Relativa de Fatores.
O modelo dos fatores específicos permite a existência de fatores de produção, além da mão-de-obra. Os efeitos sobre a distribuição de renda são: os fatores de produção não podem se mover de uma indústria para outra instantaneamente e sem custos, e as mudanças nas combinações de produção de uma economia tem efeitos diferentes na demanda por fatores de produção diferentes. O modelo dos fatores específicos permite a distinção entre fatores de propósito geral que podem se mover entre os setores e fatores que são específicos em usos particulares. Os fatores específicos dos setores de exportação em cada país ganham com o comércio, enquanto os fatores específicos dos setores concorrentes das importações perdem. Os fatores móveis (mão-de-obra) que têm possibilidade de serem usados, tanto em um setor quanto em outro, podem ganhar ou perder.
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