A Economia Política - Neoclássicos
Por: Halissonlopes • 17/1/2017 • Artigo • 5.806 Palavras (24 Páginas) • 425 Visualizações
Economia Política - Neoclássicos
Aline Ribeiro da Silva*
Ellen Tayanne Rodrigues Lima*
Francy Laíne Calisto Lima*
Halisson Roberto Nascimento Lopes Filho*
Keroline Jady Nunes Pereira*
Luciano Augusto Teixeira Soares*
Wanderson Ney Lima Rodrigues*
Wellisson Vilarinho da Cruz*
RESUMO
Neste artigo aborda-se o pensamento neoclássico nas ciências econômicas, destacando seus precursores e ideias num breve resgate histórico, os autores em foco são: Alfred Marshall, William Jevons, Léon Walras, Eugene Böhm-Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto e Arthur Pigou. O pensamento neoclássico surgiu no intervalo que vai do fim do século XIX e primeira metade do século XX, tendo início no ano de 1870. Esta corrente teórica também ficou conhecida como Revolução Marginalista, pois sustenta a proposição de que a macroeconomia e a política auto-regulam-se, desse modo contexto social e fatores econômicos devem separar-se. É um modo de pensar ciências econômicas que privilegia o comportamento do consumidor, equilíbrio de mercado e satisfação no consumo a partir do estudo de funções ou curvas de utilidade e produção.
Palavras-chave: Economia Política. Neoclassicismo. Revolução Marginalista.
ABSTRACT
In this paper we approach the neoclassical thinking in the economic sciences, highlighting their precursors and ideas in a brief historical rescue, the authors in focus are: Alfred Marshall, William Jevons, Leon Walras, Eugene Böhm-Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto and Arthur Pigou. Neoclassical thought emerged in the period between the end of the nineteenth century and the first half of the twentieth century, beginning in the year 1870. This theoretical current was also known as the Marginalist Revolution, because it supports the proposition that macroeconomics and politics regulate Themselves, thus social context and economic factors must be separated. It is a way of thinking economic sciences that privileges the behavior of the consumer, market equilibrium and satisfaction in the consumption from the study of functions or curves of utility and production.
Keywords: Political economy. Neoclassicism. Marginalist Revolution.
1 INTRODUÇÃO
Aprofundar os conhecimentos em Economia é imprescindível para compreensão das relações de consumo, comércio, trabalho, direito, relações sociais, estatais, burocráticas e geográficas. Dentro do imenso escopo de estudos sobre Economia, este artigo tem por objetivo fazer um recorte e apresentar os principais teóricos do pensamento econômico neoclássico, seu contexto histórico e contribuições científicas.
O pensamento neoclássico surgiu no intervalo que vai do fim do século XIX e primeira metade do século XX, mais especificamente tendo início no ano de 1870. Seu contexto de efusão ideológico foi atravessado por duas grandes guerras mundiais, motivadas principalmente por interesses econômicos, luta pela primazia imperialista, conflitos por garantia de mercados consumidores, expansão dos fluxos comerciais pelos constantes avanços em transportes e tecnologias diversas e recessões econômicas, todos esses aspectos influenciaram ou foram influenciados por esta corrente teórica.
Em relação ao pensamento clássico, escola anterior representada por Adam Smith, David Ricardo, Thomas Malthus e John Stuart Mill, o pensamento neoclássico em ciências econômicas é inovador, no entanto, suas ideias são influenciadas pelo pensamento clássico. No neoclassicismo sustenta-se a crença de que a macroeconomia e a política auto-regulam-se, desse modo esta corrente intentou uma separação entre contexto social e fatores econômicos, privilegiando preocupações microeconômicas, tais como: comportamento do consumidor, equilíbrio de mercado e satisfação no consumo a partir do estudo de funções ou curvas de utilidade e produção (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
2 NEOCLÁSSICOS
Dos autores que compuseram o pensamento neoclássico - também chamado de revolução marginalista por embasar-se em conceitos marginais, como custos e receitas marginais - ganharam destaque Alfred Marshall, William Jevons, Léon Walras, Eugene Böhm-Bawerk, Joseph Alois Schumpeter, Vilfredo Pareto e Arthur Pigou (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). Seguem-se aproximações às suas produções teóricas.
2.1 Alfred Marshall
Para Marshall, a avaliação de como o sistema de mercado define seus preços passa pela análise do comportamento de produtores e consumidores. Esse comportamento, inclusive, ajudaria no entendimento da demanda e das condições que motivam os produtores a vender bens e serviços. Segundo a Teoria do Valor elaborada por ele, o valor das coisas é dado pelos indivíduos de acordo com suas necessidades e a quantidade ofertada. Nesse sentido, percebe-se que quanto maior for a quantidade, menor será o valor das coisas; o inverso também vale: quanto menor a quantidade, maior o valor.
Outra contribuição de Marshall trata das possibilidades de produção, que acabam por definir as quantidades de bens e serviços produzidos por conta da limitação de recursos que cada sociedade dispõe, ampliando as possibilidades de escolha. Sobre a lei da procura e da oferta, o teórico a definiu como a lei que estabelece a relação entre a demanda de um produto, ou a procura de um produto, e a quantidade que pode ser oferecida, ou que o produtor deseja oferecer (MOCHON; TROSTER, 2002). A partir desse entendimento, é possível concluir que quanto menor o preço de um serviço, maior a quantidade procurada e vendida. Do mesmo modo, quanto maior o preço, menor a quantidade procurada.
No entanto, ao contrário do que parece, esse comportamento não é sempre influenciado pela oferta e procura. Existem outros elementos, como os desejos e necessidades das pessoas, o poder de compra delas, a disponibilidade dos serviços, e a capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado. Diante disso, nota-se que a demanda só acontecerá caso o consumidor tenha um desejo ou necessidade, além de condições financeiras (ou desejo) para suprir essa necessidade. Sendo assim, Marshall utilizou um instrumento da economia para estudar esse fenômeno: o gráfico, no qual se cruzam as duas curvas da oferta e da procura (variáveis “preço” e “quantidade”), e permanecem constantes as determinantes da oferta (função da oferta) e da procura (função da procura). Este gráfico ficou conhecido como “cruz marshalliana”.
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