A GRANDE INDUSTRIA E A FORMA DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA
Por: aline-e-agata • 5/5/2017 • Relatório de pesquisa • 824 Palavras (4 Páginas) • 289 Visualizações
A GRANDE INDÚSTRIA E A FORMA DE ACUMULAÇÃO CAPITALISTA
A formação do capitalismo completa-se com o surgimento da população mecanizada, organizada como grande indústria, esse é o movimento que constitui o momento final desse processo, porque a partir de sua implantação, estão garantidos a generalização do trabalho assalariado e o pleno domínio do capital. O período manufatureiro é momento necessário ao surgimento da grande indústria mecanizada, porque foi nessa faze que se criou o exercito de proletariados e que se centralizou o capital dinheiro para transforma-se em capital industrial. O ponto de partida é constituído pela transformação da ferramenta em maquina-ferramenta, pois a maquina torna- se ferramenta manipulada pelo trabalhador e esse é reduzido a vigiar e servir como força motriz. Abre-se então a possibilidade de uso de outras fontes de força motriz, como água, o ar e o vapor. A utilização de vapor permite o surgimento de cooperação de maquinas semelhantes ao de sistema de maquinaria, essas maquinas executam todas as mesmas operações e baseiam-se na divisão do trabalho.
A produção mecanizada passa a destruir o artesanato, a indústria domestica e a manufatura nos ramos em que vai sendo introduzida. A partir da multiplicação do uso de maquinas as bases técnicas da produção manufatureira vão tomando limitação, ao expandir-se, exige oferta no mercado de crescente volume de maquinas e baixos preços. Assim surge a implantação fabril de maquinas.
Ao retirar das mãos dos trabalhadores as ferramentas, torna-se supérfluo os trabalhos especializados sem necessidade de trabalhadores hábeis e treinados, a força motriz mecânica torna desnecessária a força física humana, a distribuição do trabalho passa a ser regulada pela utilização de diferentes maquinas, e o papel do operário passa a ser limitada a vigiar e corrigir o funcionamento das maquinas, assim a fabrica desqualifica o trabalhador e incorpora mulheres e crianças ao mercado de trabalho. As maquinas agora são responsáveis pelo ritmo do processo de trabalho e pela qualidade do produto, as maquinas que comandam o processo de produção.
Cada capitalista individual tende sempre a reduzir o valor de suas mercadorias, aumentando a produtividade do trabalho de sua fabrica, a implantação de técnicas na produção de meios de produção e de meios de consumo diminui o valor dos meios de subsistência do trabalhador e do valor da força de trabalho aumentando a mais-valia produzida. A máquina permite constante aumento da força produtiva do trabalho, constante substituição do trabalho vivo pelo trabalho objetivado. O objetivo da produção capitalista é sempre máxima valorização do capital. A extração da socialização do trabalho e da produção aparece como produto do capital que se apropria do produto social. O exercito de proletariados, composto por produtores expulsos do campo e das atividades artesanais e manufatureiras vai se formando e surge uma classe operaria homogênea e um mercado de trabalho unificado.
A relação em valor entre o capital constante e o variável tende a crescer, não na mesma proporção, mais o volume dos meios de produção se eleva mais rapidamente que seu valor. Isso implica dizer que o D’ da economia tende a crescer mais rapidamente que o D”, isso porque o setor produtor de meios de produção acumula capital mais rapidamente que o setor produtor de meios de consumo. Indicando que o mercado dos meios de produção expande-se mais rapidamente que o mercado de meios de consumo.
Os capitalistas para conseguir a máxima valorização pressionados pela concorrência intercapitalista, vão revolucionar as técnicas para tornar cada vez mais redundante o trabalho direto empregado na produção. A composição orgânica do capital implica que a uma determinada taxa de salário, o volume de emprego cresce em proporção ao aumento do capital variável. A acumulação de capitais cresce a taxa superior a do aumento do emprego industrial, o emprego vai crescer a taxas absolutas quanto o trabalho direto é reduzido em termos relativos. Em outros termos, o próprio movimento de acumulação vai produzir uma superpopulação de acordo com as suas necessidades. É esse mercado de trabalho favorável ao capital que regula as variações dos salários.
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