A HERANÇA COLONIAL DA AMÉRICA LATINA
Por: gladstony • 29/3/2016 • Resenha • 848 Palavras (4 Páginas) • 4.691 Visualizações
A HERANÇA COLONIAL DA AMÉRICA LATINA
Durante 200 anos as metrópoles espanholas se mantiveram às custas de suas colônias, os espanhóis com o intuito de enriquecerem buscavam cada vez mais as minas na colônias intensificando a atividade mineira nos anos de 1545 a 1610. Os lucros eram repartidos entre os seus proprietários, cabendo ao governo cerca de 20%.
Como todo processo de capitalista que destrói uma civilização com o intuito de se beneficiar, os espanhóis dizimaram a população indígena, acabando com as avançadas técnicas de agrárias, que utilizavam a força das águas para cultivar suas plantações. Séculos depois pesquisadores ainda se impressionam com essas técnicas. Os povos indígenas que viviam nessas áreas desenvolveram-se a ponto de separarem-se em classes assim como nos chamados povos civilizados.
Os espanhóis escravizaram as populações indígenas do México e do Peru, destruiu e instituiu novos símbolos religiosos aos costumes indígenas. No período de 1492 a 1550 a população caribenha foi dizimada, a mexicana caiu de 25 milhões para cerca de 1 milhão nos anos de 1519 a 1605 e nos Andes de 1525 a 1561 a população que compreendia entre 3,5 a 6 milhoes caiu para cerca de 1,5 milhoes. Com a diminuição da população houve uma queda nas minerações nos anos que se seguiram em contrapartida houve um crescimento no setor agrícola, formaram-se assim as fazendas que “protegiam” o indígena, mas que na verdade o impunha a condição de escravo por divida, benefícios médicos, comida e bebida. Estas fazendas sobreviveram até 1910 como legado colonial do México.
Somente a partir do século XVIII, é que as grandes propriedades rurais voltadas para a exportação floresceram no império colonial espanhol. Outra variante foi a grande plantação que tinha como objetivo unicamente a exportação de matéria-prima para a Europa. No Brasil, portugueses e holandeses desenvolveram técnicas no cultivo da cana, o engenho do açúcar foi a principal delas. O clima, a terra e a facilidade no transporte os favoreceram, a única dificuldade encontrada foi a mão de obra, mas que logo foi resolvida com a escravização dos indígenas que aqui viviam e posteriormente com o escravo negro. No século XVI vieram 50 mil escravos,100 anos depois este numero passou para 500 mil (“sem escravos, não há açúcar, não existe Brasil”, em 1710 já existiam 528 engenhos no território brasileiro. Cabia a Portugal apenas a intermediação do açúcar que era processado e revendido pelos holandeses. No inicio do século XVIII a economia brasileira entra em declineo devido ao preço do açúcar holandês cultivado nas ilhas caribenhas.
No período de 1500 a 1700 os países americanos serviram de segmento periférico da economia europeia ocidental em expansão. Nestes países a mão de obra tornou-se cada vez menos livre, a America conheceu varias de suas formas como: encomienda, repartimiento, mita, escravidão por dividas e trafico de escravos. O negro africano e indígenas americanos que perderam sua liberdade fazem parte da herança colonial europeia, assim como do desenvolvimento da liberdade na Europa Ocidental.
DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
Os sistemas econômicos basicamente se desenvolviam através do comercio, a Revolução Industrial provocou uma rápida e radical transformação no comportamento da economia mundial, concentrando em dois pontos essas transformações: o primeiro diz respeito aos fatores causuais-genéticos do crescimento, os quais passam a ser endógenos ao sistema econômico. E o segundo, um aspecto particular do primeiro e se refere ao imperativo do avanço tecnológico, que se traduziu em intima articulação do processo de formação de capital com o avanço da ciência experimental.
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