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A Historia Econômica

Por:   •  26/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  90 Visualizações

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TRABALHO DE HISTÓRIA ECONÔMICA

Estudo do texto “A origem do capitalismo” 

11/04/2023




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Integrantes:

Artur Tecchio de Souza – 23013907 

Gabriel Correia Martins – 23008973

Gustavo Gomes Yamashita – 23013699        

João Vitor Silva Ferraretto – 23001663

Mateus M. S. de Godoy – 23002155

A obra "A Origem do Capitalismo" da autora Ellen Wood aborda cuidadosamente e de forma crítica o desenvolvimento da história do capitalismo. Na primeira parte do livro, a autora apresenta o conceito de capitalismo e deserta de como ele surgiu e se firmou como o grande modo de produção na economia mundial. 

Segundo a ideia expressa por Wood, o capitalismo é um sistema econômico em que seu modo de produção está baseado na propriedade privada, gerida por uma classe predominante, que detém maior controle sobre o capital e o mercado, e se utiliza da mão de obra assalariada para a sua produção, com o lucro sendo seu principal objetivo. A autora, apresenta o modelo econômico a partir de uma transição em que o modelo feudal se encontra enfraquecido e em dissolução, argumentando que, diferentemente de pensamentos antigos, o capitalismo não surgiu a partir das relações de troca e comércio, mas por transformações agrárias, que levou a privatização de terras e a classe camponesa a oferecer sua força de trabalho aos proprietários rurais. Essa transformação alavancou-se ainda mais devido à necessidade de produção causada pela alta demanda. Por este motivo, é possível associar o capitalismo com o enfraquecimento feudal, pois no feudalismo era característico uma sociedade de economia natural com autonomia camponesa, o que se tornou o oposto do modelo capitalista. 

Em seguida, a autora destaca que, ao decorrer dessa transição, o mercado se torna mais amplo e mais livre, contribuindo ainda mais para o processo gradual de transição, criando assim uma relação mais forte de trabalho e troca na sociedade. Logo, observou-se a expansão das forças produtivas e o acréscimo de capital no modelo econômico, de maneira que, formou-se um mercado mundial e a ascensão do capitalismo. É importante ressaltar, que esse crescimento está diretamente relacionado com a superação de bloqueios encaminhados pelo modelo feudal.  Está libertação da economia urbana, da atividade comercial e da racionalidade mercantil, acompanhada pelos inevitáveis aperfeiçoamentos das técnicas de produção, decorrem evidentemente da emancipação do comércio, aparentemente bastou para explicar a ascensão do capitalismo moderno.” (Wood, p.23)

Contudo, Wood também argumenta que o crescimento do capitalismo não afeta apenas a área econômica, mas também a social, de modo que molda as relações sociais entre os indivíduos, e tende a causar desigualdades socioeconômicas, como por exemplo, a concentração da riqueza em uma pequena parcela da população, como também a exploração de trabalho intensa feita pela classe dominante, consequentemente, implica-se nas relações de poder dos indivíduos. Além disso, a autora também relata que o capitalismo está em constante transformação, visto que, depende de condições históricas, sociais e geográficas, acompanhado do modo como se explora o trabalho e os recursos, e por este mesmo motivo pode ser inconsistente, de modo que impactam o ambiente e o equilíbrio social. 

 Resumidamente, para a autora, o conceito de capitalismo é um modelo caracterizado nos meios de produção em propriedades privadas, a fim de obter o lucro (seu principal objetivo). De modo que, tem como ponto de partida a dissolução e o enfraquecimento do feudalismo, que permitiu a expansão do comércio e sua racionalidade, além de impulsionar a produção e as relações de trabalho, em que os proprietários buscam sempre obter o maior lucro, reduzindo os custos e utilizando mais da força de trabalho, e por isso o capitalismo, para a autora, é um sistema dinâmico e instável, pois esse modelo gera conflitos e tensões sociais e políticas, causando crises e contradições, como também afeta o ambiente. 

Ademais, para comprovar sua tese de que o capitalismo originou se de dissoluções feudais, a autora cita a compreensão de Dobb para a transição, que relata um questionamento do antigo modelo mercantil, qual situa as origens do capitalismo em relações feudais primárias. Outrossim, dentro dessa perspectiva é articulado o trabalho de R.H. Hilton, que analisou os alicerces do antigo modelo a partir do pressuposto que a antítese do feudalismo, encontrado nas cidades e no comércio, teria o dissolvido e dado origem ao capitalismo. 

Além disso, ao decorrer da obra, a historiadora Ellen Wood, além de introduzir o conceito de capitalismo e sua formação, a autora também dialoga com outras visões de modo que aborda o tema de forma crítica e complexa sobre esse acontecimento histórico. A principal abordagem apresentada e dialogada por Wood, é o debate sobre a visão de Karl Marx, mas também cita pontos de vista de Friedrich Engels. A partir dessas perspectivas, é discutida a concepção marxista a partir de um modo de produção baseado na exploração de trabalho assalariado, que foi fundamental para o capitalismo, pois de acordo com ambas as visões, o sistema capitalista por ser baseado na propriedade privada dos meios de produção, o trabalho nesse meio é visto como uma mercadoria no mercado de trabalho. Contudo, a autora também diverge em alguns pontos, por exemplo, a própria discorda da ideia de que o capitalismo levaria a revolução proletária, e argumenta que o modelo pode perpetuar-se indefinidamente, se não houver mudanças nas relações sociais e de poder.

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