A IMPORTÂNCIA DA VALORIZAÇÃO DA CULTURA POPULAR PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL

[pic 1]

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DE SERRA TALHADA

                            CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS

CÍCERO EMANUEL TEOTÔNIO

ARTÍGO CIENTÍFICO

SERRA TALHADA –PE

2017

CÍCERO EMANUEL TEOTÔNIO

A IMPORTÂNCIA DE INVESTIMENTOS EM CULTURA LOCAL

Artigo científico apresentado com vistas à obtenção de nota para a disciplina de Economia, Sociedade e Natureza, do Curso de Bacharelado em Ciências Econômicas, do 7º período, apresentada a Prof. Avani Torres da Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE.

SERRA TALHADA-PE

2017

RESUMO: O artigo mostra a importância da preservação e do investimento na cultura popular para desenvolver regiões de maneira sustentável, sem prejudicar o meio ambiente, pois essas regiões muitas vezes são providas com poucos recursos, mostra um breve resumo da história das políticas culturais no Brasil e como ela esta até o governo Dilma, por fim procura demostrar através de exemplos de algumas cidades do sertão do alto Pajeú que promovem investimentos nessa área e mostraram que o bem estar da população pode ser alcançado com políticas culturais locais.

Palavras chaves: Políticas culturais locais, Sustentável, Provido.

ABSTRACT: The article shows the importance of preservation and investment in popular culture to develop regions in a sustainable way, without harming the environment, since these regions are often provided with few resources, it shows a brief summary of the history of cultural policies in Brazil and how it is up to the Dilma government, it finally tries to demonstrate through examples of some cities of the hinterland of the upper Pajeú that promote investments in this area and showed that the well-being of the population can be achieved with local cultural policies.

Keywords: Local Cultural Policies, Sustainable, Provided.

Introdução

Cultura popular é caracterizada por ações que acontece na maioria das vezes nas classes menos favorecida da sociedade, sendo diferenciada da cultura erudita, praticada pelas as camadas mais letradas, essa diferenciação não é clara, pois não existem estudos que estabeleça um limite entre as culturas, em ponto de vista tradicional, cultura popular é composta por músicas, danças, festas, literaturas, artes, modas, culinárias, religiões, lendas, superstições etc. Por uma analise mais culta, a cultura popular é:

O conjunto de conhecimentos e práticas vivenciadas pelo povo, embora possam ser vividos e instrumentalizados pelas elites. Pense-se no candomblé, no carnaval, na feijoada, nos usos folclóricos, no jogo do bicho e na capoeira. (...) Cultura popular simplesmente [é] o que é espontâneo, livre de cânones e de leis, tais como danças, crenças, ditos tradicionais. (...) Tudo que acontece no país por tradição e que merece ser mantido e preservado imutável. (...) Tudo que é saber do povo, de produção anônima ou coletiva. (VANNUCCHI, 1999, p. 98).

 A cultura popular representa a identidade de uma localidade e por muitos anos foi tratada como algo ruim para economia, sendo considera como algo improdutivo, mas a partir dos anos 2000 esse pensamento vem sendo mudado, a cultura passa a ser utilizada como uma forma de desenvolvimento, capaz de modificar de uma maneira positiva uma região que possui poucos recursos naturais, problemas climáticos e poucas indústrias.

Essa modificação que acultura causa vem por meio de politica cultural que vem ganhando importância para o desenvolvimento local, além de ser uma politica de desenvolvimento sustentável, atinge vários setores direta e indiretamente, provocando melhorias na economia e sociedade, segundo Lia Calabre, pesquisadora, por política pública cultural estamos considerando um conjunto ordenado e coerente de preceitos e objetivos que orientam linhas de ações públicas mais imediatas no campo da cultura.

Contudo, essa ferramenta de desenvolvimento não vem sendo disseminada em todo território brasileiro, ela é concentrada nas capitais onde os investimentos são maiores, outra grande problema é o direcionamento dos investimentos vindo da lei Rouanet, por vir do setor privado e não possuir regulamentos que estabeleça onde deveria ser aplicado o dinheiro, empresas patrocinam apenas culturas que promova sua imagem e melhore sua situação, deixando culturas populares com dificuldade de sobreviver.

Com isto, esse trabalho procura mostrar a importância da preservação e investimento da cultura popular local para o desenvolvimento de cidades, mostrar que regiões utilizam dessa área para manter sua economia e o bem estar a sua sociedade, para isto este trabalho esta dividido em quatro partes, introdução, história da Política cultural no Brasil, os efeitos das politicas culturais em cidades do interior de Pernambuco e conclusão.  

História da Política Cultural no Brasil

        No Brasil as políticas públicas culturais tiveram inicio no governo Vargas com a criação da fundação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), o Instituto Nacional de Cinema Educativo (INCE) e o Instituto Nacional do Livro (INL). Sendo em 1953 criado o ministério da educação e cultura, ocorrendo uma melhor difusão da cultura no território brasileiro, porém em 1964 com o golpe militar as políticas públicas foram colocadas de lado, e só voltaram a ter importância no governo do Presidente Médici (1969-1974), com a elaboração do Plano de Ação Cultural PAC, que liberava créditos vindos do setor público para elaboração de projetos, em seguida durante o governo Geisel (1974-1978), foram criado o Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA), o Conselho Nacional de Cinema, a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro e a Fundação Nacional de Arte (FUNARTE). O governo Geisel foi onde a cultura passou a ser um ponto que preocupa o governo, nesse momento da história começa a discussão entre grupos de criar a ministério da cultura ou permanecerem vinculados como secretaria do ministério da educação, os que acreditavam na criação do ministério, defendia que essa seria a única forma de colocar a cultura em evidencia.