A Importância do Empreendedorismo na Administração Pública
Pesquisas Acadêmicas: A Importância do Empreendedorismo na Administração Pública. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mhaysa • 21/7/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 1.440 Palavras (6 Páginas) • 363 Visualizações
1 - INTRODUÇÃO
Em um mundo cada vez mais globalizado é essencial que as organizações adotem práticas que melhorem e dinamizem seus processos bem como suas práticas para obter melhores resultados.
A partir disso surge o termo empreendedorismo que vem a ser a capacidade de inovar e encarar as mudanças como oportunidades para novas ideias. O ato de empreender remete diretamente a agilidade, dinamismo e flexibilidade.
Em contrapartida, o agente público para exercer seu papel necessita seguir inúmeros procedimentos que formalizem e legalizem seus atos, implicando assim muitos mais em processos corretos no ponto de vista burocrático, e ineficazes do ponto de vista prático, uma vez que a norma nunca se encaixa perfeitamente a todas as situações.
Para combater esse modelo burocrático de administração surge a proposta do Governo empreendedor que visa prestar serviços públicos com excelência e habituar o servidor a trabalhar em um ambiente onde a criatividade, e a capacidade de iniciativa predominem.
Nesse sentido o presente trabalho irá abordar a importância do empreendedorismo na Gestão Pública, de maneira a criar e agregar valor e assim através de estratégias, entregar um serviço público de qualidade aos cidadãos.
2 – EMPREENDEDORISMO
O termo empreendedorismo é uma palavra que se deriva do termo entreprenerurship, e está ligada diretamente aos estudos relativos a pessoa empreendedora.
Segundo Dornelas, (2005, p. 39) “empreendedorismo é visto como o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias e oportunidades.” Desta forma, ser empreendedor é estar disposto a assumir riscos para a obtenção da satisfação das pessoas através dos resultados que foram obtidos.
O conceito mais claro que se pode ter de empreendedorismo seria o estudo voltado para o desenvolvimento de diversas competências e habilidades relacionadas diretamente à realização de algo, e está diretamente ligado ás palavras fazer e executar.
A partir dessas ideias, fica claro que devemos estar sempre preparados para toda e qualquer mudança, pois para ser um empreendedor é necessário ter uma visão holística dos acontecimentos, superando assim todo e qualquer desafio, além de sempre buscar transformar idéias em ações.
Em relação ao empreendedor público, a definição dada por Gaetani (2005) é simplista, mas ao mesmo tempo fantástica “é aquele que faz acontecer”, a partir disso é necessário que entendamos que o empreendedorismo público é bem diferente do o ato de empreender. Assim sendo o empreendedor público deve valorizar o planejamento e não deixar esmorecer sua motivação, para ter assim sempre o foco nos resultados.
Para possuir uma gestão cada vez mais empreendedora é necessário agilidade para criar um Estado cada vez mais competitivo e compatível com o cenário econômico neoliberal, e se faz necessário uma estratégia de gestão inovadora.
Nesse sentido, Drucker afirma que (1987,p. 245)
As instituições de serviços públicos, tais como órgãos governamentais, sindicatos trabalhistas, igrejas, universidades, escolas, hospitais, organizações comunitárias e beneficentes, associações profissionais e comerciais, e semelhantes precisam ser tão inovadoras e empreendedoras como qualquer negócio.
Para que isso de fato ocorra é imprescindível que o empreendedorismo no setor público seja visto com outros olhos, levando em consideração que a estrutura administrativa do setor público limita a atividade empreendedora estando assim, diretamente ligada ao desenvolvimento como fator principal.
2.1 – REFORMA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A reforma no setor público foi se tornando algo extremamente necessário ao passo de que os cidadãos não confiavam mais no Estado para atender todas as expectativas numa sociedade capitalista. A partir dessa ideia se tornou de fundamental importância pensar numa reforma e na forma de ação do poder público. Surgiam assim novos paradigmas, e o governo se viu forçado a mudar sua forma de planejar e executar suas ações.
A reforma na maneira de administrar trouxe conceitos de eficiência, eficácia e qualidade, conceitos esses até então aplicados somente na iniciativa privada e, além disso, tais reformas foram orientadas com o fim de atender aos mercados, abertura comercial e as privatizações, tendo assim como resultado a diminuição do Estado com questões que visam o bem social.
A frente das mudanças ocorridas e do maior grau de exigência do mercado e também dos cidadãos, o Estado se viu compelido a adotar uma forma mais moderna de administração que fosse capaz de agir de maneira eficiente, eficaz e voltado para excelência na prestação de tais serviços. Com isso, o gestor necessita de habilidades de um empreendedor, e terá de buscar soluções inovadoras na gestão pública, onde os recursos a maior parte das vezes são escassos e possui grande demanda. Para o administrador público possuir uma visão estratégica voltada ao empreendedorismo é de suma importância que ele desenvolva a capacidade de mudança, metas e planejamento bem como soluções para os momentos de adversidades.
2.2 – PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS (PPPs)
A reforma no Estado, não deve ser um fim em si mesmo, e sim um meio de impulsionar o desenvolvimento social. Em outras palavras é de competência do Estado suscitar o processo de crescimento por meio da construção de um relacionamento entre o poder público e a iniciativa privada, tendo em vista que um não pode caminhar sem o outro.
Sendo assim, a reforma no Estado consolida a transferência na prestação de serviços para o setor privado, tornando-o mais eficiente, fazendo com que o governo reduza seu papel como prestador e executor de serviços diretos e se torne um agente regulador.
Segundo Mark Moore “As PPPs mais simples são aquelas em que o governo inicia com um propósito público
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