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A Indústria dos Games

Por:   •  25/9/2016  •  Artigo  •  3.183 Palavras (13 Páginas)  •  298 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

O mercado dos games está em constante crescimento há alguns anos. Mesmo durante a crise mundial, que se iniciou em 2008, o faturamento desse mercado só cresce.

Nesse trabalho será apresentado a história, faturamento, projeções entre outras coisas, detalhando cada parte para que se veja em detalhes como funciona este mercado desconhecido para muitos, bilionário para outros.

Serão introduzidos conceitos específicos deste mercado, com abordagens relativas às visões dos produtores, terminologias e tudo isso baseado em estudos de empresas especializadas nesse mercado, apresentando imagens, tabelas e gráficos com o intuito de facilitar a compreensão e a absorção de todas as ideias aqui apresentadas.

Será mostrada ainda uma visão do que se pode esperar sobre o futuro, analisando o que é tendência nesse mercado e, através de conceitos, mostrar se tal tendência pode, de fato, se tornar um pilar dessa indústria.

2 – HISTÓRIA

A história dos games se iniciou com a invenção do computador.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a inteligência britânica criou uma divisão com o único propósito de descodificar mensagens nazistas criptografadas, as quais eram criadas a partir de uma máquina chamada ENIGMA. Para resolver tal problema, o matemático Alan Turing idealizou uma máquina capaz não só de descodificar a ENIGMA, como também armazenar informações e efetuar operações nela. Criava-se então, o primeiro computador da história.

A partir daí, várias inovações tecnológicas foram sendo criadas e a corrida espacial impulsionou investimentos para tais avanços.

No início da década de 60, foi lançado Spacewar!, jogo criado por um grupo de estudantes do MIT (sigla em inglês para Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que, no contexto histórico de viagens ao espaço e vida extraterrestre, foi amplamente aceito e foi um sucesso.

Este jogo influenciou muito um rapaz chamado Nolan Bushnell, que em parceria com seu colega Ted Dabney, fundaram a empresa Atari, cujo primeiro produto foi um jogo chamado PONG. Foi um sucesso arrebatador, pois consistia num jogo de ping pong em que só se podia jogar de duas pessoas, o que estimulava muito a competição, atraindo muitos jovens aos bares com o intuito de jogar naquelas máquinas. Isso abriu espaço para muitas outras ideias e, apareceram então, Asteroids e Space Invaders, dentre muitos outros jogos de sucesso na época.

Todos esses jogos eram construídos com máquinas específicas, chips e tecnologia única para cada jogo. Ou seja, se quisesse um jogo novo, devia-se, inevitavelmente, desenvolvê-lo inteiramente a partir do zero, desde a criação de chips e processadores até controles e gráficos. Isso foi visto como uma lacuna em um mercado novo e altamente lucrativo e, valendo-se disso, a Atari lança em 1977 o primeiro console residencial, o Atari 2600. O sucesso foi imediato, pois pela primeira vez se podia levar para dentro das residências grandes sucessos dos chamados “fliperamas”.

Em 1980 o mundo conhecia pela primeira vez um produto japonês com todas as suas raízes e costumes: Pac Man (apelidado aqui no Brasil de “come-come”). Diferente de tudo o que havia sido produzido até então, Pac Man tinha como único objetivo comer. Com visuais típicos da cultura oriental de mangás e animes, conquistou o mercado ocidental de tal forma que até mesmo hoje em dia, quase 40 anos após o lançamento, dificilmente encontrará uma pessoa que não conheça tal jogo.

Encabeçada pelo Atari e o recém lançado Pac Man, a indústria dos games começava a receber muitas empresas interessadas no desenvolvimento de novos games. Muitas empresas lançavam jogos genéricos, com fórmulas que os jogadores já conheciam, o que foi saturando o mercado. Até que, inevitavelmente, em 1983 esse mercado quebrou. Inúmeras empresas fecharam suas portas ou mudaram de ramo. Tempos depois até mesmo a gigante Atari focou todos os seus recursos no desenvolvimento de computadores e processadores. Todos acreditavam ter sido o final do mercado dos games.

Pouco antes disso, em 1980, a quase centenária empresa japonesa Nintendo resolve abrir uma filial nos Estados Unidos da América. Tinha uma equipe de programadores mas todos estavam ocupados em projetos. Convidou então um artista da empresa, Shigeru Miyamoto para desenvolver um jogo para poder lançar no mercado americano. Ele desenhou e pediu a um colega programador que fizesse a parte operacional e, criava-se então, o primeiro jogo em que você realmente tinha um objetivo: salvar a garota de um terrível gorila. Era lançado Donkey Kong, em que você era o herói meio gorducho com roupas vermelhas e narigudo. Posteriormente foi rebatizado para Mario.

Em contrapartida aos jogos de consoles, também em 1980, foi criado o primeiro jogo de computador chamado Mystery House, onde não havia interface gráfica e se jogava com comandos.

Com uma temática completamente diferente, vendeu incríveis 10000 unidades do jogo – uma proporção praticamente de uma unidade por computador residencial.

Era criada então uma nova linha de jogos, sem foco na ação, e sim na investigação e no raciocínio lógico para solução de casos, que foi o caso de Kings Quest.

Em 1983 a Nintendo lançava o Famicon, console para se jogar com a família no Japão. Lançado posteriormente no resto do mundo com o nome de Nintendo Entertainment System (NES), vendeu rapidamente muitas unidades, com jogos de peso em seu lançamento como The Legendo of Zelda, Super Mario Bros, entre outros.

Os primeiros jogadores de games já estavam crescidos no começo da década de 90, não se interessavam mais por jogos bonitinhos, com princesinhas. A SEGA enxerga essa abertura no mercado e lança no console Mega Drive, com incríveis 16 bits de resolução, o jogo Sonic. Um jogo com foco na velocidade de um porco espinho azul com traços humanos. Era disseminada a linha dos anti-heróis.

Em 1996, depois de desentendimentos ideológicos, a empresa japonesa Sony rompe seu contrato com a Nintendo e resolve lançar seu próprio console: o Playstation. Com gráficos incríveis e jogos gravados em CDs, lançava jogos cada vez mais trabalhados e com temáticas diferentes. Temáticas desde mundos fantasiosos fantásticos como os apresentados em Final Fantasy até a construção de reputação apresentada em Grand Theft Auto (o famoso GTA aqui no Brasil).

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