A PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NO MERCADO DE AÇÕES
Por: Pdlags • 26/11/2017 • Artigo • 2.614 Palavras (11 Páginas) • 385 Visualizações
A PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NO MERCADO DE AÇÕES
Gleice Kely dos Santos Alvarenga[1]
Hianyny Martins[2]
Jaciane de Araujo Fonteles[3]
Layane Ribeiro Vasconcelos[4]
Paola Guadarismo Severeyn[5]
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar a evolução do mercado de ações brasileiro, verificando se houve crescimento nos últimos anos e se teve um aumento na quantidade de empresas listadas na Bovespa. Verificando a participação das empresas de grande, médio e pequeno porte. O mercado de capitais está constituído através de um sistema de distribuição de valores mobiliários, tendo como objetivo proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. Neste trabalho abordamos o mercado de ações como fonte de financiamento para as empresas.
Palavras chave: mercado de ações, Bovespa, fontes de financiamento, IPOs.
Resumen
Este artículo tiene como objetivo analizar la evolución del mercado de acciones brasilero, verificando se hubo crecimiento en los últimos años y si tuvo un aumento en la cantidad de empresas listadas en la Bovespa. Verificando la participación de las empresas de gran, medio y pequeño porte. El mercado de capitales está constituido a través de un sistema de distribución de valores mobiliarios, teniendo como objetivo proporcionar liquidez a los títulos de emisión de empresas e viabilizar su proceso de capitalización. En este trabajo abordamos el mercado de acciones como fuente de financiamiento para las empresas.
Palabras clave: mercado de acciones, Bovespa, fuente de financiamiento, IPOs.
1 INTRODUÇÃO
O mercado acionário é visto como um conjunto de instituições e agentes financeiros que estão a negociar diferentes tipos de ativos (ações, fundos, obrigações, etc.) através de instrumentos criados especificamente para esta finalidade. Seu objetivo fundamental é a parte de captura de dados pessoais e a economia de negócios, não pelo simples fato de fazer especulações, mas também para alcançar um ponto extra para o negócio de financiamento, ou seja, uma ajuda de extensão dos movimentos de capitais, contribuindo à estabilidade monetária, como ocorre, por exemplo, na emissão de novas ações.
As ações são títulos de renda variável, emitidos por sociedades anônimas, que representam a menor fração do capital da empresa emitente. As ações são conversíveis em dinheiro, a qualquer tempo, pela negociação em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
Conforme Rudge e Cavalcante (1993), “ação é a menor parcela em que se divide o capital social de uma empresa”. As ações são títulos nominativos negociáveis que representam para quem as possui uma fração do capital social de uma empresa.
Torna-se mais evidente a cada dia a contribuição positiva do mercado de capitais e, especificamente, o destacado papel do mercado acionário para o desenvolvimento econômico. A ideia de que o mercado acionário, notadamente nos países em desenvolvimento, envolveria apenas negociações na esfera financeira desprovidas de qualquer impacto sobre o setor real da economia, mostrou-se definitivamente superada.
De acordo com estudos divulgados pelo Banco Mundial, foi encontrado um alto grau de correlação entre os indicadores dos mercados acionários e o crescimento médio verificado no período 1976-96. Conforme a análise que será abordada, identificaremos as causas do baixo número de empresas listadas na bolsa de valores do Brasil em relação ao mercado internacional.
2 CARACTERIZAÇÕES DO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO
Um mercado de capitais desenvolvido é peça chave para o desenvolvimento econômico de um país, ele facilita o financiamento para as empresas e seus projetos promovendo o progresso (PINHEIRO, 2014). Comparado com o mercado acionário internacional, o mercado de ações brasileiro é pequeno e pouco atrativo para as empresas especialmente aquelas de pequeno porte. Isto ocorre por dois motivos: a oferta e a demanda.
A primeira se refere às características dos emissores e as condições para o lançamento da abertura do capital: mudança de cultura organizacional, volatilidade do mercado acionário, aumento dos controles internos, etc.
Já a segunda refere-se à presença de investidores, os quais podem ser qualificados ou qualquer tipo de investidor:
- Os qualificados consideram que os requisitos informacionais de pequenas e medias empresas (PMEs) são muito grandes, assim como o seu grau de risco em comparação a grandes empresas. Nesse caso, a segmentação de investidores qualificados também tornaria possível a flexibilização das regras de conteúdo informacional, pois esse tipo de investidor teria maior capacidade de análise das informações disponíveis.
- Os pequenos investidores tornariam o mercado de PMEs acessível a todos os tipos de investidor, desde o pequeno investidor de varejo até os investidores institucionais. Nesse caso, os requisitos informacionais deveriam ser restritos como forma de proteção da poupança popular, e qualquer flexibilização de regulação deveria ser executada somente se não aumentasse de forma significativa o risco dos pequenos investidores.
Dessa forma o crescimento do mercado da Bolsa de Valores depende das empresas que queiram abrir seu capital e investidores que estejam dispostos a comprar suas ações.
Exemplos de ofertas iniciais de ações (IPOs), recentes no mercado americano, como Google, Facebook e Linkedin, só foram possíveis em um ambiente favorável, estimulado e preparado, ou seja, onde as empresas têm uma cultura organizacional voltada para o mercado de ações e são administradas com profissionalismo e transparência, com um mercado de capitais forte e estável. É um ambiente que viabiliza grandes estratégias de investimentos privados.
Diferente do mercado acionário americano, o qual tem forte representação na economia, no Brasil não acontece assim, o mercado de capitais brasileiro não é plenamente representativo da sua economia. Atualmente aproximadamente 360 empresas estão listadas no mercado de ações. Números semelhantes aos da Mongólia. Destas, somente 10 representam mais de 50% do volume negociado. E o número de empresas listadas é praticamente o mesmo desde a década de 70 (PINHEIRO, 2014).
No mercado futuro, ou seja, onde as ações são negociadas de maneira que os investidores se comprometem a comprar ou vender uma determinada ação a um preço pré-estabelecido em uma data futura, apenas cinco contratos representam mais de 90% do volume negociado em bolsa. E mais, uma parcela insignificante da população investe em ações colocando o Brasil em um patamar semelhante a Gana, Quênia e Zâmbia. O resultado é que o mercado de capitais brasileiro é muito atrasado em relação ao tamanho e a economia do país.
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