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A PROFESSORA ANA DENISE RIBEIRO MENDONÇA

Por:   •  17/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.997 Palavras (24 Páginas)  •  96 Visualizações

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INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE  -  ESAN/UFMS

PROFESSORA ANA DENISE RIBEIRO MENDONÇA

denise.ribeiro@ufms.br

UNIDADE IX

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

  1. IMPORTÂNCIA
  • Representam o núcleo das atividades comerciais, sendo responsáveis, em grande parte pelo sucesso das empresas.
  • O Resultado com Mercadorias é basicamente o responsável pelo Resultado Líquido ou Lucro Líquido do Exercício.

2- RESULTADO COM MERCADORIAS (RCM) OU RESULTADO OPERACIONAL BRUTO OU RESULTADO BRUTO

               [pic 1]

 onde: V = vendas (- deduções de vendas)

      CMV= custo das mercadorias vendidas

 

RCM (+) = Lucro Operacional Bruto ou Lucro Bruto

RCM (-)  = Prejuízo Operacional Bruto ou Prejuízo Bruto

Obs: O Resultado Líquido de um período (Lucro Líquido/Prejuízo) é obtido acrescentando-se ao RCM as outras receitas e deduzindo-se as outras despesas.

  1. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS (CMV)[pic 2]

         

EI = valor do estoque final do período anterior

C  = valor das compras

EF= valor do estoque final, obtido através de uma das formas de controle de estoque (Inventário Periódico e Inventário Permanente)

Obs. Quando os estoques são vendidos, o custo escriturado desses itens deve ser reconhecido como CMV (despesa) do período em que a respectiva receita é reconhecida.

  1. CONTROLE DE ESTOQUE

A exatidão do controle de estoque e dos inventários é de suma importância para a precisão do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado (do Exercício).

Segundo o CPC nº 16 (R1): os Estoques são ativos:

(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;

(b) em processo de produção para venda; ou

(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.

Os estoques devem representar bens e direitos que sejam de propriedade da entidade, quer estejam em seu poder ou em poder de terceiros. Dessa forma, na determinação de integrar ou não um elemento à conta de estoques no balanço patrimonial da entidade, o importante não é sua posse, mas o direito à sua propriedade ou condições tais de controle e responsabilidade que caracterizem a existência do ativo e uma respectiva obrigação. (http://www.crcsp.org.br/apostilas/Oficina_estoques_Quaglio_Braganca_2702.pdf)

Os estoques compreendem (1) bens adquiridos e destinados à venda: por exemplo, mercadorias compradas por varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. (2) Produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias-primas e materiais, aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. (CPC nº 16 (R1)).

4.1 Sistemas de inventários para controle de estoque:

  1. Inventário Periódico: a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (fins contábeis) no final de cada período (mês, semestre, ano), com isso o CMV também só é conhecido periodicamente, não havendo registro do CMV à medida que as vendas vão ocorrendo.

No final do período é feito o inventário físico das mercadorias existentes que depois de valorado, passa a se constituir no valor do estoque final, e com isso é calculado o CMV do período.

  1. Inventário Permanente: a cada operação (compra, venda, devolução, etc), a empresa obtém os dados referentes ao nível de seus estoques e ao CMV, pois, as movimentações no estoque são contabilizadas à medida que ocorrem.

A adoção de uma ou de outra forma de controle de estoque deve levar em conta:

  • a profundidade e a periodicidade de informações desejadas do sistema contábil;
  • o porte da empresa;
  • a quantidade de itens negociados;
  • o volume de negociações;
  • a intensidade das operações; e
  • o comportamento do preço de aquisição dos itens.

Obs: uma das desvantagens do inventário periódico é que por não registrar saída por saída, deixa de registrar saídas não motivadas por vendas, (devoluções, roubos, perdas, etc), e, podendo o CMV do período ficar distorcido se ocorrerem tais saídas, com isso distorcendo também o RCM e qualquer avaliação feita em cima desse valor.

Isso não que dizer que as saídas não motivadas por vendas, não poderão ser obtidas pelo inventário periódico, apenas, os custos das saídas não são contabilizados no momento da ocorrência do evento.

5 - ATRIBUIÇÃO DE VALOR AOS INVENTÁRIOS (ESTOQUE)

A questão fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas.

Existem vários critérios para avaliar o valor das mercadorias, devem ser analisadas as várias possibilidades de atribuição de valor, sempre com base no custo (valor de aquisição).

5.1 - CRITÉRIOS DE VALORAÇÃO DE ESTOQUES

  • Preço Específico:
  • O CMV é exatamente o custo de adquiri-los;
  • Método aplicado em circunstâncias especiais, e, raramente em atividades comerciais repetitivas, pois, seria muito custoso (e inútil) identificar cada saída com a NF de compra.

Ex: comércio de carros usados.

  • PEPS (primeiro que entra primeiro que saí) – First In First Out (FIFO)
  • vendem-se as unidades que foram adquiridas primeiro;
  • o CMV retrata o valor das mercadorias que foram adquiridas há mais tempo (+ antigo);
  • o E F retrata o custo das mercadorias que foram compradas mais recente;
  • o Estoque é avaliado pelo valor das últimas compras (+ próximo do real).

Ex. Comércio de carros novos (unidades iguais = mesmo ano, modelo, opcionais, cor)

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