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A Política Monetária

Por:   •  21/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.981 Palavras (16 Páginas)  •  321 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho parte de um breve estudo acerca da política monetária, destacando o conceito dos seus instrumentos, com ênfase no redesconto bancário e o depósito compulsório, identificando a importância de cada um para a atividade economia do país e traçando a forma que é adotada pelo Banco Central para com esses recursos. Após traçar esse quadro, pretende-se analisar como se deu a evolução do redesconto bancário e do depósito compulsório através de dados estatísticos. Indagada tal evolução o trabalho irá abordar as subdivisões dos instrumentos tratados e como cada ramificação atua na economia.

Busca-se despertar a atenção para como a política monetária, na qualidade de recurso adotado pelo Banco Central com o objetivo de controlar a liquidez do sistema econômico, possui papel tão relevante através dos seus instrumentos que são um conjunto de intervenções por parte da autoridade monetária com o intuito de obter controle sobre o fluxo da moeda. São três os dispositivos usados pelo Bacen (Banco Central) para conseguir chegar ao seu objetivo, sendo dois abordados no trabalho: Redesconto Bancário que é a linha de empréstimos do Bacen para bancos comerciais; Recolhimento Compulsório que é o percentual que incide sobre os depósitos captados pelo banco.

Objetiva-se analisar os instrumentos da política monetária, com enfoque em dois instrumentos, sendo o redesconto bancário e o recolhimento compulsório, enfatizar o conceito de cada um sob um enfoque econômico e comprovar o alcance do objetivo central da política monetária por meio destes. Também será avaliado como foram utilizados ambos os instrumentos durante a crise de 2008.

Ao longo do artigo, serão analisados os seguintes tópicos: O surgimento da política monetária, que foi consequência do papel da moeda para o equilíbrio econômico; O conceito da política monetária; Os tipos de política monetária, sendo expansionista e contracionista; O conceito de os instrumentos da política monetária; Quais os tipos de instrumentos, com enfoque no redesconto bancário e recolhimento compulsório; História do redesconto e suas subdivisões; e como funciona o depósito compulsório e suas subdivisões.

  1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Acerca do trabalho, quanto aos objetivos, a pesquisa tem caráter exploratório, já que visa proporcionar maior familiaridade com o tema, com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses; quanto a abordagem, é quali-quantitativa, pois faz uso dos dois tipos de abordagens cruzando informações quantitativas com informações fatuais; quanto ao procedimento técnico, é bibliográfico, visto que foi utilizada toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema.

  1. DESENVOLVIMENTO

3.1.   POLÍTICA MONETÁRIA  

A atividade econômica de um pais depende de muitos fatores diretos e indiretos para um certo equilíbrio da economia. Com isso, a moeda ganha papel fundamental em relação a este controle e desenvolvimento, de modo que o governo sempre busque adaptá-la a vida econômica de um sistema que corresponda a necessidade de determinada economia, daí surge a política monetária.

A política monetária é o recurso da política econômica adotado pela autoridade monetária (Banco central) para intervir na economia, afetando o produto de forma indireta através das intervenções sobre o mercado financeiro e sobre a taxa de juros. Desta forma a política monetária aborda a ação do governo no sentido de controlar a liquidez do sistema econômico, atuando sobre a quantidade de moeda na economia, capacidade da concessão de empréstimos por parte dos bancos e sobre os níveis da taxa de juros.

Pretendendo então regular o ritmo de crescimento da demanda agregada da economia no curto prazo, de tal maneira a impedir um crescimento mais rápido que o da oferta agregada, evitando assim preções no nível geral de preços (pressões inflacionárias).

Existem dois tipos de política monetária: a contracionista e a expansionista.

      3.1.1.  POLÍTICA MONETÁRIA: CONTRACIONISTA E EXPANSIONISTA

A contracionista basicamente integra um conjunto de medidas que propendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos (aumentar a taxa de juros). Para aumentar a taxa de juros, o Banco Central diminui a quantidade de moeda disponível na economia. Esse tipo de política é usado para diminuir a inflação, pois ao diminuir a quantidade de moeda disponível, os consumidores terão menos recursos para comprar, assim ocorrendo uma queda nos preços.

Já a expansionista é instituída por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Ao utilizar a política expansionista, o Banco Central está estimulando o desenvolvimento da economia, já que aumenta a quantidade de moeda em circulação e, por consequência, diminui a taxa de juros, permitindo uma maior quantidade de empréstimos às empresas, estimulando a economia.                                                                     

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Esse sistema dependerá do regime cambial adotado pelo país. Existem dois tipos de regimes cambiais, o de câmbio fixo e o de câmbio flutuante, no regime de câmbio fixo o banco central fixa a taxa de câmbio, comprando e vendendo moeda estrangeira a um preço estipulado previamente, ou seja, expande a base monetária através da compra das reservas internacionais. Já no regime de câmbio flutuante o banco central deixa que o mercado de câmbio estabeleça o preço da moeda estrangeira.

      3.2. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA

Esses instrumentos são mecanismos adotados pelo bacen (Banco central) com o intuito de conduzir a política monetária, ou seja, são um agrupamento de ações que as autoridades econômicas utilizam para ter controle sobre a oferta da moeda e a taxa de juros.

É a partir daí que em situações com tendências deflacionárias, as autoridades monetárias poderão expandir a oferta de moeda de modo a evitar a queda da atividade econômica, estimulando o investimento e provocando a queda da taxa de juros. Já em uma tendência inflacionária, o governo procuraria diminuir a circulação de moeda para reduzir de forma gradual a atividade, evitando o desenvolvimento da inflação.

O uso desses dispositivos será mais eficaz de acordo com o nível de desenvolvimento do país e da consciência e esclarecimento da população em relação a seus direitos e deveres, permitindo então ao governo uma maior possibilidade de aperfeiçoamento dos mecanismos de controle da oferta de moeda na economia.

São três os instrumentos usados pelo Banco Central para controlar o fluxo de moeda: Recolhimento Compulsório, Redesconto e Open Market. No Brasil são utilizados instrumentos considerados complementares, como o controle da taxa de juros, seleção de créditos e até a limitação da capacidade de expansão de empréstimos.

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