A Teoria da Produção e a Teoria dos Custos de Produção
Por: Teles_ms • 6/10/2023 • Resenha • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 73 Visualizações
PRODUÇÃO E CUSTOS
I – TEORIA DA PRODUÇÃO
1. Introdução
A Teoria da Produção e a Teoria dos Custos de Produção são pilares fundamentais da Economia, compreendendo a denominada Teoria da Oferta da Firma Individual. Elas desempenham um papel crucial na análise de preços, alocação de recursos e na compreensão da demanda por fatores de produção. Essas teorias desempenham dois papéis centrais:
a) Fornecem a base para a análise das relações entre produção e custos de produção.
b) Oferecem suporte à análise da busca das empresas pelos fatores de produção que utilizam.
2. Conceitos Fundamentais da Teoria da Produção
Produção
A produção é o processo de transformação dos insumos adquiridos pela empresa em produtos destinados à venda no mercado. Isso engloba uma variedade de métodos de produção, desde os mais simples até os mais complexos, dependendo de critérios de eficiência técnica, tecnológica e econômica.
Função de Produção
A função de produção é uma relação que quantifica a quantidade física de produtos obtida a partir da quantidade de insumos utilizados em um determinado período.
Fatores Fixos e Fatores Variáveis de Produção - Curto e Longo Prazos
- Fatores de produção variáveis: Esses fatores têm sua quantidade ajustada de acordo com a produção, ou seja, variam conforme a quantidade produzida.
- Fatores de produção fixos: São os que não sofrem variações quando a quantidade de produção se altera. Essa definição é relevante no contexto de curto prazo, pois, em situações de curto prazo, a quantidade produzida depende dessas variações.
3. Análise de Curto Prazo
Conceitos de Produto Total, Produtividade Média e Produtividade Marginal
- Produto total: Refere-se à quantidade obtida da utilização dos fatores de produção variáveis.
- Produtividade média: É o resultado da divisão da quantidade total produzida pela quantidade utilizada de fatores.
- Produtividade marginal do fator: É a relação entre as variações no produto total e as variações em um determinado fator de produção.
Lei dos Rendimentos Decrescentes
Esta lei descreve um fenômeno típico de curto prazo, que ocorre quando um insumo variável é aumentado, mantendo outros insumos fixos constantes. Nesse cenário, a produtividade marginal do insumo variável tende a diminuir.
4. Análise de Longo Prazo
Economias de Escala ou de Rendimento de Escalas
Essas economias dizem respeito à relação entre a quantidade produzida e as variações na quantidade de insumos utilizados. Elas podem ser:
- Crescentes de escala (ou economias de escala): Quando um aumento na produção resulta em uma redução proporcional nos custos médios.
- Constantes de escala: Quando os custos médios permanecem inalterados com variações na produção.
- Decrescentes de escala (ou deseconomias de escala): Quando um aumento na produção resulta em um aumento nos custos médios.
II – CUSTOS DE PRODUÇÃO
1. Introdução
O objetivo primordial das empresas é otimizar seus resultados durante a execução de suas atividades produtivas. Para alcançar essa otimização, as empresas precisam maximizar a produção para um determinado custo ou minimizar o custo total para um nível de produção específico.
2. Custos Totais de Produção
Os custos totais de produção englobam todas as despesas incorridas pela empresa ao empregar a combinação mais eficiente de fatores para produzir uma quantidade específica de produtos.
Os custos totais (CT) são compostos pelos custos variáveis totais (CVT) e pelos custos fixos totais (CFT):
CT = CVT + CFT
- Custos Fixos Totais (CFT): São os custos indiretos que não variam com a produção.
- Custos Variáveis Totais (CVT): São os custos indiretos que variam com a produção.
A análise dos custos de produção é geralmente dividida em dois horizontes temporais:
- Custos Totais de Curto Prazo
- Custos Totais de Longo Prazo
3. Diferenças entre a Perspectiva Econômica e Contábil-Financeira dos Custos de Produção
Existem diferenças significativas entre as visões econômicas e contábil-financeiras dos custos de produção. As principais divergências estão nos seguintes conceitos:
3.1. Custos de Oportunidade versus Custos Contábeis
- Custos Contábeis: Refletem os custos explícitos, ou seja, os gastos reais da empresa.
- Custos de Oportunidade: São custos implícitos que se baseiam no que poderia ser ganho no melhor uso alternativo dos recursos.
3.2. Externalidades (Economias Externas)
As externalidades se referem às mudanças nos custos e benefícios para a sociedade decorrentes das atividades das empresas, bem como as alterações nos custos e receitas das empresas devido a fatores externos.
- Externalidade Positiva: Gera benefícios para terceiros sem que estes paguem por eles.
-Externalidade Negativa: Gera custos para terceiros sem que eles recebam compensação.
3.3. Custos versus Despesas
Enquanto na Teoria Microeconômica tradicional não é feita uma distinção rigorosa entre os conceitos de custos e despesas, na Contabilidade essa distinção é crucial.
III. Maximização dos Lucros
O lucro total é definido como a diferença entre a receita total das vendas da empresa e seus custos totais de produção:
LT = RT - CT
- LT: Lucro Total
- RT: Receita Total de Vendas
- CT: Custo Total de Produção
Para maximizar os lucros, uma empresa deve escolher o nível de produção que resulta na maior diferença positiva entre a Receita Total e o Custo Total.
7. ESTRUTURAS DE MERCADO
1 Introdução
Neste capítulo, o texto inicia uma exploração das diferentes estruturas de mercado. Ele destaca que essas estruturas são determinadas por três características principais: o número de empresas que compõem o mercado, o tipo de produto que é oferecido e a existência de barreiras que dificultam ou impedem a entrada de novas empresas no mercado.
...