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A crise econômica

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Por:   •  17/9/2014  •  Resenha  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  411 Visualizações

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A crise econômica, o desemprego, os problemas emocionais, entre outros fatores, têm levado um número cada vez maior de pessoas a

buscar refúgio no álcool. O alcoolismo é considerado na atualidade, um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo. São

crescentes os números sobre doenças graves provocadas pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, bem como a incidência de mortes

decorrentes destas doenças. O álcool também assusta como causa básica de acidentes de trânsito, crimes e suicídios.

O alcoolismo está entre as drogas de maior relevância no Brasil, pois o álcool exerce influencia sobre 12% da população. De qualquer

maneira, estima-se que 90% das pessoas ingerem álcool de alguma forma. Normalmente as primeiras experiências acontecem na

adolescência, quando se bebe para ficar desinibido. O problema é que para jovens com tendência para o alcoolismo fica difícil saber quando

parar ou mesmo perceber quando a pessoa deixa de ser um bebedor de fim de semana para se tornar um bebedor habitual.

Conseqüências

A cirrose hepática é uma das doenças mais comuns provocadas pelo alcoolismo. A bebida é metabolizada através do fígado e quando se usa

álcool em grandes quantidades e por longo período, podem surgir alterações no órgão. O álcool provoca infiltração de gorduras no fígado,

pode gerar a hepatite alcoólica e, mais grave, a cirrose hepática. A cirrose se caracteriza pelo endurecimento do fígado, provoca ascite

(barriga d'água) e formação de varizes no esôfago. Além do fígado, outras partes do organismo podem ser afetadas pela bebida. No cérebro,

a intoxicação aguda - mesmo em não alcoólatras - pode provocar acidentes, agressões e suicídio. O álcool interfere no funcionamento do

aparelho digestivo, desenvolve irritações na boca e esôfago, além de provocar distúrbios gástricos que acabam agravando doenças já

existentes, como a úlcera. O intestino também pode sofrer com diarréias e dificuldade de absorção de alimentos, provocando a desnutrição.

O uso constante de bebida também agrava diversas outras doenças infecciosas, como tuberculose e pneumonia.

Dra. Célia comenta ainda que as terapias ajudavam e as drogas como os benzodiazepinicos, por exemplo, também auxiliavam no

tratamento. Alguns medicamentos como o Antabuse, que provocavam vômito quando a pessoa fosse beber, também eram utilizados.

Atualmente foi colocada no mercado, uma nova droga pelo laboratório Cristalia (cloridrato de Naltrezona) que ocupa no cérebro o lugar do

prazer que o álcool daria fazendo com que o individuo que bebe não sinta o prazer, perdendo assim o interesse pela bebida. Este

medicamento está muito bem indicado para alcoólatras crônicos que querem parar. Se eles não conseguem, o medicamento será utilizado

por por aproximadamente três meses, com um comprimido diário. Assim passará a vontade de beber.

Aumento da Dependência

Segundo a maioria dos médicos brasileiros, o problema do consumo alcoólico tem solução, apesar do aumento do número de dependentes

ser cada vez maior no país. O alcoolismo é responsável por quase 75% de todos os acidentes de trânsito com mortes, 39% de ocorrências

policiais e 40% das consultas psiquiátricas, além disso, 15% da população do país é alcoólatra. Estes são alguns dados que mostram como o

álcool está presente na vida do brasileiro, inclusive entre os mais jovens.

Segundo os especialistas no assunto, a solução para o problema é um comprometimento maior das autoridades para a elaboração e

cumprimento de leis sobre a comercialização e consumo das bebidas alcoólicas. Por um outro lado, algumas ações já estão sendo

desenvolvidas para levar este problema mais a sério e ser tratado como uma doença.

A partir da realização do Fórum Antidrogas, que aconteceu durante o mês de maio na cidade de Belo Horizonte, está sendo estudada a

elaboração de um programa de diretrizes políticas. De acordo com o Centro de Toxicomania de Minas, a doença é um dos grandes

problemas de saúde pública no Brasil, que precisa ser vista não como sintoma. Algumas associações médicas defendem o assunto e pedem

que o alcoólatra receba o atendimento primeiro nos ambulatórios e somente depois que ele seja internado.

Para frear a dependência do álcool sempre surgem novas propostas, além de ser um assunto que tem sempre despertado a atenção de grande

parte da sociedade. Quando uma pessoa consome regularmente bebida alcoólica, o melhor caminho é o tratamento nas entidades

filantrópicas ou rede pública de hospitais, a participação em organizações como a Associação de Alcoólicos Anônimos, entre outros.

Recentemente um médico espanhol, Gabriel Rubio do Hospital de Madri apresentou os primeiros resultados de um tratamento feito com o

uso de cloridato de naltrexona, nos Estados Unidos e Europa. O objetivo foi tentar reduzir a compulsão pela bebida. Uma boa medida que é

defendida por vários profissionais de saúde é a prevenção. A Universidade Federal de Minas Gerais, em conjunto com as universidades do

Paraná e Santa Úrsula no Rio de Janeiro defendem esta bandeira.

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA DO ÁLCOOL

Quando a dependência é muito avançada, o indivíduo pode experimentar sintomas graves na ausência do álcool, que podem ser observados

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