A soja no Mato Grosso
Relatório de pesquisa: A soja no Mato Grosso. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Gustavonina • 20/11/2013 • Relatório de pesquisa • 2.530 Palavras (11 Páginas) • 320 Visualizações
Universidade Anhanguera Educacional- Centro de Educação a Distancia
Faculdade de Administração
Turma Noturno
Acadêmicas:
Carla de Almeida Taques
Cyntia Cristina Martelli dos Santos RA: 418384
Giseli dos Santos Castro RA: 7924672975
Sandra Maria do Bom Despacho Silva RA 445139
ECONOMIA
Cuiabá - MT
09/2013
Universidade Anhanguera Educacional- Centro de Educação a Distancia
Faculdade de Administração
Turma Noturno
Acadêmicas:
Carla de Almeida Taques
Cyntia Cristina Martelli dos Santos RA: 418384
Giseli dos Santos Castro RA: 7924672975
Sandra Maria do Bom Despacho Silva RA 445139
ECONOMIA
Cuiaba – MT
09/2013
A soja no Mato Grosso
O sucesso da expansão da agricultura em Mato Grosso é fruto do trabalho desenvolvido pela pesquisa agrícola. Nesse contexto, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) teve um papel muito importante. Ela é fruto da ação coletiva de 23 produtores de sementes e soja do estado. Preocupados com o futuro da sojicultura, esses produtores perceberam a necessidade de ter um empreendimento de pesquisa em seus negócios, para que pudessem ter em um espaço curto de tempo soluções para os problemas da sojicultura e variedades produtivas e adaptadas às condições do cerrado.
No início as atividades da Fundação MT eram realizadas em pareceria com a Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) que não dispunha de unidade de pesquisa em Mato Grosso. Depois de sete anos dando suporte para as pesquisas oficiais, a Fundação MT se tornou independente. Nesse momento, a Fundação MT direcionou seus trabalhos para Mato Grosso e uma empresa nova foi criada para administrar os negócios no Brasil e em outras partes do mundo: a Tropical Melhoramento & Genética (TMG).
Esse novo modelo de gestão com aprimoramento em pesquisa e desenvolvimento trouxe soluções imediatas, aproximou a pesquisa de seus consumidores, contribuiu para unir a classe produtora e resolveu gargalos do setor que não dispunha de informação eficiente e nem de logística de distribuição de sementes de soja.
A eficiência na obtenção de resultados permitiu que as informações geradas pela pesquisa chegassem mais rápido aos produtores dando sustentabilidade e rentabilidade a produção. Desde sua criação, a Fundação MT tem conseguido disponibilizar no mercado novas variedades num prazo de seis anos, muito mais rápido do que as pesquisas convencionais que levam mais de 14 anos. A fim de ganhar eficiência, qualidade, agilidade nos trabalhos, foi a adaptação de máquinas, no início dos trabalhos de desenvolvimento, o plantio era feito manualmente. O sistema de plantar manualmente teve de ser trocado por máquinas, a fim de dar mais precisão, segurança, velocidade e qualidade à pesquisa, pois a agricultura moderna depende cada vez mais do desenvolvimento científico.
Um dos primeiros grandes desafios superados pela Fundação MT foi o desenvolvimento de cultivares resistentes ao cancro da haste e nematoide de cisto, doenças que chegaram a dizimar várias lavouras de soja na região Centro-Oeste entre os anos de 1990 e 1995. Nesta época, os sojicultores dispunham de apenas uma única cultivar, a FT-Cristalina (FT Sementes). Com isso a produção de soja na região corria sérios riscos de vulnerabilidade genética. Mas a agilidade do programa de pesquisa da Fundação MT permitiu acelerar o processo de melhoramento genético, disponibilizando já em 1996 nove cultivares de soja resistentes ao cancro da haste e nematoide do cisto: MTBR-51 Xingu, MTBR-53 Tucano, MTBR-47 Pioneira, Engopa 314 Garça Branca, MTBR-52 Curió, MGBR-46 Conquista, BRSMT Uirapuru, BRSMT Pintado, MTBR-45 Paiaguás. A princípio as sementes eram comercializadas apenas pelos produtores mato-grossenses. Em meados de 2003, produtores do Brasil passaram a cultivar variedades desenvolvidas pela Fundação MT.
O salto de produtividade de soja da safra 1996/1997 até as atuais é também resultado do desenvolvimento de novas cultivares mais produtivas e adaptadas às regiões de cultivo. Trabalhos estes realizados pela Fundação MT. Visando um mercado consumidor cada vez mais exigente, a soja convencional se mostra como uma opção técnica e economicamente viável para os produtores. Sementes testadas e aprovadas nos 3 anos do Programa Soja Livre apresentam um rol de opções cada vez maior.
Em Mato Grosso, maior produtor de soja livre do mundo, a colheita do grão não-transgênico chegou a cerca de 35% na última safra. Para a próxima, segundo o diretor técnico da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Ivan Paghi, a expectativa é de 30%.
Os maiores consumidores destes produtos são União Europeia e Japão. No mercado, a saca de soja livre é comercializada por cerca US$ 1 a US$ 1,5 a mais que a transgênica. No entanto, para atender a esse mercado exigente, é preciso rigor.
Para os produtores que pretendem investir nessa opção, o Programa Soja Livre disponibiliza, gratuitamente, uma cartilha com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Paghi lembra que aqueles que há 5 anos, por exemplo, vem cultivando a soja transgênica, agora, com a área limpa,
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