ADAM SMITH COMPARADO A OUTROS ECONOMISTAS
Por: Bárbara Mariano • 21/8/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 3.134 Palavras (13 Páginas) • 239 Visualizações
INTRODUÇÃO
Fazer um estudo sobre os principais pensadores da economia, Adam Smith, Jonh Maynard Keynes e Karl Marx, mesmo que de maneira breve, serve para facilitar a compreensão sobre a ciência econômica.
Estes autores deram contribuições que foram fundamentais no desenvolvimento da economia mundial. Suas ideias inovadoras revolucionaram as ciências econômicas e até hoje são utilizadas.
A partir de uma concepção histórica será possível entender melhor o funcionamento da economia mundial tendo por base os pensamentos de Smith, Keynes e Marx. Ficará também mais clara as diferenças existentes nas ideologias de cada um deles.
Através deste trabalho poderá se verificar a importância de se aprender sobre economia e os benefícios que este conhecimento traz para qualquer cidadão, principalmente um profissional na área do Direito.
1. ADAM SMITH
Adam Smith, filho de outro Adam Smith e sua segunda mulher, Margarete Douglas, foi batizado em 5 de junho de 1723 em Kirkcaldy. Seu pai era fiscal da alfândega e sua mãe era filha de um bem aquinhoado proprietário de terras. Em sua época o Reino Unido (Inglaterra unida à Escócia desde 1707) vivia o período de grande atividade marítima que antecedeu a Revolução Industrial.
Smith é considerado como aquele que mais contribuiu para a moderna percepção da economia de livre mercado. Em 1759 publicou seu primeiro trabalho, "A Teoria dos Sentimentos Morais", em que toma uma natureza humana imutável como base para as instituições sociais. Este primeiro trabalho lança os fundamentos psicológicos sobre os quais o "Riqueza das Nações" foi depois construído. No "A Teoria" Smith descreveu os princípios da "natureza humana" os quais, juntamente com Hume e outros filósofos da sua época, ele tomou como universais e imutáveis, e a partir dos quais supõe que as relações sociais do homem, tanto quanto seu comportamento pessoal, poderiam ser explicados e previstos.
Em suas obras ele expressa o pensamento que "os homens voltados para seus próprios interesses são conduzidos por uma mão invisível...sem saber e sem pretender isto, realizam o interesse da sociedade". Em suas próprias palavras, "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu próprio 'auto interesse'". Portanto, era defensor do livre mercado, em que forças invisíveis fizessem com que os comerciantes e industriais brigassem por descobertas de novas tecnologias para o aprimoramento de seus serviços, fazendo com que o preço de suas mercadorias declinasse e houvesse geração de novos empregos.
O trabalho de Smith ajudou a construir a fundação de disciplinas modernas acadêmicas de livre mercado e providenciou um dos melhores tratados intelectuais sobre capitalismo e liberalismo.
Foi conhecido melhor pela sua teoria “deixai fluir livremente” (laissez-faire), que se prostou contra associações no Século XVIII na Europa. Acreditou no direito de influência livre do mercado, sem um supervisor, como o Estado ou associações. Sua teoria influenciou o começo da industrialização da Europa, e mudou muito dela em um domínio de comercio livre, provocando a emergência de empreendores. Foi conhecido também como o pai da Economia.
Foi um crítico da política da Inglaterra perante sua colônia, os Estados Unidos, com seus altos impostos e as situações de monopólio. Dizia que estas altas restrições iriam acabar por criar ira nos americanos, fazendo com que os mesmos se revoltassem contra a Inglaterra. A solução, segundo ele, seria acabar com estas medidas extremas de protecionismo e conceder uma participação política dos americanos em território inglês.
1.1 Contribuições à economia
Uma das grandes contribuições de Adam Smith para a Economia e para o pensamento económico é a chamada: “Teoria da Mão Invisível”, para descrever como em uma economia de mercado a interação de indivíduos resulta em uma determinada ordem. Para ele todos nós aplicamos o nosso capital para que renda o máximo possível. Ao se fazer isto não tem-se em conta o interesse geral da comunidade, mas sim o seu próprio interesse (self-interest) – sendo egoísta. Mas para ele esse é o caminho, a partir do próprio interesse se chega ao bem coletivo ajudando mutuamente e, nesse sentido é levado por uma espécie de ‘’ mão invisível’’. Para Smith esta seria uma maneira bem eficaz de conduzir e beneficiar a sociedade.
Por exemplo, com a mão invisível não é necessário fixar preços, a inflação seria corrigida por um reequilíbrio entre a oferta e a demanda, reequilíbrio esse que seria atingido e conduzido pela Mão Invisível.
Especializar a força de trabalho, que também acompanha o avanço econômico, e a alocação de força de trabalho entre várias linhas de emprego, é a principal explicação de Smith para o desenvolvimento. O Modelo de desenvolvimento econômico que ele criou constituía parte e de sua política econômica: ‘’ao contestar o padrão mercantilista de regulamentação estatal e de controle, apoiava a suposição de que a concorrência maximiza o desenvolvimento econômico e de que os benefícios do desenvolvimento seriam partilhados por todos na sociedade.’’
O trabalho de Smith foi, e ainda é, de grande importância para a economia pois ajudou a construir a fundação de disciplinas modernas acadêmicas de livre mercado e providenciou um dos melhores tratados intelectuais sobre capitalismo e liberalismo. Smith ainda nos aponta um caminho para resolver os problemas de justiça social e da equidade, que só será possível através do progresso econômico.
Os principais discípulos de Adam Smith foram: Thomas Robert Malthus (1766-1834); David Ricardo (1772-1823); John Stuart Mill (1806-1873); Jean Baptiste Say (1768-1832).
2.KARL MARX
Karl Marx nasceu em Trier em 5 de Maio de 1818, economista, filósofo e socialista alemão, estou na Universidade de Berlim e formou-se em Iena. Em 1842 assumiu a chefia da redação do Jornal Renano em Colônia, onde seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Em 1844, em Paris, editou o volume de um livro pertencente ao órgão principal dos hegelianos de esquerda, porém, logo rompeu com os líderes deste movimento. Ainda em 1844, Marx conheceu em Friedrich Engels, que foi um amigo muito próximo durante toda sua vida.
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