Análise musica pra não dizer que não falei das flores

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

MARIA FONSECA BARBOSA

ANÁLISE DA MÚSICA “PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES”

JUIZ DE FORA – MG

ABRIL – 2018

MARIA FONSECA BARBOSA

ANÁLISE DA MÚSICA “PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES”

Trabalho entregue a UFJF, como parte das exigências avaliativas da disciplina Pensamento Sociais brasileiro.

JUIZ DE FORA – MG

ABRIL – 2018

1.        ANÁLISE DA MÚSICA “PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES”  

1.1        Contexto do Brasil pela ótica histórica

Durante o periodo que compreende as decadas de 60 a 80, a América do Sul teve seus governos desmantelados por golpes, no Brasil exatamente em 31 de março de 1964 os militares assumiram o país e visavam fortalecer o poder executivo.

Em 1968 o governo militar fecha o congresso e decreta o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), um conjunto de leis que conferiam poderes quase ilimitados ao regime, em consequência a isso, a opresão, a violência e a censura foram marcantes na história brasileira. Os estudantes universitários começaram a se mobilizar, fazendo protestos públicos e eram recebidos com agressões, mandatos de prisões e aos poucos outros grupos se juntaram ao movimento: os artistas, os jornalistas, os padres, os advogados, entre outros. Apesar da censura que ameaçava proibir e perseguir, a música se tornou um dos veículos artistícos utilizados para transmitir mensagens políticas e sociais.         

        Portanto a música “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré, que além de compositor foi militante estudantil na Universidade do Estado da Guanabara e participou do centro popular de cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1968, no mesmo ano de autoria da música e após o decreto do AI-5, Vandré foi obrigado a se exilar. Sua canção e a mensagem política que ela transmitia, no entanto, entraram para a história da música e da resistência política no Brasil.

2.        MÚSICA

Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores

Geraldo Vandré

 

Caminhando e cantando

E seguindo a canção

Somos todos iguais

Braços dados ou não

Nas escolas, nas ruas

Campos, construções

Caminhando e cantando

E seguindo a canção

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber

Quem sabe faz a hora

Não espera acontecer

Pelos campos há fome

Em grandes plantações

Pelas ruas marchando

Indecisos cordões

Ainda fazem da flor

Seu mais forte refrão

E acreditam nas flores

Vencendo o canhão

Vem, vamos embora