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As Principais características do Plano Real.

Por:   •  19/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.067 Palavras (5 Páginas)  •  321 Visualizações

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Apresente as principais características do Plano Real. Compare-o com os planos de estabilização entre 1986 – 1991.

O Plano Real foi um projeto monetário baseado em três pontos principais:

Equilíbrio das contas públicas, por meio de corte de gastos e aumento de tributos;

Criação da URV, a fim de preservar o valor da moeda bem como seu poder de compra;

E por fim, o lançamento do Real enquanto padrão monetário, quando o URV passaria a ser meio de pagamento.

Diferente de planos anteriores, onde se buscava um choque no processo inflacionário – com o objetivo de causar uma redução brusca e posterior estabilização do nível geral de preços - houve um planejamento e ampla divulgação de todos os passos para a população, o que ajudou a criar uma espécie de pacto social, fundamental para o sucesso do plano.

Um dos principais objetivos era o combate à inflação, deste modo, houve o que se chamou de “Âncora Monetária”, que se traduzia em depósitos compulsórios de 100% sobre captações do sistema financeiro, restrições ao crédito e baixa expansão da base monetária, com o objetivo de dificultar que os agentes repassassem custos para preços, bem como aumento da taxa de juros - o que ajudou a conter uma possível inflação de demanda. E ainda a “Ancora Cambial”, apreciando-se a taxa de câmbio e facilitando com isso as importações. Tais medidas coexistiram com o Cruzeiro Real, e então por mais algum tempo após a oficialização do Real como sistema monetário vigente, até sua estabilização, sendo então revogadas.

Também não houve congelamento de preços, salários e nem qualquer tipo de tentativa de impor algum controle à economia, pois objetivava fundamentalmente a quebra da inércia inflacionária bem como a obtenção da confiança na nova moeda.

Em suma, a implantação do Plano Real deu origem ao que chamamos hoje de Tripé Macroeconômico - metas de inflação, superávit primário e câmbio flutuante.

Qual foi a principal inovação do Plano Real? Em qual antecedente internacional se baseava essa proposta?

A principal inovação do Plano Real foi a introdução de uma nova moeda por meio de um processo de indexação completa da economia à Unidade Real de Valor. Baseada no trabalho teórico de André Lara Resende e Pérsio Arida, a teoria da moeda indexada, ou “O LARIDA”, como ficaria conhecido, era um engenhoso método de frear a inércia inflacionária criando uma moeda indexada cujo valor fosse corrigido diariamente em relação à moeda circulante na economia. Diferente de outros planos, que se preocupavam apenas em barrar a inercia, o LARIDA trazia consigo o intuito de sanar as contas públicas, estabilizando a política fiscal reequilibrando a balança comercial e por fim estabilizando a inflação.

Quais foram os principais impactos sobre a economia da politica de manutenção da estabilidade utilizadas entre 1995-1998?

Tendo como prioridade a estabilidade de preços, manteve-se no primeiro mandato de FHC um regime cambial semifixo, baseando-se na gestão de bandas de flutuação estreitas. Isto permitiu que a desvalorização cambial se desse num ritmo de relativa estabilidade, no entanto, insuficiente para reequilibrar o mercado. Operando com um câmbio controlado artificialmente, a economia monetária ficou condicionada à manutenção da paridade cambial determinada, perdendo sua autonomia. Como resultado da manutenção da valorização do câmbio, pode haver necessidade de contração monetária. Deste modo, a economia fica frágil frente a choques externos, dando margem para a ocorrência de crise cambial e déficits comerciais crescentes.

Que impacto teve o contexto internacional sobre o funcionamento do plano? Em particular as crises das moedas dos países emergentes.

No segundo semestre de 1997, com a crise asiática, as reservas nacionais caíram US$10 bilhões. Como resultado, o Banco Central elevou fortemente a taxa juros, de 18,75% para 46%. Consequentemente, além de estancar a fuga de capitais ainda foi

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