Ata Copom 112
Por: Heitor Mobilio • 29/11/2015 • Seminário • 774 Palavras (4 Páginas) • 330 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Instituto de Economia 2º semestre de 2014 CE342 – Métodos de análise econômica IIIProfessora Dra. Ana Rosa Ribeiro de Mendonça | [pic 2] |
Alunos
Introdução e Objetivos
O presente trabalho se propõe a analisar a ata da 112ª Reunião do Copom referente às reuniões de 13 e 14/09/2005 realizadas na Sede do Banco Central, Brasília.
É motivação de este trabalho entender as decisões do Copom frente à política monetária adotada na data e discutir os preceitos teóricos macroeconômicos adotados.
Discussão da Conjuntura Macroeconômica (set/2005)
Com base nas informações consultadas na Ata da 112ª reunião confrontadas com o histórico da taxa SELIC no decorrer do ano de 2004, verifica-se que em setembro de 2005 iniciou-se um movimento de redução da taxa SELIC, decidida em 19,5% a.a. na data. Na verdade, a decisão de não mais seguir com altas na taxa básica de juros da economia veio com a decisão em junho de 2005 de manter a taxa básica em 19,75%, a mesma de maio do mesmo ano. Essa decisão foi tomada com base na desaceleração do IPCA em maio (0,49%) frente à abril (0,87%). A decisão então do mês de setembro de reduzir a taxa SELIC para 19,5% a.a. se baseou na mesma argumentação de baixa do IPCA, sendo que a expectativa do índice, na data de setembro, era de 5,19% frente à 5,4%, anteriormente esperada. Mesmo acima do centro da meta estipulado para o ano de 5,1% o Copom interpretou que havia continuidade no processo de acomodação da inflação em níveis inferiores ao verificado nos meses iniciais de 2005. O primeiro motivo então para a baixa da taxa básica de juros se deu à uma sinalização de dados presentes de inflação menor do que a esperada.
O segundo motivo foi o alargamento do hiato do produto, afirma a Ata, referindo à um maior distanciamento entre o PIB efetivo e o potencial do País, assim afirmando que haveria maior espaço para o crescimento econômico sem gerar pressão inflacionária. Isso pode ser inferido da análise da utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, mantendo queda em comparação com Junho/2005 (82,7%) Julho /2005 (81,8%) e em referência com o mesmo período do ano de 2004, quando atingiu em setembro/2004 (82,8%), todos acima do registrado em setembro de 2005 de (81,7%).
O terceiro motivo para a decisão de redução da taxa básica de Juros pelo Copom foi o da redução das expectativas de inflação futura esperada em relação à reunião de agosto de 2005. A projeção de reajuste da gasolina de 0% para 7,5% e o de tarifas de telefonia de 6,1% para 6,7%, mas as projeções de tarifas de energia elétrica caíram de 8,6% para 7,6% e a do gás de 0% para -1,7%. Apesar ainda de as projeções de aumento esperado para os preços administrados em 2005 terem subido de 7% para 7,8% na data, a projeção para 2006 do mesmo conjunto caiu de 5,7% para 5,3%, segundo a ata. Com isso a expectativa geral de inflação passou a ser menor do que a anteriormente esperada, corroborando o argumento de que uma menor taxa SELIC estaria de acordo com quedas nas expectativas de preços futuros.
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