TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Capitulo 10 Formação Brasileira do Brasil

Por:   •  13/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  378 Visualizações

Página 1 de 7

elucidar: significa tornar claro; esclarecer.

Cap 10: Projeção da economia açucareira: a pecuária

Há uma atividade que se desenvolve atrelada ao açúcar: a pecuária;

Economia açucareira: alta rentabilidade, elevado grau de especialização1, mercado ( externo) de dimensões grandes, no mercado interno o fluxo de renda é pequeno, em torno de 10%; elevado grau de comercialização (comércio este voltado para o mercado externo); elevado coeficiente de importação (as importações são grandes em relação ao PIB; CI = M/PIB)

1a especialização é uma consequência da alta rentabilidade; a especialização ocorrida no mercado de açúcar, faz com que os empresários açucareiros não quisessem desviar seus fatores de produção para atividades secundárias, afinal, o açúcar era muito rentável, logo era interessante se concentrar/especializar neste setor; até a produção de alimentos para os escravos, nos engenhos, era considerada antieconômica. *a extrema especialização na produção de açúcar nas Antilhas estimulou o desenvolvimento das colônias de povoamento do norte dos EUA.

 A economia açucareira constituía um mercado de dimensões relativamente grandes, podendo, portanto, atuar como fator altamente dinâmico do desenvolvimento de outras regiões do país, entretanto, este impulso dinâmico foi desviado para o exterior. Em primeiro lugar havia os interesses criados dos exportadores portugueses e holandeses, os quais gozavam de fretes baixos propiciados pelos barcos que seguiam para recolher açúcar. Em segundo lugar estava a preocupação política de evitar o surgimento na colônia de qualquer atividade que concorresse com a metrópole (era proibido a produção de vinho no Brasil, pois a produção deste produto cabia a Portugal, no Brasil foi produzido um similar, a cachaça)

Comparação entre 1 - São Vicente e  2 - Nova Inglaterra: duas economias açucareiras:

1 - colônia de povoamento; objetivos iniciais de colonização fracassaram, e os colonos que sobreviveram às dificuldades iniciais se dedicaram a atividades de baixa rentabilidade, transformando o núcleo de população de empresa colonial em colônia de povoamento; escassez de mão-de-obra; tinham como atividade comercial a caça ao índio e por causa disso voltaram-se para o interior (desenvolveram a habilidade exploratória);

2 - objetivos iniciais de colonização fracassaram, e os colonos que sobreviveram às dificuldades iniciais se dedicaram a atividades de baixa rentabilidade, transformando o núcleo de população de empresa colonial em colônia de povoamento; a pesca se tornou seu meio de subsistência e também uma atividade comercial; desenvolveram a construção de embarcações que necessitavam, e assim se tornaram independentes quanto ao transporte marítimo. Ao surgir o grande mercado das Antilhas eles lá apareceram em seus próprios barcos. Ainda assim, seria difícil explicar o seu êxito na conquista do mercado antilhano sem ter em conta que a Inglaterra (que enfrentava guerras, e estas guerras leva a população a migrar para os EUA; este é o contexto internacional)  estava impossibilitada de abastecer o mercado antilhano; escassez de terras; regime de servidão temporária (importação de mão-de-obra europeia);

No Brasil, devido a imensas quantidades de terras se produzia açúcar e agricultura de subsistência, isto não acontece nas Antilhas, voltada somente para a produção açucareira; dessa forma o Brasil fornece alimentos para as Antilhas.

*A abundância de terras se deve a criação, no próprio Nordeste, de um segundo sistema econômico, dependente da economia açucareira. No que diz respeito aos bens de consumo, estes eram importados, principalmente bens de luxo, que não eram produzidos na colônia, o único artigo que podia ser produzido e consumido na colônia era a carne, parte integrante da dieta dos escravos. O setor de bens de produção encontrava espaço para expandir-se.  As  duas principais fontes de energia dos engenhos - a lenha e os animais (meio de transporte) - podiam ser supridas localmente com grande vantagem. O mesmo ocorria com o material de construção mais utilizado na época: as madeiras.

Produção de gado: inviável criar este gado na faixa litorânea, ou seja, dentro das unidades produtoras de açúcar (proibição do governo português); há a separação das duas atividades econômicas - a açucareira e a criatória - As características da atividade econômica criatória são totalmente distintas daquelas praticadas na atividade açucareira, bem como: ocupação da terra extensiva (gado criado solto); itinerante (se cria rotas; não era interessante a ocupação permanente de terras, pois o gado deveria se deslocar periodicamente, devido ao regime de águas, distância dos mercados); inversões fora do estoque de gado eram mínimas (inversão tem aver com capitalização, no caso da economia criatória o capital é o rebanho, o que caracteriza uma pequena inversão; na economia açucareira a capitalização é imensa); acumulação de capital em permanente expansão; a essas características se deve que a economia criatória se transformou num fator fundamental de penetração e ocupação do interior brasileiro. A atividade criatória apresentava rentabilidade baixa; sua renda era constituída pelo gado vendido no litoral e pela exportação de couros; era um fenômeno econômico induzido pela economia açucareira; a população que se ocupava da atividade criatória era muito escassa, e o recrutamento de mão-de-obra para essa atividade baseou-se no elemento indígena, que se adaptou facilmente a ela, que, portanto fez expandir a atividade criatória.

Possibilidades de crescimento da atividade criatória: a condição fundamental da sua existência e expansão era a disponibilidade de terras (natureza dos pastos do sertão nordestino); disponibilidade de capacidade empresarial (esta atividade era muito mais atrativa para o colono sem recursos do que aquela disponível na economia açucareira, aquele que não tinha condição para iniciar por conta própria a criação, tinha possibilidade de efetuar a acumulação inicial trabalhando numa fazenda de gado – nesta economia a mobilidade social é maior - Durante certo número de anos de trabalho, tinha direito a uma participação no rebanho em formação, 1 cria, podendo assim iniciar criação por conta própria); a demanda constituía fator limitativo a expansão da economia criatória (a expansão do açúcar comandava a expansão desta atividade); produtividade média da atividade criatória muito baixa, com menor grau de especialização e comercialização1 que a cultura açucareira (como as distâncias vão aumentando, em relação ao litoral, os custos com o gado se tornam maiores, e a renda das pessoas envolvidas nessa atividade diminui).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.3 Kb)   pdf (118.2 Kb)   docx (12.6 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com