Crédito fácil traz inflação e inadimplencia

De acordo com o texto abordado, pode-se notar que o cheque especial, principal linha de crédito analisada, teve aumentos consideráveis no período 2013 – 2014 nas seis maiores instituições financeiras do Brasil, atingindo patamares de até 188% ao ano.

Como é uma das linhas de crédito mais populares, o aumento da utilização deste serviço facilitado pela redução da taxa de juros, trouxe como consequência o aumento da inadimplência principalmente na retomada de juros.

Voltando ao passado, em 2011 o Banco Central (BC) diminui a taxa Selic a fim de incentivar o consumo. Com crédito fácil principalmente no cheque especial, os brasileiros foram às compras sem a devida cautela ou planejamento, elevando a inadimplência a níveis de 10,7% no final de 2013. Outro fator que influenciou o setor econômico foi a incerteza trazida pela proximidade das eleições nacionais.

Além da inadimplência, outro fator gerado pelo crescimento do consumo foi a volta da inflação, que é o reflexo mais claro da lei da oferta e da procura, onde os preços sobem proporcionalmente à procura.

Mesmo antes de o BC elevar a Selic, os bancos se anteciparam elevando gradativamente as taxas do cheque especial, que na prática quer dizer que uns pagam os juros dos outros.

Ao final do ano a inadimplência tende a diminuir devido ao 13º salário dos trabalhadores, que o utilizam muitas vezes para quitar dívidas. Mas com as mudanças nas políticas previdenciárias, o fato não chega a acontecer com os beneficiários da Previdência Social, pois recebem parte do 13º meses antes.

Uma economia sólida deve ter balanceados os três pilares: emprego, renda e produção, além de políticas que vislumbrem variações de cenários nacionais e internacionais.