Crise 1929
Por: Fernando Rodrigues • 27/4/2015 • Artigo • 546 Palavras (3 Páginas) • 691 Visualizações
Crise de 1929: De Ford a América Lática- Os impactos da Crise na Economia Latino-Americana
Em 1 outubro de 1908, a Ford lança no mercado dos Estados Unidos, o seu Modelo T ele era chama de carro popular, carro para as grandes multidões era funcional e simples, como máquina de costura ou ferro de passar, podia se aprender a dirigir em um dia. Quando Ford criou o modelo t demorou 13 horas para monta-lo, cinco anos depois era um a cada 90 segundos. A grande invenção não foi o carro mas sim a linda de produção que o construía, logo outras indústria adotaram a mesma técnica, logo costureiras se tornaram colocadoras de botões, mecânicos apertadores de parafuso. Foi o início da produção em massa.
O desejo de Henry Ford Era tornar o carro um produto tão barato que todos poderiam comprar, durante a década de 1920 os Estados Unidos viveu uma época de efervescência econômica. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. Os Estados Unidos por sua vez, lucraram com a exportação de alimentos e produtos industrializados aos países aliados no período pós-guerra. Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica gerou o chamado "American way of life" (modo de vida americano). Todos agora podiam ter um carro Ford, havia altos índices de emprego, os preços caíam e os setores produziam cada vez mais.
É justamente essa Superprodução que desencadeia a Crise, com a recuperação da Europa, o continente passa a importar cada vez menos países latino também deixam de fazer grandes importações. Como resultado deste desnível da balança de exportação americana onde a oferta se tornou maior que a demanda, os preços caíram, empregos foram fechados e as grandes empresas começaram a sentir as perdas pela falta de consumo devido ao aumento do desemprego. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Agora tudo que os Americanos tinham como patrimônio eram seus áureos Ford T
A crise se espalhou rapidamente por todos os continentes sendo citado por Celso Furtado¹ como Catastróficas para a América Latina. A economia da américa latina estava lastreado ao comercio Exterior
As exportações de produtos agrários e minérios, tais como café, trigo e cobre, de países da América Latina, caiu de 1,2 bilhão de dólares em 1930 para 335 milhões de dólares em 1933, aumentando para 660 milhões de dólares em 1940.
Os efeitos da crise fizeram com que em alguns destes países, muitos agricultores passassem a investir seu capital na manufatura, causando a industrialização destes países, em especial, a Argentina e o Brasil. Neste segundo país, aliás, a industrialização se acelerou com a perda de poder político dos cafeicultores do estado de São Paulo, fenômeno consolidado com a vitoriosa Revolução de 30.
Bibliografia
Furtado,Celso. A economia latino-americana. 4 Ed.- São Paulo: Companhia das letras,2007
Charles P. Kindleberger. Manias, pânico e crashes- um histórico das crises financeiras. Editora Nova fronteira
Hobsbawn, Eric J. Era dos extremos- o breve século XX. Editora Cia das Letras
Barros, Lucio Alves de. Fordismo, Origens e metamorfose. Editora Unimep.
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