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Cultura empreendedora

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Por:   •  19/5/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.988 Palavras (12 Páginas)  •  666 Visualizações

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EMPREENDEDORISMO

Parte - 03

3) Cultura Empreendedora

O ambiente cultural em que estamos inseridos, afeta muito de nossos valores, nossas escolhas e comportamentos. A cultura empreendedora está inserida na ação do desenvolvimento pessoal, profissional e econômico do país.

Auto-realização - Pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal. Por ser a exteriorização do que se passa no âmago de uma pessoa e por receber o empreendedor com todas as suas características pessoais, a atividade empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos.

Estimular o desenvolvimento - Tudo leva a crer que o desenvolvimento econômico seja função do grau de empreendedorismo de uma comunidade. As condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento precisam de empreendedores que as aproveitem e que, através de sua liderança, capacidade e de seu perfil, disparem e coordenem o processo de desenvolvimento, cujas raízes estão, sobretudo, em valores culturais, na forma de ver o mundo. O empreendedor cria e aloca valores para indivíduos e para sociedade, ou seja, é fator de inovação tecnológica e crescimento econômico.

Influenciar o desenvolvimento local - Existe relação entre o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico local? Até o fim dos anos 1970, o Estado e as grandes empresas eram considerados os únicos suportes econômicos relevantes para a sociedade. Nos anos 80, alguns fatores como: o endividamento crescente dos governos, o aumento da concorrência dos mercados e sua mundialização, a utilização intensiva de tecnologia nos processos produtivos – transformaram este panorama, delineando uma nova organização econômica. As grandes empresas passaram a produzir mais com menos empregados; os governos buscaram diminuir os seus déficits através de cortes e redimensionamento de seus quadros de pessoal. A partir daí, as fortes criadoras de empregos passaram a ser as pequenas e médias empresas PME, que não mais se restringiram ao mercado local ou regional, mas começaram a concorrer no mercado internacional. Uma das características das PME é a sua dependência de comunidade local, que poderá ou não estar dotada de fatores importantes de aceleração do desenvolvimento, como ambiente favorável ao empreendedorismo, a vontade comunitária de implementação de uma rede de negócios, instituições de apoio, facilidades para obtenção de financiamentos etc.

Apoiar a pequena empresa - A nova organização da produção no mundo coloca a pequena e a média empresa em seu centro. Elas são responsáveis pelas taxas crescentes de emprego, de inovação tecnológica, de participação no PIB e de exportação. A pequena empresa surge em função da existência de nichos mercadológicos, ou seja, lacunas de necessidades não atendidas pelas grandes empresas e pela produção de massa. Por isto, seu nascimento está intimamente ligado a criatividade: o empreendedor tem que perceber o mercado de forma diferenciada, ver o que os demais não percebem.

Ampliar a base tecnológica - As empresas de base tecnológicas surgem no final do século 20 como uma das principais forças econômicas. Pesquisadores professores e alunos de universidades apresentam alto potencial para a criação de novos empreendimentos baseados no conhecimento.

Responder ao desemprego - Em uma economia movida pelas grandes empresas e pelo Estado, nada mais natural do que formar empregados. Este modelo, dirigido à criação de empregados para as grandes empresas, cumpriu sua missão. Esgotou-se, porém, diante das profundas alterações nas relações de trabalho e na produção. Ao ter seu eixo deslocado para os pequenos negócios, as sociedades se vêem induzidas agora a formar empregadores, pessoas com uma nova atitude diante do trabalho e com uma nova visão do mundo.

Regras da falência - A regra é falir e não ter sucesso. A quantidade de empresas que fecham prematuramente, ou seja, a mortalidade infantil entre empresas nascentes é elevada em todo o mundo. Apesar das estatísticas apresentarem falhas – pois registram o fechamento de empresas, mas não acompanham o empreendedor, que poderá estar abrindo outro negócio -, não há como negar que uma descomunal energia e incalculáveis recursos são desperdiçados por novos empreendedores. O aprendizado na área tem o objetivo de reduzir esses índices, de dar elementos ao pré-empreendedor sobre sua empresa antes de abri-la, através do Plano de Negócios, fundamentando uma decisão. De cada três empresas criadas, duas fecham as portas. As pequenas empresas (menos de 100 empregados) são as que mais fracassam, 99% das falências são de pequenos negócios.

3.1) Aprender a Empreender

Num mercado tão dinâmico como o atual é necessário a elaboração de processos que estimulem o aprendizado e capacitações da população economicamente ativa. Tais processos são aplicados aos empreendedores. Não importa se é na criação de uma empresa ou na inovação de um processo, pois o que se torna importante é a preparação para inovar e transformar uma situação em algo lucrativo.

Fases do processo da criação de negócios e abertura de empresas.

Fase Definição Ação

1. Da inovação à idéia inicial Estratégias para identificação de uma oportunidade

2 Da idéia inicial ao Plano de Negócios Estratégias para agarrar uma oportunidade

3 Do plano de negócios ao inicio das operações Estratégias para buscar e gerenciar os recursos necessários para aproveitar oportunidade.

Um empreendedor é caracterizado pelo comportamento e pelo conjunto de ações inovadoras ou transformadoras que executa em qualquer atividade humana. Destaca-se pelo fato de romper com os modelos tradicionais (padrões preestabelecidos) e a criação de novos modelos, novos processos e demais inovações que não descaracterizam o que já existe, mas implementam novidades que melhoram desempenhos e elevam o resultado positivo, ou seja, dão lucro.

No quadro abaixo, a comparação entre o profissional convencional e o empreendedor:

Convencional Empreendedor

Ênfase no conteúdo, que é visto como meta Ênfase no processo – aprender a aprender

Conduzido e dominado pelo instrutor Apropriação do aprendizado pelo participante

O instrutor repassa o conhecimento O instrutor como facilitador.

Os participantes geram conhecimento

Aquisição de informações “corretas”

de uma vez por todas

O que se sabe pode sofrer mudanças

Currículo e sessões fortemente programadas Sessões flexíveis e voltadas a necessidade externas

Objetivos do ensino são impostos Objetivos do aprendizado são negociados

Rejeição ao desenvolvimento de conjecturas

e pensamento divergente Conjecturas e pensamento divergente são vistos como parte do processo criativo

Ênfase no pensamento analítico e linear usando a parte esquerda do cérebro Envolvimento de todo o cérebro, aumento da racionalidade

Conhecimento teórico e abstrato Conhecimento teórico amplamente complementado por experimentos

Resistência a influência da comunidade Encoraja a comunidade a exercer influências

Ênfase no mundo exterior.

A experiência interior é considerada imprópria ao ambiente educacional Experiência interior serve de contexto para o aprendizado. Sentimentos incorporados à ação

A educação é um processo que ocorre por tempo determinado. A educação é um processo continuo, dentro e fora da escola

Erros não são aceitos Erros são encarados como fonte de conhecimento

A parte instrumental do processo de aprender a empreender é mais uma forma do empreendedor analisar a si próprio e o meio que o rodeia.

Destacam-se aqui alguns tópicos que auxiliam no processo de aprendizado:

O conceito de si – todos nós temos uma idéia formada a nosso respeito. Muitas vezes somos compelidos a manter certa modéstia ou a falta dela. Entretanto devemos considerar o que temos de pontos fortes e mostrá-los ao mundo. Os pontos fracos devem ficar guardados e tratados de modo a serem superados ou vencidos.

Perfil do empreendedor –Os empreendedores possuem comportamento especifico. Se aquelas qualidades não são totalmente enquadradas em seu modo de agir então pelo menos considere aquelas que se aproximam, que fazem fronteira sobre suas ações freqüentes e assim inicia-se a definição de perfil de empreendedor em você.

Depoimentos – há uma série de reportagens em revistas e na TV. Muitas histórias de sucesso através dos tempos. Analise-os e veja o que faria se estivesse no lugar de certos inventores ou administradores.

Entrevistas – procure falar com pessoas que são ativas e inovadoras. O comercio está cheio desses profissionais. Tente entender o funcionamento de certas lojas. Como sobrevivem há mais de 15 anos na praça, onde apresentam diferencial de atendimento. Essa modalidade de entrevistar pessoas vai nos dar a idéia de ações empreendedoras num mercado competitivo

Desenvolvimento da criatividade – antes de qualquer atitude deve-se entender que todos os seres humanos são criativos. Existem diferenças no tempo em que cada um manifesta essa criatividade. É necessário treinar o tempo gasto em apresentações criativas. Trata-se de um processo mental em resolver problemas do modo mais rápido possível.

Processo visionário e aproveitamento de oportunidades – sempre que possível compare ações de terceiros com suas ações, num mesmo problema. Tente guardar na memória o que se fazia no passado e se faz agora. Projete suas ações no futuro. Há profissões e serviços que desaparecerão e novos serviços surgirão como novos problemas, portanto, ganha quem souber vender soluções para o futuro.

A rede de relações e o padrinho – todo ser humano deve saber que é um ser gregário, ou seja, que vive em grupo e necessita dos outros ao seu redor. No processo de empreendedorismo é necessário manter uma rede de pessoas influentes e questionadoras, que acrescentem em idéias e motivação. Assim também se faz necessário a idéia de um padrinho. Um empreendedor que atua no mesmo ramo e disponha-se a ser um conselheiro durante todo o processo de um plano de negócios.

Energia - Diz respeito à qualidade e quantidade do tempo dedicado ao trabalho. A energia é influenciada pelo conceito de si e pelos valores que vão determinar o quanto estamos dispostos a investir determinado momento. É com base na energia que o empreendedor terá fôlego para compreender um setor, desenvolver uma visão, estabelecer as relações necessárias, aprofundar-se nas características do produto ou serviço e dedicar-se à organização e ao controle. Assim, a energia é um dos elementos fundamentais na formação das condições para o exercício da liderança. Ou seja, o líder é alguém capaz de convencer seus colaboradores de que podem chegar no futuro a um ponto favorável para todos e de mostrar-lhes que conhece os meios para seguir em frente.

Liderança - A liderança é decorrente do conceito de si, da energia, da compreensão do setor, da visão e das relações. Por outro lado, ela vai influenciar cada um desses elementos. A liderança tem importância no processo visionário, pois exercerá muito impacto sobre o tamanho e a “faixa” da visão, isto é, sobre a amplitude do que o empreendedor quer realizar. A visão define o alcance da realidade que o líder irá definir. Por outro lado, a liderança adquirida confere ao empreendedor maior capacidade de estabelecer e de tornar concreta a sua visão.

Compreensão do setor - Como identificar uma oportunidade real sem conhecer a área de negócios em que se pretende atuar? Como desenvolver uma visão sem compreensão do setor? Compreender um setor significa saber como são estruturadas e como funcionam as empresas que atuam naquele ambiente, como os negócios se processam, quem são os clientes, como se comportam e qual o seu potencial, pontos fortes e fracos da concorrência, fatores críticos de sucesso, vantagens competitivas, possíveis reações diante da entrada de novas empresas no mercado.

Relações - Filion utiliza um adágio popular para dar clareza ao conceito e à importância das relações no processo empresarial. Numa óptica visionária, o provérbio “diga-me com quem andas e direi quem tu és”, poderá ser modificado para “ diga-me com quem pretendes andar e direis quem serás”.

A primeira motivação para empreender decorre das reações familiares – o que se pode chamar de círculo de relações primárias. Ao iniciar o seu processo visionário, o empreendedor irá partir para relações que possam contribuir para o aprimoramento e a realização de sua visão. Os empreendedores começam a perceber suas relações como produtos sociais dos quais precisam para melhorar, desenvolver, implementar sua visão.

Aprender é um processo continuo da existência humana. Aprendemos em qualquer idade e lugar. Para alguns é necessário um ambiente que favoreça o aprendizado e para outros basta o descanso do dia anterior para aprender.

Para facilitar a compreensão do aprender, vamos considerar o aprendizado como uma fórmula onde:

APRENDER = COMPREENDER + FIXAR - Se compreendemos apenas e não fixamos então não sabemos explicar. Se fixamos, decoramos e a qualquer momento podemos esquecer. O aprendizado é constante e deve ser treinado. Aqueça seus neurônios e bons negócios.

3.2) Características do Comportamento Empreendedor

O empreendedor tem um modelo a seguir. Pode ser na figura de uma pessoa ou de várias. Os modelos inspiradores são as referências que o empreendedor toma por base, sem considerar tal fato uma receita a ser seguida. Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo e necessidade de realização. Ao pensar em soluções é pró-ativo e persiste em realizar o que está ilustrado num plano mental.

O fracasso é considerado um resultado como outro qualquer. Um empreendedor aprende com os resultados negativos, como os próprios erros e a partir deste processo evidencia as falhas e suas correções sem o desgaste da perda de tempo ou da sensação de fracasso.

Tem grande energia, pois trabalha de modo incansável sendo um caçador implacável de nichos. Sabe fixar metas e alcançá-las. Luta contra os padrões impostos, quebrando paradigmas. Tem forte intuição. Suas idéias iniciais nem sempre são compreendidas pois trabalha sozinho, é comprometido e acredita no que faz.

Elabora situações que lhe permitam obter feedback sobre o seu comportamento e desse modo corrige a rota e busca o aprimoramento no seu trabalho. Tem a capacidade de buscar os recursos necessários, sabendo utilizá-los dentro de um modo controlado. Aceita dinheiro como uma das medidas. Possui espírito de liderança, sendo capaz de utilizar um sistema próprio de relações com seus pares tornando-se líder do tipo “banda de jazz” (dá liberdade aos músicos para que mostrem o melhor de si). Tece redes de relações (contatos, amizades) de modo intenso, visando alcançar seus objetivos. Todo empreendedor conhece muito bem o ramo em que atua. Sabe cultivar a imaginação e aprende a definir visões. Traduz pensamentos em ações. Define o que deve aprender (a partir do não-definido) para realizar o imaginado. Primeiro define o que deseja, onde quer chegar.

Depois busca conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo. Preocupa-se em aprender a aprender porque no seu dia-a-dia será submetido a situações que exigem constante aprendizado de conhecimento que nem sempre se encontra em livros. O empreendedor é um fixador de metas. Nota-se que a maioria dos empreendedores cria um método próprio de aprendizagem. Aprende a partir do que faz, de modo que esse aprendizado ocorre permanentemente, é um provocador de mudanças nos sistemas em que atua.

O empreendedor não é um aventureiro, pois assume riscos moderados numa tendência a minimizá-lo. É um inovador criativo e diferente do inventor que geralmente não expande horizontes a partir do inventado. Tem alta tolerância à ambigüidade e as incertezas. É hábil em definir a partir do indefinido. Mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-o para detectar oportunidades de negócios.

O comportamento empreendedor é bem recebido pela sociedade porque acena com a possibilidade de geração de emprego e desenvolvimento da economia de um país. Alguns empreendedores fracassaram porque suas idéias não foram entendidas ou surgiram antes da compreensão coletiva. É como pensar em televisão antes da invenção da eletricidade. Nessa situação encontramos reações contrárias ao empreendedor que acaba sendo rotulado de maluco ou aventureiro.

Características do empreendedor – Resumo

 Tem um “modelo”, uma pessoa que o influencia.

 Tem iniciativa, autonomia, autoconfiança, otimismo, necessidade de realização.

 Trabalha sozinho. O processo visionário é individual.

 Tem perseverança e tenacidade para vencer obstáculos.

 Considera o fracasso um resultado comum, pois aprende com os próprios erros.

 É capaz de se dedicar intensamente ao trabalho e concentra esforços para alcançar resultados.

 Sabe fixar metas e alcançá-las; luta contra padrões impostos; diferencia-se.

 Tem a capacidade de descobrir nichos.

 Tem forte intuição: como no esporte, o que importa não é o que se sabe, mas o que se faz.

 Cria situações para obter feedback sobre seu comportamento e sabe utilizar tais informações para seu aprimoramento.

 Sabe buscar, utilizar e controlar recursos.

 É um sonhador realista: é racional, mas usa também a parte direita do cérebro.

 Cria um sistema próprio de relações com empregados. É comparado a um “líder de banda”, que dá liberdade a todos os músicos, mas consegue transformar o conjunto em algo harmônico, seguindo um objetivo.

 É orientado para resultados, para o futuro, para longo prazo.

 Aceita o dinheiro como uma das medidas de seu desempenho.

 Tece “redes de relações (contatos, amizades) moderadas, mas utilizadas intensamente como suporte para alcançar seus objetivos;

 Considera e sabe conservar a rede de relações (network).

 Conhece muito bem o ramo em que atua.

 Cultiva a imaginação e aprende a definir visões.

 Traduz seus pensamentos em ações.

 Define o que aprender a (partir do não definido) para realizar suas visões. É pró- ativo: define o que quer e onde quer chegar, depois busca o conhecimento que lhe permitirá atingir o objetivo.

 Cria um método próprio de aprendizagem: aprende a partir do que faz; emoção e afeto são determinantes para explicar seus interesses.

 Influencia as pessoas com as quais lida e a crença de que conseguirá provocar mudanças nos sistemas em que atua.

 Assume riscos moderados: gosta do risco, mas faz tudo para minimizá-lo. É inovador e criativo

 Tem alta tolerância à ambigüidade e à incerteza.

 Mantém um alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios.

Referências Bibliográficas

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 3ª ed. São Paulo: Saraiva 2009.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. 3ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo na Prática: mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

PREDEBON, Jose. Criatividade: abrindo o lado inovador da mente. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

SALIM, Cesar Simões e SILVA, Nelson Caldas. Introdução ao Empreendedorismo: despertando a atitude empreendedora. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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