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Desenvolvimento Econômico: Desenvolvimento Sustentável

Por:   •  12/8/2016  •  Artigo  •  983 Palavras (4 Páginas)  •  360 Visualizações

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Maria Eduarda

Patrícia Bueri

Desenvolvimento Econômico: Desenvolvimento Sustentável

Salvador, BA

     O artigo pretende destrinchar os mecanismos pelas quais a ideia de desenvolvimento sustentável igualmente se interverte.  A hipótese inicial apresentada pelo texto é que a ideia de desenvolvimento é empregnada de um dever ético, mas acaba  por redundar em uma mera mão invisível, se tornando mais uma forma de legitimação do próprio capital. Alguns autores procuram demostrar como a ecologia se firma como derradeira estrutura de sublimação a nos permitir o gozo diante da contradição em construirmos questionamentos ao domínio da natureza sem atentarmos contra a logica da acumulação. Passamos a construir questionamentos à catástrofe ambiental sem prestarmos atenção ao seu fundamento estrutural.

    O discurso sobre o desenvolvimento que dominou todo o século XX convergia para uma teoria desenvolvimentista indiferenciada, ou seja, tendo sempre os mesmos questionamentos dando volta nos mesmos assuntos dos mais diversos campos ideológicos.

    Já no século XXI a discursão sobreo desenvolvimento sustentável se fez presente tanto para países da OCDE como para os países mais desenvolvidos, diante das eminentes catástrofes ambientais e com ela surgiu um novo discurso pacificador, dessa junção sacramentou-se a noção do desenvolvimento sustentável.

   A nova roupagem cool do velho discurso de superação do atraso, que pode até se mais sedutora, pois agora é apresentada como a grande ideologia que vai nos redimir das mazelas do sistema de acumulação capitalista, sem precisarmos ao menos abandona-las. O conceito de desenvolvimento sustentável passou a ser uma tabua de salvação que libertará o homem da vida mundana, que é baseada na logica do lucro, pois podemos conviver com ambos simultaneamente. A ideia de desenvolvimento passou a ser um conforto as pessoas cansadas da destruição ecológica, mas também descrentes de qualquer outra forma de sociedade fora do sistema capitalista. Neste caso como ética, a sua força esta associada e suas ações, deixando ele assim responsável pela construção de um novo mundo.

     No novo contexto em que vivemos criticar a noção de desenvolvimento sustentável passou a ser crime, colocado no mesmo patamar de criticar os direitos humanos e é claro que ninguém ousaria ir conta os direitos humanos.

     Desde o fim da segunda guerra mundial poucos foram os países envolvidos em conflitos declarados, devido claro aos protocolos que envolvem a declaração de um conflito como chamada de embaixadores, rompimento diplomático, declaração de guerra e o mais importante respeito às convenções internacionais. Ao verificar os grandes conflitos que ocorreram nos últimos 30 anos a maioria deles seguiu uma logica “edificante” e ao mesmo tempo menos regulada. Esses conflitos foram deflagrados através da roupagem de intervenções internacionais e não como uma declaração de guerra. O inimigo não era mais algum país especifico, mas sim barbaridades cometidas por grupos que atentavam com direitos humanos, como: restrição de liberdade, atentados de cunho religioso ou de gênero, fome, epidemias entre outros. Negar legitimidade a tais intervenções bélicas de cunho humanitário.  É claro que retirar as crianças do Congo da miséria e das mãos das milícias é claro que é um nobre dever.

     A origem do termo ecodesenvolvimento surgiu na Conferencia de Estocolmo, em 1972, mas sua popularidade surgiu graças ao assessor-chefe do Secretário-Geral da ONU, ganhando assim popularidade. Ignacy Sachs advertiu que ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável são denominações para a mesma coisa.

    Na conferencia de Estolcomo posições opostas foram assumidas, umas mais otimistas e outras com um posicionamento pessimista. Os primeiros defendiam que as preocupações com o meio ambiente inibiriam os esforços dos países em desenvolvimento rumo à industrialização. A aceleração do crescimento era a prioridade, fazendo valer a velha metáfora de fazer crescer  primeiro o bolo para depois dividi-lo. Os outros “anunciavam o apocalipse para o dia seguinte, caso o crescimento demográfico e econômico (...) não fossem imediatamente estagnados”. Já Sachs, chegou apresentando uma alternativa intermediaria, pois ele não questionava a necessidade do crescimento econômico, mais propunha qualifica-lo, tornando-o “socialmente recepitivo” e a ser implementado por métodos favoráveis ao meio ambiente, devido a isso sua ideias se tornaram bastante sedutoras e ganharam bastantes adeptos.  

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