Desenvolvimento - krugam
Por: Rafiza • 5/11/2015 • Artigo • 1.168 Palavras (5 Páginas) • 159 Visualizações
Krugman.
A interpretação de Krugman (1991) é pessimista em relação a
homogeneização da renda numa economia de mercado integrada. Os fatores
principais que provocam divergência de rendas podem ser resumidos em:
diferenças internacionais em produtividade dos fatores; economias de escala e
externalidades que provocam a aglomeração de recursos e setores produtivos em
cidades ou “polos” industriais. Esses dois aspectos combinados induzem a
concentração da indústria em poucas regiões centrais, deixando as demais
relativamente atrasadas (Krugman, 1991, p. 484)
Nessas circunstâncias não é verdade que capital e trabalho vão migrar de
países ricos para países pobres. O provável é que ocorra mobilidade em sentido
contrário ao previsto pelos modelos de vantagens comparativas ou de crescimento
neoclássico.
Krugman (1991) desenvolve um modelo de equilíbrio geral com dois setores
na economia. O setor agrícola usa os insumos terra e trabalho não qualificado e
apresenta uma função de produção com retornos constantes. O setor industrial,
por sua vez, apresenta retornos crescentes numa estrutura de concorrência
monopolística. Há livre entrada de empresas e cada setor obtém um poder de
monopólio de seu produto devido a patentes. Contudo, este poder de mercado é
limitado porque existem muitos substitutos próximos no mercado.
Os indivíduos nessa economia dividem seus gastos entre os bens agrícolas
e industriais de tal forma que:
µ −µ = 1 U CmCA (3)
Onde:
U = função utilidade
CM = consumo de bens industrializados.
CA = consumo de produtos agrícolas.
µ = parcela da renda que gasta com produtos industrializados.
O setor industrial possui N produtos e cada um deles produzido por uma
firma específica. Sendo que, o consumo agregado desse setor é dado pelo
somatório do consumo de todos os bens produzidos.
O fator trabalho é dividido em trabalhadores rurais e trabalhadores da
cidade ou das indústrias. Cada setor usa um tipo de fator apenas. Krugman
(1991), por simplificação, considera o trabalho rural como numerário, (LA = 1), e
assume que estes fatores têm oferta constante e não é permitida migrações entre
regiões. Já os trabalhadores urbanos podem migrar entre regiões e a oferta em
cada região (L1 e L2) pode mudar. A única limitação é: L1 + L2 = µ .
Assumindo-se retornos crescentes de escala com custo fixo constante tem se que:
M i i L = a + βx , (4)
Onde:
14
LM,i = Trabalho empregado na produção industrial.
Xi = bem i produzido
>> (L1 = L2), os salários
serão iguais nas duas regiões e não vai haver migração ou aglomeração.
Contudo, a hipótese mais provável é que a disponibilidade de fatores varie entre
regiões. Nesse caso, tem-se dois efeitos atuando, um que estimula a
concentração e outro que estimula a convergência.
Hipóteses do modelo de krugman
Duas regiões (N e S) Que são estruturadas idênticas, ou seja:
1. Tecnologia de produção idênticas em N e S
2 Preferencia dos consumidores homegeneas e idênticas.
3. Duas regiões são capazes de produzir manufaturas e bens agrícolas.
4. O setor manufatureiro esta em concorrência perfeita.
5. Não existe moeda e o numerário é o bem agrícola.
6. custo de transporte é =0
7. Existe livre mobilidade de capital, mas não de L (trabalho).
L (N) = L(S)
8. Existe livre comercio entre as duas regiões de manufatura. Assim pn é igual para as duas regiões.
9 . salários é idêntico nas duas regiões e igual a 1.
Para Myrdal, a livre mobilidade de capital e dos fatores perpetuam a desigualdade regional. Assim cria o mecanismo de causação circular – causa – efeito . Agromeração / concentração de capital em região desenvolvida.
Krugman, supõe a existência de terra disponível em mesma proporção e produtividade na duas regiões.
O trabalho tbm é igual nas duas regiões, assim não é preciso migração de mão de obra.
semelhantemente a Myrdal, a a existência de economia de aglomeração (vantagens que o capital possui por se aglomerar em determinada região.
Mas krugman não considera a demanda.
Economia de aglomeração:
Cn -> coeficiente técnico do capital. ( quantas quantidades de k p/ produzir 1 unidade de n)
Vn -> Coeficiente técnico de trabalho (quantas unidade de L para produzir 1 unidade de n)
Cn → f (kn) f’ < 0 / Cs → f (ks) f’<0
vn → h (Kn) h’ <0 / Vs → h (Ks) h’<0
Explica a aglomeração pela tecnologia, sendo igual nas duas regiões.
Toda vez que há aglomeração de k em uma região, caem os coeficientes técnicos, ou seja, todas as empresas se tornam individualmente mais produtiva precisando ultiliza menos k e L para produzir determinada quantidade.
- aglomeração de k regional = estoque de k de todas empresas daquela região.
- uma empresa sozinha não é o suficiente para alterar os coeficientes.
é a aglomeração de K que gera economia de aglomeração.
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